O procurador Deltan Dallagnol não quer que a Lava Jato investigue o escândalo de R$ 1,2 milhão que envolve o assessor dos Bolsonaro.
No tweet em que divulgou essa opinião estapafúrdia [ler aqui], Deltan escreveu:
“Relatório do COAF apontou que 9 ex-assessores de Flávio Bolsonaro repassaram dinheiro para o seu motorista. Toda movimentação suspeita envolvendo políticos e pessoas a eles vinculadas precisa ser apurada com agilidade. É o papel do MP no RJ investigar”.
Esse entendimento do pastor fanático da PGR não tem pé nem cabeça; é incabível. A Operação Furna de Onça, que levou à prisão 10 deputados colegas de Flávio Bolsonaro em 8/11 – e que, aparentemente, poupou o filho do presidente eleito do mesmo destino dos colegas – foi executada pela sucursal da Lava Jato do RJ, e não pelos órgãos estaduais.
O jornal Estado de SP assim noticiou a Operação que investiga pagamento de “mensalinho” a deputados, cuja “propina resultava do sobrepreço de contratos estaduais e federais”:
“A Polícia Federal deflagrou nesta manhã quinta-feira, 8, a Operação Furna da Onça, para investigar a participação de deputados estaduais do Rio em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual. A ação tem com a participação do Ministério Público Federal e o apoio da Receita.
Deltan agora quer que a Lava Jato abandone as investigações porque o escândalo atinge diretamente o clã dos Bolsonaro, de cujo governo Sérgio Moro faz parte.
O pastor fanático da PGR comprova que a Lava Jato é direcionada segundo interesses político-partidários de procuradores, policiais federais e juízes para perseguir inimigos, e proteger seus amigos e esquemas criminosos.
Jeferson Miola - no Contexto Livre
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