EXTRA! Fatos inesperados podem mudar tudo no quadro eleitoral!
30/06/22- Faltam 94 dias para que o Brasil se livre dessa gente inclassificável no poder! Ontem o TV Globo apresentou um Jornal Nacional jornalístico. Essa foi uma grande novidade, afinal a cobertura sobre o governo Bolsonaro tem sido extremamente generosa.
Mostrarei fatos incríveis em nosso encontro de hoje.
Se a emissora fizer jornalismo de verdade, Bolsonaro terá seríssimos problemas.
Vamos observar.
Sigamos.
O último episódio da Primeira Temporada do programa Utopias conta com uma conversa cheia de amor e afeto entre o Padre Julio Lancelotti e o Pastor Henrique Vieira. Uma conversa sobre a potência revolucionária da leitura do Evangelho a partir do olhar dos oprimidos. Padre Julio, homem de fé que presta uma trabalho incrível para as populações em situação de rua na cidade de São Paulo, trás pro fim desta temporada a mensagem de esperança para seguirmos nossas utopias.
Conversamos com o jornalista Glenn Greenwald, que lança pela editora Autonomia Literária o livro "EM DEFESA DA DEMOCRACIA: MINHA BATALHA POR JUSTIÇA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO PAÍS DA LAVA JATO", no VII Salão do Livro Político.
24/06/22- Faltam 100 dias para começarmos a nos livrar de Bolsonaro é aquilo que ele representa!
Ele está em plena campanha eleitoral ilegal! Hoje vi que o MINISTÉRIO DA DEFESA foi utilizado contra a candidatura de CIRO GOMES. Numa nota estapafúrdia, o Ministro da Defesa movimenta o sonolento Aras para ameaçar o pré-candidato do PDT com uma iniciativa que tenta enquadrá-lo no CÓDIGO PENAL MILITAR.
Nada acontecerá. Mas fica o registro do servilismo institucionalizado.
Voltarei ao tema em outro encontro.
Bolsonaro está em plena atividade criminosa eleitoral.
Mas conta com a cumplicidade de muitas estruturas.
Analisarei hoje algumas das ferramentas usadas é que merecem total repúdio e atenção de todos os brasileiros do campo democrático!
Sigamos.
Durante a semana, a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi vista como “um verdadeiro desastre” por aliados e integrantes da campanha de reeleição de Bolsonaro. Mas penso que deveria ser vista, antes, como uma bênção.
Pois se a igreja mais obtusa quer tornar aguda a fé, a prisão do ex-ministro e seus pastores mostra que as suas preces têm sucesso inegável, mesmo quando todas as provas de corrupção se levantam aos céus.
Entre as provas contra uma prece forte pela impunidade dos pastores, mostrou-se que o dinheiro do Orçamento Federal chegou até os prefeitos das cidadezinhas mais distantes, desde que as igrejas preferenciais tivessem ouro em agradecimento pela graça alcançada. Poderia haver objetivo mais pio? Mas quem piasse estava fora do milagre. Se o paraíso fosse largo e nele coubessem todos os prefeitos, o santo dinheiro poderia brotar como brotam as verdinhas das sementes de emenda parlamentar. Ou de arranjos, bem arranjados, entre o governo federal e as cidades escolhidas.
O nome público do caminho foi, é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Mas, de maneira mais privada, passou a ser Fundo Nacional de Desenvolvimento da Extorsão – FNDE de qualquer maneira.
E vamos, sem demora, à Oração professada pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. Esta oração tem poderes de se estender à presidência, em especial ao chefe Bolsonaro, nestas palavras:
“Ó Deus, criador deste imenso universo, estou aqui para Te invocar em favor da minha vida financeira. Que do alto da minha cabeça até a planta dos meus pés eu seja envolvido por uma corrente de riqueza. Derrama sobre mim o dom da riqueza para que eu veja a Tua glória e proclame a Tua existência por onde eu passar. E que o anjo do dinheiro me visite e coloque em minhas mãos o espírito da sorte para que tudo que eu tocar venha prosperar e até o que era para dar errado passe a dar certo.
Tu és o dono do ouro e da prata, então venhas dos quatro cantos do mundo para me fazer abençoado e de muitas posses. Manifesta em mim a Tua grandeza e me faças ganhar, conquistar e enriquecer, porque Tu és um Deus que soma, multiplica e acrescenta. Cada vez mais ganho presentes, prêmios, dinheiro extra de fontes conhecidas e desconhecidas.
E que me protejas nos caminhos desta viagem, que feches os olhos da polícia quando eu passar, que me livres da cadeia e de todos acidentes”.
Então, que investigação justa, que lei humana poderia se opor a tal prece e Padrinho? Essa oração é tão forte, que a mulher do ex-ministro Milton Ribeiro recebeu logo 50 mil reais na conta! E depois de 24 horas de prisão, o ministro da educação está solto. Já o delegado Bruno Calandrini, que prendeu o ministro de bolsonaro, coitado (coitado do delegado), começou a responder a inquérito por haver declarado que houve “interferência de cima na condução da investigação, em razão de tratamento diferenciado dado pela polícia ao ex-ministro do governo Jair Bolsonaro” .!!!!!!!!!!!!!!!!!
Enfim, as graças alcançadas pelo ex-ministro da educação de bolsonaro são mais fortes que as conseguidas por qualquer oração. Elas realizam o poder de corrupção de um governo fascista, que está acima de todos, da lei, da honestidade e da justiça. Mas até quando, Senhor?
Urariano Mota – Jornalista do Recife. Autor dos romances “Soledad no Recife”, “O filho renegado de Deus” e “A mais longa duração da juventude”
O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para dicasdepauta@jornalggn.com.br.
23/06/22 - Faltam 101 dias para as nossas eleições. Hoje tem pesquisa DataFolha. É possivel que Bolsonaro tenha alguma queda, mas certamente muito aquém do que uma sociedade civilizada poderia conferir a alguém não nefasto ao Brasil.
Bolsonaro está sendo atingido duramente. A debandada pode ter uma aceleração conforme as pesquisas eleitorais confirmem o seu derretimento. No entanto, estamos diante de um jogo político repleto de ratazanas gordas.
Hoje mostro trecho de vídeo e Weintraub que nos revela muita coisa. Inclusive a chegada de mais meteoros.
Sigamos.
Em entrevista ao UOL News, o indigenista Sydney Possuelo, ativista social e ex-presidente da Funai, fala sobre a conduta do governo Bolsonaro diante dos povos indígenas, do caso Dom Philips e Bruno Pereira, e questão do desmatamento, garimpo e políticas ambientais
“Conclusão sombria”, “Alerta global”, “Nação horrorizada”, “Triste desfecho”, “Ativistas pressionando Jair Bolsonaro”, “Perigos dos que ousam defender meio ambiente e indígenas no Brasil”. Assim repercutiram jornais britânicos sobre o desfecho do assassinato do jornalista Dom Phillips, acompanhado do indigenista Bruno Pereira, na Amazônia.
O The Telegraph narrou que o episódio “encerrou 10 dias de suspense, enquanto as equipes procuravam os repórteres freelance Dom Phillips e Bruno Pereira, que viajavam no rio Itaquaí”, na “remota Amazônia brasileira”.
O jornal também ressalta que essa é “uma conclusão sombria para um caso que levantou alerta global, com ativistas pressionando Jair Bolsonaro, o presidente brasileiro, a fazer mais para ajudar nas buscas e Boris Johnson expressando sua preocupação no Parlamento”.
O The Telegraph ainda diz que Bolsonaro “adotou um tom antipático na quarta-feira ao sugerir que a expedição do jornalista britânico foi ‘imprudente’.” “‘Esse inglês não era muito querido na região, porque escrevia muitos artigos sobre [mineração ilegal] e questões ambientais”, disse o presidente brasileiro.”
“Triste desfecho de uma busca de 10 dias que horrorizou a nação e destacou os perigos crescentes enfrentados pelos que ousam defender o meio ambiente e comunidades indígenas do Brasil, que enfrentaram um ataque histórico sob o presidente de extrema direita do país, Jair Bolsonaro”, alertou o The Guardian, jornal pelo qual Phillips trabalhava.
O The Times manchetou a atrocidade do crime, de que os suspeitos “mataram e demembraram” o jornalista britânico Dom Phillips e Bruno Pereira.
“Um dos dois suspeitos do assassinato e desmembramento de um jornalista britânico e seu guia na floresta amazônica confessou o crime, segundo a polícia.”
O periódico Evening Standard, de Londres, publicou diversas matérias, uma delas destacando as declarações da esposa do britânico, Alessandra Sampaio. “Esposa de Dom Phillips: ‘Agora podemos nos despedir com amor’ após os corpos serem encontrados na Amazônia”, titulou.
O jornal ainda destacou o trecho que Alessandra diz que “hoje também começamos nossa busca por Justiça” e que as respostas apareceram “depois que a ex-primeira-ministra Theresa May insistiu que o Reino Unido deveria fazer ‘tudo o que puder’ para pressionar as autoridades brasileiras a descobrir a verdade sobre os desaparecimentos”.
Caso Dom Philips e Bruno Pereira: Segundo apuração do colunista Carlos Madeiro, do UOL, o indigenista Bruno Araújo Pereira coordenou uma megaoperação no sudoeste do Amazonas que resultou em perdas consideráveis ao garimpo ilegal. No UOL News, o colunista de política Josias de Souza fala sobre o caso e faz paralelo com as ações da polícia no caso do assassinato de Genivaldo, em Sergipe;
Caso Dom Philips e Bruno Pereira: Segundo apuração do colunista Carlos Madeiro, do UOL, o indigenista Bruno Araújo Pereira coordenou uma megaoperação no sudoeste do Amazonas que resultou em perdas consideráveis ao garimpo ilegal. Quinze dias depois, Bruno foi demitido do cargo de coordenador geral. UOL News, o jurista Wálter Maierovitch, colunista do UOL, fala sobre o tema;
O Papa Francisco sugeriu que a Terceira Guerra Mundial já está em andamento, como evidenciado por “elementos entrelaçados” em ação na crise Rússia-Ucrânia e outros conflitos em todo o mundo.
“Há alguns anos, ocorreu-me dizer que estamos vivendo uma terceira guerra mundial travada aos poucos”, disse o chefe da Igreja Católica em uma entrevista em 19 de maio a meios de comunicação jesuítas que foi publicada na terça-feira. “Hoje, para mim, a Terceira Guerra Mundial foi declarada.”
Francisco observou que, embora os combates na Ucrânia “agucem mais nossas sensibilidades”, as guerras também estão em andamento em lugares como o norte da Nigéria e Mianmar, “e ninguém se importa”. Ele acrescentou: “O mundo está em guerra. Isso é algo que deve nos dar uma pausa para pensar.”
“O que está acontecendo com a humanidade que teve três guerras mundiais em um século…? Você tem que pensar que em um século houve três guerras mundiais, com todo o comércio de armas por trás disso.”
Reconhecendo as críticas por seu fracasso em condenar o presidente russo Vladimir Putin e seus comentários anteriores sugerindo que a expansão da OTAN às portas da Rússia pode ter provocado a crise, o pontífice negou ser “pró-Putin”. Ele disse que tal afirmação seria “simplista e errônea”.
“Sou simplesmente contra transformar uma situação complexa em uma distinção entre mocinhos e bandidos, sem considerar as raízes e os interesses próprios, que são muito complexos”, disse ele. “Enquanto testemunhamos a ferocidade e a crueldade das tropas russas, não devemos esquecer os problemas e procurar resolvê-los.”
NÃO HÁ MOCINHOS, NEM BANDIDOS
Questionado sobre como os editores jesuítas deveriam relatar o conflito no Leste Europeu de uma forma que contribua para um futuro pacífico, Francisco respondeu: “Temos que nos afastar da mentalidade comum da Chapeuzinho Vermelho. Chapeuzinho Vermelho era bom, e o lobo era o vilão. Aqui, não há mocinhos e bandidos metafísicos, em abstrato. Algo global está surgindo, com elementos que estão intimamente interligados.”
Ele também advertiu contra focar apenas na “brutalidade e ferocidade” do conflito. “O perigo é que só vemos isso, que é monstruoso, e perdemos todo o drama que está se desenrolando por trás dessa guerra, que talvez tenha sido provocada ou não evitada. Também noto o interesse em testar e vender armas. É muito triste, mas no final das contas, é isso que está em jogo”.
Francisco elogiou o heroísmo do povo ucraniano na defesa de seu país, mas apontou interesses externos que os colocam em perigo. “O que está diante de nossos olhos é uma situação de guerra mundial, interesses globais, venda de armas e apropriação geopolítica, que está martirizando um povo heróico”, disse ele.
O pontífice reiterou sua preocupação, divulgada pela primeira vez em uma entrevista no mês passado, de que a Otan possa ter instigado a ofensiva militar de Moscou contra Kiev. Ele se lembrou de uma conversa com um chefe de Estado, a quem identificou apenas como “um homem sábio”, alguns meses antes do início dos combates. “Ele me disse que estava muito preocupado com a maneira como a Otan estava agindo. Perguntei-lhe por que, e ele disse: ‘Eles estão latindo nos portões da Rússia e não entendem que os russos são imperiais e não permitirão que nenhuma potência estrangeira se aproxime deles’”.
Francisco também alertou que, depois que muitos dos apoiadores ocidentais da Ucrânia “abriram seus corações” para as mulheres e crianças que fugiram do país nos primeiros dias do conflito, o apoio aos refugiados já está “esfriando”. Ele acrescentou: “Quem vai cuidar dessas mulheres? Precisamos olhar além da ação concreta do momento e ver como vamos apoiá-los para que não caiam no tráfico de pessoas ou acabem sendo usados, porque os abutres já estão circulando.”
Sob o governo Bolsonaro esses grupos todos se sentiram livres para agir à luz do dia e se sentiram autorizados para alargar suas atividades criminosas.
O desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips reforça a evidência daquilo que já era perceptível: a soberania da Amazônia pertence à bandidagem. A rigor, o governo Bolsonaro delegou a soberania da região a um condomínio de grupos criminosos. Trata-se de narcotraficantes, traficantes da biodiversidade e de animais, garimpeiros ilegais, invasores de terras indígenas, contrabandistas de madeira e de metais preciosos, predadores e destruidores da floresta e uma série de outros criminosos afins.
Esses grupos se estruturam em organizações criminosas poderosas com ramificações internacionais, combinando uma série de atividades ilegais com atividades legais em países como França, Estados Unidos, Alemanha e por aí vai. Quer dizer: a soberania da Amazônia pertence ao crime organizado e a empresas que representam o capitalismo predatório.
Sob o governo Bolsonaro esses grupos todos se sentiram livres para agir à luz do dia e se sentiram autorizados para alargar suas atividades criminosas. O crescimento do desmatamento e dos incêndios é mera consequência desta liberdade para agir criminosamente em várias atividades, inclusive com o assassinato de líderes indígenas e daqueles que ousam denunciar esta violência contra os povos da região e o meio ambiente, como foi o caso de Bruno e de Dom Phillips.
O governo Bolsonaro agiu deliberadamente para entregar a Amazônia ao domínio do crime organizado: desmantelou os órgãos federais responsáveis pela fiscalização e preservação do meio ambiente e de combate ao crime. A reestruturação destrutiva do ICMBio, sua militarização e do IBAMA correspondeu à bandeirada de largada para que as florestas fossem devastadas e incendidas. A demissão do delegado Alexandre Saraiva da Superintendência da Polícia Federal do Amazonas foi a senha para que os criminosos de todo tipo se sentissem desonerados do medo de serem investigados e presos. Tiveram a certeza da omissão do Estado, pois o Estado brasileiro não se fazia mais presente na Amazônia.
A soberania não pode ser entendida como um conceito abstrato e nem como uma mera defesa de fronteiras. Até porque as fronteiras amazônicas são uma peneira arrombada para todo tipo de atividades ilícitas que destroem a soberania do Brasil e saqueiam suas riquezas.
A soberania precisa ser entendida como os fins do Estado, sacramentados na Constituição, e o conjunto de meios materiais e administrativos e as políticas públicas eficazes para fazer com que os fins sejam alcançados pela adequação dos meios.
Assim, não se garante a soberania através de mera proclamação dos fins. Ora, se o governo destrói os meios como IBAMA, ICMBio e Polícia Federal e pela inércia das Forças Armadas, então o governo está destruindo a soberania e delegando-a ao crime. A Constituição determina a preservação do meio ambiente e da Floresta Amazônica; a Constituição garante o direito à Terra às populações tradicionais e indígenas; a legislação estabelece a necessidade de concessão pública para a exploração e extração de minério e metais preciosos com autorização ambiental e outras exigências.
Se nada disso está sendo cumprido e as riquezas estão sendo saqueadas e levadas para o exterior, se os indígenas estão sendo dizimados e os povos tradicionais explorados e se o meio ambiente está sendo destruído, então não há soberania. Bolsonaro e alguns militares falam em soberania da Amazônia justamente para destruí-la, entregando nossas riquezas aos criminosos e aos estrangeiros.
Com o advento da globalização, de fato, a maior parte dos componentes das soberanias dos Estados Nacionais foi relativizada na medida em que as atividades estatais se tornaram interdependentes. Em que pese a onda nacionalista de extrema-direita, a tendência é a de que o caráter relativo e interdependente das soberanias se acentue no século XXI.
Jornal GGN produzirá documentário sobre esquemas da ultradireita mundial e ameaça eleitoral. Saiba aqui como apoiar
A humanidade tem em comum um gravíssimo problema que consiste no aquecimento global e na degradação ambiental. Problema que já vem causando grandes danos à humanidade e às outras espécies e que ameaça à própria existência das condições da vida no planeta. O Brasil, a exemplo de outros países, é signatário de vários documentos internacionais que sacramentam compromissos quanto à preservação do meio ambiente.
Na medida em que as metas e compromissos não estão sendo alcançados e que o mundo caminha a passos largos para o abismo, o desafio imediato consiste em construir mecanismos jurídicos e encontrar meios materiais para que haja uma crescente tutela internacional sobre bens ambientais cruciais para a preservação da vida no planeta. A floreta Amazônica é um desses bens. O Brasil tem a responsabilidade soberana principal de preservá-la, com a colaboração e a ajuda internacional. Mas o Brasil não tem a soberania para destruí-la, pois ela é um bem da humanidade. Essa tutela internacional deve se estender também sobre os principais países poluentes, pois eles não podem destruir condições ambientais adequadas à vida que são um bem que pertence a toda a humanidade.
A sociedade civil organizada, os movimentos sociais, os intelectuais e os ambientalistas precisam fazer uma pressão sobre os candidatos para que a pauta ambiental se torne um dos temas centrais das campanhas políticas. O tema ambiental deve ser o eixo articulador de um novo modelo de desenvolvimento, pois ele articula os temas dos direitos dos excluídos, da produção de alimentos e do combate à fome, de novos modelos de relações trabalhistas, da necessidade de novas políticas públicas urbanas e de habitação.
A continuada destruição da Amazônia terá impactos devastadores sobre os regimes de chuvas no centro-sul e no centro-oeste do Brasil. Terá impactos sobre a escassez de água e de alimentos. É preciso cobrar dos candidatos a todos os cargos, mas principalmente aos candidatos presidenciais, a apresentação de propostas claras quanto aos programas ambientais e de reconstrução e ampliação dos mecanismos de fiscalização e repressão aos crimes ambientais, especialmente aqueles que vêm sendo perpetrados na Amazônia.
É preciso estabelecer metas de desmatamento zero, de coibição de garimpo e extração de madeira ilegais, de desocupação de terra indígenas, de confisco de terras desmatas ilegalmente. É preciso restaurar a soberania do Estado e do povo brasileiro sobre a Amazônia, sua biodiversidade, suas águas, suas riquezas, garantindo o direito dos povos tradicionais e indígenas. Que o desaparecimento e o sacrifício de Bruno Pereira e de Dom Phillips não sejam em vão.
Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política e autor de Liderança e Poder.
O Brasil tem hoje 33 milhões de pessoas que vão dormir todos os dias sem ter o que comer. Nas ruas, o aumento da extrema pobreza é visível, com mais de 200 mil pessoas sem um teto para morar. Vídeo produzido pela equipe Stuckert, do canal Lula Oficial no Youtube. Confira.
Eleições no Brasil e ONU: No UOL News, o colunista Jamil Chade, correspondente do UOL em Genebra, fala sobre alerta da ONU em relação às eleições no Brasil
Segue agora trecho da coluna de Jamil Chade no UOL:
Num ato poucas vezes visto em relação ao Brasil, a ONU cobra independência das instituições nacionais em um ano de eleição, faz um apelo por um processo "democrático", "sem interferência" e alerta para a violência contra mulheres, negros e representantes do movimento LGBTI+ que concorram ao pleito, em outubro.
O alerta é da Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, que incluiu o Brasil em seu informe sobre situações que preocupam a entidade e que está sendo apresentado nesta segunda-feira diante do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra.
Duas horas depois de fazer seu discurso, em uma coletiva de imprensa, Bachelet aumentou o tom da cobrança ao ser questionada sobre o Brasil. "Em outubro vocês têm eleições. E peço a todas as partes do mundo que as eleições sejam justas, transparentes e que as pessoas possam participar livremente", disse. "Será um momento democrático muito importante e não deve haver interferência de nenhuma parte para que o processo democrático possa ser atingido", insistiu.
(...) Em relação à situação brasileira, ela não poupou críticas sobre diversos aspectos durante seu discurso. "No Brasil, estou alarmado com as ameaças contra os defensores dos direitos humanos ambientais e os povos indígenas, incluindo a exposição à contaminação por mineração ilegal de ouro", declarou a chilena.
O teólogo Leonardo Boff afirmou, no programa 20 MINUTOS ENTREVISTA com Breno Altman, que o Papa Francisco mantém viva a Teologia da Libertação e que o movimento social, do qual é figura de referência, representa o futuro da Igreja Católica.
O teólogo espera do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem visitou na prisão, uma aproximação íntima com os valores caros à Teologia da Libertação num eventual próximo mandato. “Ele me disse que chegar de novo à Presidência é a última chance de sua vida em fazer uma grande revolução, e que vai fazer. Fará um discurso político para manter a unidade nacional, mas a prática vai ser radical a favor dos pobres, oprimidos, indígenas, mulheres, LGBTs e todos os que são violados diuturnamente”, narra.
Por outro lado, Boff se opõe frontalmente ao presidente Jair Bolsonaro, a quem só se refere como “o inominável”. A postura religiosa do direitista é um dos alvos de sua crítica.
“O inominável manipula a fé, comete continuamente um pecado contra o Segundo Mandamento, que é usar o santo nome de Deus em vão. No coração dele não tem Deus, tem ódio, desprezo, falta de cuidado da saúde do povo, maldade. É um homem submisso, refém do impulso de morte e não de vida", afirmou.
O único mérito de Bolsonaro, diz, seria o fato de ter aberto as portas de uma dimensão da sociedade que é raivosa como ele e odeia covardemente os pobres e as minorias. “Eles, que eram invisíveis, agora se tornaram visíveis, violentos. Desse lado não está Deus, está Moloch, que exigia o sacrifício diário de uma criança”, comparou.
Veja a matéria completa: https://operamundi.uol.com.br/20-minu...
Veja a entrevista completa: https://www.youtube.com/watch?v=FD4dc...
Bolsonaro age como um perdedor...um mal perdedor.
Mas ele pensa que poderá fazer o que quiser com o Brasil?
O desespero não ajuda em nada. Mas ele não para. Possui seus lacaios de plantão. Infelizmente, alguns de alta patente.
Sigamos.
Bolsonaro conseguiu produzir 4 Venezuelas em nosso território. São 125 milhões de famintos e famélicos. Como essa gente ainda pode dar algum voto de confiança em Bolsonaro?
10/06/22 - Faltam 114 dias para o suplicio ter o início de seu fim. Será o primeiro turno de nossas eleições que dirão muitas coisas ao Brasil e ao mundo.
Bolsonaro está correndo contra o tempo. Mas o tempo sempre vence por uma única razão: ele nunca se congela.
Não há mais golpes à mão. Tudo está se esfacelando. A fome consome os lares de milhões de brasileiros.
Bolsonaro conseguiu produzir 4 Venezuelas em nosso território. São 125 milhões de famintos e famélicos.
Como essa gente ainda pode dar algum voto de confiança em Bolsonaro?
Temos que avisar aos quatro cantos o que acontece.
O Brasil não pode padecer sem nenhuma reação.
Biden deu um recado sutil. "Nossas instituições são sólidas". Parece apenas uma pequena frase inofensiva mas diz muito.
O recado está dado.
Aqui dentro, precisamos alertar aos aventureiros que os danos que podem sofrer serão gigantescos.
Sigamos.
Bolsonaro viajou aos Estados Unidos para participar da Cúpula das Américas e se encontrar com Biden, mas vai também fazer uma motociata em Orlando com apoiadores
(Foto: Divulgação)
Sputnik (reproduzido no 247) - O presidente do Brasil está sendo chamado de "vagabundo", mas não da República, e sim das Américas. E tudo tem a ver com a visita de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos para a reunião entre os chefes de Estado do continente americano.
Na tarde da quinta-feira (9), o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, desembarcou em Los Angeles, nos Estados Unidos, para a Cúpula das Américas, que tem como uma das metas o fortalecimento da democracia no continente.
Um perfil bolsonarista postou o vídeo do desembarque do presidente do Brasil em Los Angeles, afirmando que Bolsonaro foi aos EUA "ensinar a Biden como um presidente deve agir".
Na agenda da visita, entrou a reunião bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a primeira desde a tomada de posse do democrata norte-americano.
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Mas nem tudo são flores. Uma onda começou a cair no Twitter com publicações contendo uma denominação um tanto maliciosa para o chefe de Estado brasileiro: vagabundo das Américas.
"Como foi que erramos tanto?", indaga o repórter Joaquim de Carvalho.
De República para das Américas, quase uma promoção.