31/07/22- Faltam 62 dias para as nossas eleições. Bolsonaro está ficando cada vez mais isolado. O abandono começa a se acentuar. Quem ficaria com um derrotado até o final?
Todos aqueles que lhe prestaram apoio estão começando a abandonar o barco.
Falsos profetas falharam em suas previsões. Tudo por dinheiro.
Assim como nos naufrágios onde a embarcação se encontra abarrotada de ratazanas, qualquer possibilidade de salvar a própria pele, faz desses roedores as criaturas mais ágeis do planeta.
Sigamos.
O confronto que o PL e o presidente a ele filiados propõem como estratégia política de campanha eleitoral, representa um irremissível erro filosófico. É o maniqueísmo que falsamente imagina haver um princípio dualista, de um lado somente o mal e do outro somente o bem e sempre se confrontando. Eles, os fanatizados, se apresentam como os portadores do bem. Os outros, do mal.
Reflitamos: Toda realidade humana, pessoal e social carregam, misturadas e juntas, as dimensões de bem e as dimensões de mal. Essa é a condição concreta da realidade histórica: a convivência, junta e misturada, de ambas as dimensões. Cada um dá primazia a uma destas dimensões, ou o bem ou o mal,embora não consiga,como uma sombra, me libertar dela mas posso sempre mantê-lo sob vigilância. Aqui surge o caráter ético da opção e de suas práticas, seja da dimensão do bem seja daquela do mal.
Quando um grupo fanatizado e seu líder optam pelo ódio, pelo espírito de vingança, pela mentira,pela violência, pela magnificação da ditadura e da tortura, usa do fake news, estes decididamente não podem reivindicar “nós somos homens do bem”. Eles optaram pelo mal, admitamos, sem conseguir sufocar o bem que é inerente à nossa natureza pessoal e social. Pois é isso que,inequivocamente, está ocorrendo com o atual presidente e seus seguidores, rubros de ódio e engolfados de raiva. Querem o mal para seus adversários pensando fazer o bem ao país. Na verdade,invertem a realidade cometendo um erro filosófico.
Os fanáticos bolsonaristas e seu líder,com características desviantes por sua falta completa de empatia,pela brutalização de suas comunicações e perda da dignidade inerente ao cargo que ocupa, propõem um falso antagonismo. Qual é o verdadeiro antagonismo: é entre a defesa da vida, a partir daqueles mais vulneráveis ou a completa falta de cuidado dela, especialmente neste momento sob a pandemia do Covid-19? É a transparência na coisa pública ou um orçamento secreto, sem critérios técnicos e faltos de toda equidade na distribuição dos bilhões de reais? É a busca do equilíbrio e da paz social ou o empenho de acirrar conflitos, destruir a reputação de autoridades e de políticos com falsas acusações, dossiês forjados? É defender o pacto social codificado na Constituição e nas leis ou atacá-lo sistematicamente e desrespeitar toda e qualquer norma. É ameaçar com uma ruptura institucional, rompendo o equilíbrio dos três poderes e difamando especialmente um deles, o STF? É armar o povo com todo tipo de armas (armas são para matar, seja agredindo seja se defendendo) ao invés de ensinar a amar, propiciar o diálogo, a conciliação é o ganha-ganha? E poderíamos aduzir mais dados do antagonismo como a malévola destruição do processo educativo, a desmontagem da cultura e o incentivo à discriminação e o ódio contra negros, indígenas, mulheres e de pessoas de outra opção sexual ao invés de propiciar a convivência pacífica e a acolhida das diferenças? Pois o grupo fanatizado dos bolsonaristas e de seu líder promovem exaltam este falso e odioso antagonismo. Existe em toda política oposição mas não pode se transformar numa contraposição, a transformação do adversário em inimigo. E o fazem cotidianamente.
Por fim temos a ver com uma proposta absurda, destituída de qualquer sentido humano e humanístico. Nenhuma sociedade historicamente conhecida prosperou e se consolidou sobre a exclusão, o ódio, a perseguição, a injustiça, a mentira e a afirmação da morte. Formular tal proposta repugna à inteligência que se rege pela busca da verdade e afronta a consciência dos valores éticos e morais. Ela pode pela violência e repressão ser imposta por certo tempo, mas não possui sanidade interior de poder se firmar.
Esta proposta absurda do confronto entre o bem e o mal como mote eleitoral pelo PL e pelo o presidente,buscando por tal estratégia busca a reeleição, está fadada ao franco fracasso. No fundo esta proposta é suicidária. Como dizia um conhecido escritor brasileiro citando Shakespeare: eles tomam o veneno pensando que o outro vá morrer envenenado. Eles estão se envenenando.
Esta eleição de 2022 possui um claro caráter plebiscitário: ou optamos pela vida da natureza e pela vida das grandes maiorias humilhadas,ofendidas, famintas e desempregadas ou optamos pelo poder que castiga, covardemente marginaliza, destrói a democracia e o Estado democrático de direito, depreda a natureza, aliena os bens públicos e prolonga a dependência para impôr um autoritarismo fascistóide, obtuso, anti-vida, anti-cultura e anti-povo e sempre dependente de um poder maior e exterior. A seguir esse rumo transformará o nosso país em pária, no qual as grandes maiorias viverão na exclusão, na marginalização e na pobreza, senão na aviltante miséria.
Cumpre reconstruir o que foi destruído e aproveitar a ocasião para, de fato, realizar o sonho de nossos melhores de concluir a refundação do Brasil, expressão de uma civilização biocentrada nos trópicos. Por sua magnitude e abundância de bens de vida, poderá ser a fonte de água doce para saciar as sedes de milhões e a mesa posta para as fomes do mundo inteiro.
Ecoteólogo, filósofo e escritor. Escreveu Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres, Vozes 1995/2015; em espanhol por Trotta, Madrid 1996, Dabar, México 1996
"O que este livro ensina aos jovens de hoje? Que tudo vale à pena quando a alma não é pequena. Que a luta pela democracia vencerá a tirania", diz a jornalista Tereza Cruvinel
(Foto: Reprodução)
Na história da resistência à ditadura militar, é forte a mística sobre o período que vai do golpe de 64 à edição do AI-5, em dezembro de 1968, nele incluídas as grandes manifestações estudantis, como a Passeata dos Cem Mil e a Ocupação da Maria Antônia, afora a queda do Congresso da UNE em Ibiúna.
Há o justo culto às campanhas pela anistia, pela Constituinte e pelas diretas-já nos anos 1980. Espremidos e um tanto esquecidos entre os dois períodos ficaram os anos 70, anos de chumbo, de sangue, tortura e morte, dob o o terror de Médici. E também de lutas estudantis, que desaguaram na grande frente que se formou pela redemocratização, a frente por liberdades democráticas. Sem os 70, não teriam existido os 80, que culminaram na eleição de Tancredo/Sarney e na Assembleia Nacional Constituinte. No fim da ditadura.
Da UnB, quatro vezes invadida por tropas policiais-militares entre 64 e 77, saiu Honestino Guimarães, em 68, depois morto e "desaparecido" pela repressão. Como em todo o país, o Movimento Estudantil (ME) foi quebrado após o AI-5, empurrando alguns de seus líders para a luta armada. Na UnB, o ME começou a ser reorganizado, dentro do possível, já em 1970, e progressivamente se levantou.
Em 1976, na luta para a conquista do Diretório Universitário (DU), precursor do DCE Livre, o reitor preposto da ditadura, o físico e capitão-de-mar-e-guerra José Carlos Azevedo expulsou seis dos principais líderes, expoentes das chapas que concorreriam nas eleições que ele adiou. Acabaram acontecendo meses depois. Em 1977 explode a grande greve contra outras punições, impostas por conta de um ato público em defesa das Liberdades Democráticas, em 19 de maio, Dia Nacional de Luta. A greve é duramente reprimida, outros 30 foram expulsos e 34 suspensos, mas a greve se prolongou por meses, desgastando o regime. Muitos foram presos, 14 foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional.
A resistência estudantil na UnB fortaleceu nacionalamente o ME e contribuiu para a construção da frente ampla da sociedade civil pela redemocratização. Essa é uma história pouco conhecida.
No ano passado, a jornalista Maria do Rosário Caetano reuniu alguns de nós, que vivemos os anos 70 na UnB em diferentes momentos, propondo que fizéssemos um livro sobre o período. Eu e outros topamos na hora e formamos o núcleo editorial inicial.
Fomos nos juntando. Marco Antonio Ribeiro Vieira Lima, o Neném, eu tinha como achar em Milão. Davi Emerich, um dos expulsos em 76, como eu e José Umberto de Almeida, continuava morando em Brasília. Flavio Botelho, presidente do DU em 1977, também, assim como Carlos Megale, originário das lutas pioneiras da Medicina no início dos anos 70. Luiz Antonio Nigro Falcoski, professor na UFSCAR, juntou-se a nós lá de São Carlos (SP). E passamos a contar com o apoio e a participação inestimável da deputada distrital Arlete Sampaio (PT).
Formado este núcleo, começamos a trabalhar na produção de "UnB anos 70 - Memória do Movimento Estudantil", que estamos lançando esta semana em Brasília, com selo da editora Alameda: amanhã, 26/7, às 18 horas, no Anfiteatro 9 da UnB, dentro da programação da 74a. Reunião Anual da SBPC. Dia 27, no Cine Brasília, às 19 horas, haverá um debate com cineastas e a exibição de alguns curtas sobre o período, suprindo nosso plano inicial de realizar uma mostra completa. Faltaram braços e recursos. E no dia 28, a partir das 18 hs, não poderia faltar um encontro festivo da geração UnB 70 no velho Beirute da 109 Sul, bar em que as esquerdas se encontravam naquele tempo.
Rosário, que é a organizadora, coordenava nosso trabalho enquanto escrevia loucamente sobre cinema, percorrendo festivais e eventos da área a que se dedica. Enquanto eu labutava no jornalismo político diário na TV 247 e os demais também se dedicavam a suas atividades profissionais. Passei alguns meses recebendo e compilando os textos, até que tivemos o "boneco" do livro, que certamente tem falhas e lacunas, mas é uma primeira luz sobre o que foi vivido.
Mais de 40 anos depois, as pessoas haviam se dispersado, e muitos já haviam partido deste mundo. Não conseguimos contatar todos os protagonistas do período, mas localizamos muitos, pedindo textos memorialísticos, que aos poucos foram nos chegando. No final, conseguimos reunir textos assinados por 32 pessoas, de reflexão, documentação e memória, e outros 14 textos sobre companheiros que já se foram.
O cineasta e professor de gerações de estudantes da Comunicação/UnB, Vladimir Carvalho, escreveu a orelha, e o presidente da SBPC, o ex-ministro Renato Janine Ribeiro, nos brindou com um belo texto sobre as relações UnB/SBPC. Não conseguimos editar o livro pela Editora da universidade, por força do calendário, mas contamos com apoio da reitora Márcia Abrahão e sua equipe para as atividades complementares. Teremos visita ao campus, almoço no bandejão, gravações de depoimentos na UnB-TV e o lançamento, entre outras atividades.
Mais recentemente Davi teve a ideia de formar um grupo em rede social reunindo participantes do ME no período, que acabou sendo o estuário deste encontro geracional. Já conta com 183 participantes, e lá ocorre uma catarse diária, lá rola uma cachoeira de lembranças. Muitos que apareceram pelo grupo, pelo papel que tiveram, deveriam ter participado do livro, mas na época não os encontramos. Entretanto, já valeu à pena este primeiro esforço, que será seguido de outros.
Muitos dos líderes do ME UnB nos anos 70 tornaram-se parlamentares: Arlindo Chinaglia, já deputado de 7 mandatos, presidiu a Câmara e ocupou interinamente a presidência da República. E ainda Erica Kokay, Arlete Sampaio, Paulo Bernardo, Chico Floresta, Augusto Carvalho, João Maia e Cafú (Antonio José Ferreira). Maninha (Maria José Conceição) também foi deputada distrital, mas é egressa do ME dos anos 60. Eles, ou pelo menos alguns deles, participam de mesa redonda no lançamento de amanha na UnB.
O que este livro ensina aos jovens de hoje? Que tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Que a luta pela democracia vencerá sempre a tirania. Neste momento em que um tiranete tosco faz ameaças de golpe e conspira contra a eleição que vai perder, contamos a história de jovens que ousaram se insurgir, mesmo sabendo que a ditadura já havia exilado, matado e desaparecido com tantos outros brasileiros. Felizmente, no final dos anos 70, a ditadura estava um tanto desdentada. Não nos mataram, mas também pagamos nosso preço. Como diz Zé Beto em seu depoimento, nós faríamos tudo de novo, embora hoje tenhamos quase todos mais de 60 anos.
Gabeira não é um Pablo Ortellado, seu colega de Blog – um neo-direitista que deturpa vergonhosamente os fatos e estabelece as analogias mais amalucadas, para as suas catilinárias. A última de Ortellado, em um momento em que o país lamentava o assassinato de um líder petista por um bolsonarista, foi acusar os “defensores de direitos humanos” de planejar as manifestações em frente à casa de Higienópolis, da senhora acusada de manter a empregada em estado de escravidão, inclusive sendo responsável por um tiro na janela. Hoje em dia, na mídia, provavelmente apenas Boris Casoy tem tal capacidade de manipulação dos fatos.
Mesmo assim, o perfil do Gabeira das últimas décadas estava longe de um conciliador. Desde que se aliou a José Serra, aliás, tornou-se um radical em tempo integral. Daí a relevância de seu artigo. Mas, também, os sinais de que poderá haver um pacto de imunidade semelhante ao que sucedeu a Lei da Anistia.
Gabeira propõe que se deixe de lado a identificação das culpas pelo bolsonarismo, ante o objetivo maior, que é erradicá-lo da face da política. Está certo.
Mas o objetivo maior não pode deixar de lado a punição de crimes reais cometidos nesse período, o papel de Eduardo Pazuello, os militares de Bolsonaro que estimulam o golpismo, a corrupção em todos os níveis.
Em relação às disputas políticas, Gabeira antevê na sociedade em geral uma imensa vontade de reconstruir o país. Diz ele:
“Meu otimismo com a saída de Bolsonaro não se prende tanto à instalação de outro governo e outro Congresso. Ele se baseia mais na energia social que pode ser liberada quando sua passagem se consumar.”
E está coberto de razão. Em poucos momentos da história contemporânea vi clima igual, com as pessoas tirando das gavetas as ideias, os projetos, pensando no novo.
Não foi possível logo após a Constituinte, devido à situação econômica complicada, à morte de Tancredo Neves e ao controle do Centrão em formação sobre o governo Sarney.
O governo Collor permitiu algumas experiências exitosas na Câmara Setorial da Indústria Automobilística e no meio ambiente. Mas era extraordinariamente autocrata, anti-político, anti-social para aglutinar as forças sociais do país. O governo de Itamar foi um interinato, consagrado pelo Plano Real.
Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência, imaginava-se que toda a energia acumulada seria liberada. Havia bons quadros na área social, na área de tecnologia e inovação. Mas FHC era um acomodado, inebriado pelas pompas do poder, mas sem gana de trabalhar as grandes mudanças.
O momento seguinte foi a eleição de Lula em 2002, no auge de uma crise social ampla. Houve alguns ensaios iniciais, inibidos pelo conservadorismo da política econômica. Mas o grande feito foi liberar as energias dos movimentos e das políticas sociais. Aí se dá o início da grande revolução social brasileira, com o Movimento dos Sem Teto, Movimento dos Sem Terra, o Bolsa Família, os avanços na educação, a criação de programas para agricultura familiar, cisternas, Luz Para Todos.
Mesmo assim, havia uma má vontade generalizada da mídia. A consagração das políticas sociais de Lula vieram de fora, quando a mídia internacional percebeu que não poderia se basear apenas na mídia corporativa nacional para entender o Brasil.
O grande momento foi em 2008. A crise internacional despertou o sentimento de solidariedade, pipocaram as conferências nacionais, os conselhos de participação. Ali, parecia que o país tinha encontrado o rumo.
Agora se tem presente o maior fator de aglutinação do Brasil real: o fantasma do bolsonarismo, que continuará presente mesmo após sua derrota eleitoral. E é a isso que o artigo de Gabeira remete.
Lula captou esse sentimento lá atrás, quando convidou Geraldo Alckmin para vice e garantiu que ele terá muitas atribuições.
Certamente colocará agricultores de cabeça aberta na Agricultura, como Roberto Rodrigues no primeiro governo; recriará o Ministério do Desenvolvimento com autênticos representantes da indústria. E remontará as políticas sociais com participação direta dos movimentos sociais.
Resta avaliar até onde essa grande frente – e o temor da volta do bolsonarismo – permitirá avançar nos grandes nós fiscais, monetários e orçamentários.
Mas, de fato, o país está caminhando a passos largos para o grande pacto nacional.
Há que se perguntar se os seguidores de Bolsonaro o levam a sério ou se já perceberam alguma demência nessa criatura que desacredita suas frases e chamamentos.
24/07/22- Faltam 69 dias para as nossas eleições. Temos um doente mental na presidência ou um mentiroso vigarista? Não há como tratar de modo diferente alguém que se comporta como um delinquente à frente da nação.
Há que se perguntar se os seguidores de Bolsonaro o levam a sério ou se já perceberam alguma demência nessa criatura que desacredita suas frases e chamamentos.
Agora é o sete de setembro a data derradeira. O que devemos esperar? Segundo ele, é a última vez que o povo irá para as ruas. A conferir.
Bolsonaro parece o personagem de O Alienista de Machado de Assis. O Simão Bacamarte do PL coloca quem pode para dentro de sua Casa Verde. O número de perturbados mentais é impressionante.
Mas seriam eles capazes de garantir a Bolsonaro uma permanência perpétua à frente do hospício em que transformaram parte do Brasil?
Sigamos.
São Paulo – Bolsonaristas receberam o pré-candidato à reeleição à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), com uma arma gigante em Marcha para Jesus em Vitória, no Espírito Santo, neste sábado (23). O ato organizado por setores da igreja evangélica conseguiu juntar em um só o improvável: toda a violência, ódio e morte simbolizados pelas armas e a mensagem do amor e da vida pregada na Bíblia por Jesus.
Além da réplica gigante de um revólver, que o apoioador de Bolsonaro mandou confeccionou e desfilou pelas ruas de Vitória puxado por um luxuoso carro amarelo, houve ainda outra demonstração de ódio. Ou quem sabe mais uma ameaça em meio à escalada da violência política: o desfile de uma replica de um caixão pintado com as cores e a bandeira do PT.
Há três semanas, o guarda municipal e liderança petista Marcelo Arruda foi assassinado por um bolsonarista. O assassino, Jorge Guaranho, invadiu a festa de Marcelo, que completava 50 anos. Entrou atirando e gritando “aqui é Bolsonaro, seus filhos da puta” em um aniversário cujo tema era Lula e o PT.
Em seu discurso em Vitória, Bolsonaro voltou a ameaçar um golpe contra a democracia, com o velho discurso de combate ao “comunismo”. “Dobro meus joelhos, elevo meus pensamentos ao senhor e peço que o povo brasileiro não experimente as dores do comunismo”, disse o pré-candidato. Bolsonaro nada fala sobre os quase 700 mil mortos pelas consequências da pandemia de covid-19. Nem se refere a medidas para conter o avanço da fome, que atinge mais de 33 milhões de pessoas no país.
A organização do evento havia proibido discursos de todos os políticos e pré-candidatos. A única exceção prevista era o presidente Bolsonaro. A Marcha foi convocada pelo Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política.
Após a Marcha para Jesus, Bolsonaro aproveitou para mais uma motociata, acompanhado de apoiadores. O grupo percorreu o trajeto do aeroporto de Vitória até a vizinha de Vila Velha. Forças policiais coordenadas pelo Exército fizeram a segurança de Bolsonaro. Hoje ele participa da convenção do PL que deverá confirmar sua candidatura e de seu vice, o general Braga Netto (PL).
Os adoradores do poder: como a direita cristã dominou a política nos EUA
Heloisa Villela, correspondente internacional do ICL Notícias, entrevistou Katherine Stewart, jornalista e autora do livro “The Power Worshippers”, que mostra que bandeiras como o aborto são usadas para exercer poder e tem levado fundamentalistas ao topo da política norte-americana.
O ICL Notícias vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 08h às 10h30min, pelos canais do Instituto Conhecimento Liberta + Eduardo Moreira. Inscreva-se agora mesmo!
📣 Seja um membro do Instituto Conhecimento Liberta: https://icl1.com.br/yt-icl-pv/
22/07/22- Faltam 71 dias. Heleno vai cantar domingo no lançamento da candidatura de Bolsonaro junto com o Centrão! Vamos aguardar.
Enquanto isso, os seguidores de Bolsonaro que seguem seus discursos, estão tendo problemas sérios com a lei.
Alexandre de Moraes não está brincando.
as portas do inferno carcerário começam a se abrir para essa gente.
Sigamos.
Rodrigo Vianna é jornalista. Passou por Folha, TV Cultura, Globo e Record, e hoje apresenta o "Boa Noite 247". Vencedor dos Prêmios Vladimir Herzog e Embratel de Jornalismo, é também Mestre em História Social pela USP.
O texto aponta a cumplicidade de "Organizações de Estado que construíram reputação de profissionalismo ao longo das últimas décadas". As Forças Armadas e o Itamaraty, por exemplo, argumenta o jornal, "se atolam na lama da marcha autoritária" e "se metem em conspiratas contra as urnas eletrônicas".
Ao convidar embaixadores de todo o mundo para que assistissem à sessão golpista de Bolsonaro, a chancelaria brasileira, afirma a Folha, 'rebaixou-se às fossas da conivência golpista'.
O periódico também não poupou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que "calou-se, como tem se calado sobre os pedidos de impeachment acumulados em sua gaveta. Cúmplice de um chefe de governo que na opinião desta Folha há muito perdeu as condições de permanecer no cargo, acomoda-se ao casamento de interesses com o Planalto, que lhe transfere o controle das manivelas da execução do Orçamento".
A omissão de Lira e do Congresso Nacional diante dos ataques de Bolsonaro, em troca da gestão do Orçamento, "é um jogo perigoso", alerta o editorial. "Abona o chamamento a rebeliões fascistoides em caso de derrota eleitoral. Flerta com as baionetas a que o tirano gostaria de recorrer na primeira oportunidade. A representação sucumbe ante as rebeliões; o Parlamento morre sob as baionetas. Da comunidade política, portanto, precisa partir a reação contra a escalada subversiva do presidente da República. Todos os líderes partidários devem uma manifestação urgente de apreço inequívoco pelas regras básicas da democracia".
Por fim, o jornal prevê que o Brasil superará o governo sombrio bolsonarista. "A votação ocorrerá pela urna eletrônica, os resultados serão obedecidos, os eleitos tomarão posse nas datas previstas, e os derrotados insatisfeitos terão a via única do recurso judicial para manifestar suas queixas. A violência e o tumulto não serão admitidos. Basta de negociar com promotores da ditadura".
19/07/22 - HOJE FIZ MAIS UMA REPRESENTAÇÃO CONTRA O SR PRESIDENTE NA NAÇÃO JUNTO À PGR. EM ALGUM MOMENTO ALGO ACONTECERÁ!
Faltam 74 dias para as nossas eleições. Há motivos concretos para acharmos que o Brasil passará por uma ruptura radical ou estamos nas mãos de um criminoso de quinta categoria tentando escapar da polícia?
Após a encenação medíocre de Bolsonaro com embaixadores o que podemos esperar para os próximos dias?
Sigamos!
No Paz e Bem do dia 1 de abril de 2022, Mauro Lopes dialogou com a professora Neide Miele, que lançou recentemente um blog chamado E A GRANDE MÃE VIROU DEUS PAI (https://www.eagrandemaeviroudeuspai.com) em que retrata quando e como as religiões ditas pagãs começaram a ser substituídas por um monoteísmo excludente e misógino. Iremos conversar neste primeiro de quatro encontros sobre o início das religiões.
Conheça um pouco a história de Neide, contada por ela própria: "Fui aluna de Luiza Erundina no Curso de Serviço Social da Faculdade de São Caetano do Sul, na época uma extensão da PUC-SP. Com ela tive minha iniciação na Esquerda. Entrei para o MEP - Movimento de Emancipação do Proletariado, na época dirigido pelo Ivan Valente. Em 1975 houve a queda da direção da Organização. A direção do MEP foi presa. Eu e meu companheiro fomos então, em janeiro de 1978, para João Pessoa. Lá me engajei na Pastoral Rural conduzida pelo arcebispo B dom Pelé. Foi nessa época que Manoel da Conceição, um camponês exilado voltou ao Brasil nos braços da Anistia. Ele fundou o CENTRU, Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Eu e meu companheiro fomos os responsáveis por conduzir o Centru na Paraíba. Participamos do ENTOES no Rio de Janeiro - Encontro Nacional dos Trabalhdores em Oposição à Estrutura Sindical, que antecedeu a fundação da CUT e do PT. Fomos fundadores do PT da Paraíba. Organizamos a primeira greve dos canavieiros da Paraíba. Enfim, o que era para ser um tempo curto acabou sendo mais de 40 anos de trabalho na Paraíba. Em 1985 saí do Centru e tornei-me professora na Universidade Federal da Paraíba. fiz concurso para a UFPB. Lá, tive a oportunidade de participar da criação do primeiro curso de graduação em Ciências das Religiões em uma universidade federal."
A democracia não se esgota nos pleitos eleitorais. Antes, a mesma se realiza no cotidiano, no diálogo, no respeito ao diferente, no acolhimento de demandas
do BrCidades
A banalidade do mal governa: Genivaldo, Bruno, Dom, Marcelo, você e eu
“A injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos”, Montesquieu
Montesquieu, nascido em Bordeaux em 1689, era nobre e de família rica na França. Não era um morador de favela no Rio de Janeiro ou um miserável na França. Em 1748 escreve DO ESPÍRITO DAS LEIS, onde defende o liberalismo político e muitas ideias republicanas. É a um liberal que fundamenta parte do DIREITO MODERNO que recorro para falarmos sobre a banalidade do mal.
A noção de que o Brasil é um país solidário por muito tempo governou parte do imaginário que o brasileiro tem de si. Essa autoimagem de um povo solidário, amoroso e cordial foi por anos a definidora de um verdadeiro ethos que distinguiu nosso povo de tantos outros espalhados no mundo.
Tragicamente, adotando a perspectiva de Sérgio Buarque em Raízes do Brasil quando cita o homem cordial como uma das maiores contribuições do país ao mundo ou a de que seríamos um povo ávido pela generosidade e prática do “bem”, nossa sociedade caminha no sentido oposto.
No dia 25 de maio de 2022, na cidade UMBAÚBA no sul de SERGIPE, foi realizada uma abordagem por três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Essa abordagem que reteve a moto do senhor GENIVALDO DE JESUS SANTOS de 38 anos, portador de transtornos mentais e usuário de medicação especifica para tratamento terminou tragicamente. Após imobilizar GENIVALDO pelos pés e mãos, os agentes de segurança pública o jogaram na viatura fechada e, usando gás lacrimogênio, impediram a sua respiração. Segundo o Instituto Médico Leal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por insuficiência respiratória aguda.
No dia 5 deste mesmo ano, o servidor federal da Fundação Nacional de Assistência ao Índio (FUNAI) Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips foram dados como desaparecidos na floresta amazônica. Desapareceram precisamente no Vale do Javari, terra constantemente ameaçada por garimpeiros, pesca ilegal, madeireiros e traficantes de drogas. A agenda de Bruno na região consistia em realizar reuniões para discutir proteção de território indígena com associações. Já Dom tinha por objetivo realizar algumas entrevistas para livro que estava escrevendo sobre Amazônia.
Ambos voltavam para Atalaia após cumprimento de agenda quando desapareceram. Os executores foram identificados e, 11 dias depois, já havia confissão e material genético para análise que confirmaria ainda a versão previamente apurada: foram assassinados.
Foz do Iguaçu, 09 de Julho de 2022. Guarda municipal há 28 anos, Marcelo Aloízio Arruda é assassinado na sua festa de aniversário de 50 anos. A festa tinha por tema Lula. Assim como o ex-presidente, o guarda também era sindicalista.
O homem que efetuou disparos contra Marcelo se chama Jorge José da Rocha Guaranho, um agente policial penal federal e assumidamente apoiador do atual presidente da República. Jorge invadiu a festa de Marcelo bradando o nome de Bolsonaro enquanto atirava numa festa repleta de crianças e familiares do guarda municipal.
Infelizmente, há um elo que nos une com os três casos relatados: todos estamos sob os efeitos da banalização do mal.
A BANALIZAÇÃO DO MAL
Hannah Arendt, filha do engenheiro PAUL ARENDT e conhecida filósofa de origem judaica, nascida na Alemanha, pode nos ajudar a entender o que há de comum no casos descritos acima. Arendt viu de perto a ascensão totalitária do nazismo na Alemanha e escreveu muito sobre o tema. Uma de suas obras mais importantes sobre o assunto é um livro específico chamado EICHMANN EM JERUSALÉM, onde narra os eventos que cercam o julgamento de um burocrata do regime nazista alemão.
Para justificar a política de extermínio de seres humanos, Eichmann dizia em sua defesa durante julgamento em Jerusalém por crimes de guerra que estava “apenas cumprindo ordens”. Não há espaço e tempo para detalhar aqui os detalhes do julgamento de Eichmann, mas a ideia de banalização do mal criada por Arendt a partir daquele caso pode nos ajudar a entender esses tempos sombrios que vivemos.
O mal a que Hannah se refere é um tanto mais perverso que o mal “demoníaco” costumeiramente temido em nossa sociedade. Trata-se de um mal banalizado que se incorporava na rotina como instrumento de trabalho de oficiais nazistas. Tornou-se comum e, portanto, dificilmente visto como “mal demoníaco”.
A ideia descrita por Arendt é visível nas alegações de Eichmann durante seu julgamento. Ele nunca se considerou culpado dos crimes contra judeus. Segundo sua defesa, Eichmann estava “apenas cumprindo ordens”. O burocrata nazista se sentia coberto pela legalidade e agia dentro da lei que vigorava do país naquele momento. Essa obsessão com o cumprimento da lei – embora fosse uma lei desumanizadora – era o que representaria, segundo Hannah, o verdadeiro perigo totalitário. Apesar de se tratar de uma ação legal, se posta em contraste com noções de bem-estar coletivo, humanidade e universalidade era a materialização mesma do mal.
Após a cobertura de Hannah, Eichmann passa a figurar como protagonista de uma moral deturpada e alienadora. O perigo maior que se esconde atrás de gente obcecada pelo cumprimento de normas legais, processos judiciais, obediência cega a hierarquias e amor a uniformização de costumes é exatamente esse: a incapacidade de, mesmo com o tempo, perceber a perversidade da lei que ampara ações bárbaras.
A consequência disso é tornar o mal praticado em “cumprimento de ordens” e jamais questionar se a lei que os autoriza, apesar de lei, é justa ou não. Por isso é tão difícil lidar com essas pessoas. Ser um agente a serviço do Estado e questionar essa “legalidade” é incorrer em risco de ser posto como subversivo e desordeiro.
Há ainda dois outros desdobramentos igualmente perigosos, especialmente no Brasil: a banalização do mal pelos agentes públicos – especialmente de segurança pública – autoriza, aos poucos, que civis possam agir em defesa armada com a certeza de não serem punidos; e, também aos poucos, corremos o risco de tratarmos absurdos como os casos de GENIVALDO, BRUNO, DOM e MARCELO como fatos que só teriam acontecido por culpa das vítimas. Essa lógica tem se reproduzido tanto nessas questões maiores e nacionalmente conhecidas, como naquelas domésticas do nosso ambiente de trabalho, no nosso círculo de amizades e mesmo nos encontros de família.
OS INTOCÁVEIS (DO ESTADO)
Os investidos em posições de poder concedidos democraticamente vão, aos poucos, vendo nessas investiduras a prerrogativa de serem INTOCÁVEIS. Aqui não é exagero o uso da palavra intocável. Por exemplo, há hoje em tramitação um projeto de lei de autoria do deputado BIBO NUNES (PL-RS) que dispõe sobre os deveres do cidadão ao ser abordado pela polícia. O PL 5.610/2019 diz no artigo 2o que “ao ser abordado por um policial, o cidadão deve:
I – atender às ordens do policial;
II – deixar as mãos livres e visíveis;
III – não realizar movimentos bruscos;
IV – não tocar no policial; e
V – manter uma distância mínima de um metro do policial. Parágrafo único. O descumprimento do disposto neste artigo sujeita o cidadão à pena de detenção de três meses a um ano, e multa.”.
Proposto em 2019, esse projeto avança e foi recebido em 15 de junho deste ano na COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (CCJC ), tendo por relator o deputado Daniel Silveira, aquele que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão pelo STF por ameaçar o funcionamento das instituições democráticas e que a subprocuradora LINDORA ARAÚJO solicitou extinção da pena.
O efeito dessas decisões? Logicamente é a autorização gradual e tácita para que se levante entre nós os chamados INTOCÁVEIS, além dos consequentes silenciamentos da crítica e da contestação populares. Afinal, quem deseja ser preso ou processado por questionar uma autoridade?
O processo de disseminação dessa lógica nas nossas relações é tão sutil que chega a ser quase invisível. Mas há gente – sempre há – que percebe. E é a esses que percebem que se impõe a tarefa de não se acovardar.
É por isso também que mesmo o processo democrático formal de escolha não é suficiente para haver uma sociedade justa. É preciso o processo democrático diário de cobrança das instituições, de fiscalização das ações e de solicitações de esclarecimento e tudo com a seguinte garantia: “não serei perseguido se o fizer”.
A democracia não se esgota nos pleitos eleitorais. Antes, a mesma se realiza no cotidiano, no diálogo, no respeito ao diferente, no acolhimento de demandas e na observância do direito das pessoas se pronunciarem.
Percebem como a autoridade máxima de um país é importante? É ela que estabelece os parâmetros de governo em todas as instituições abaixo dela, mesmo sem recorrer a decretos ou ordens explícitas. Para criar ambiência favorável ou não à banalidade do mal basta o exemplo. A banalidade do mal que se estabelece nos níveis mais altos de governo num país pode alastrar-se e afetar nosso dia a dia e nosso destino. É essa BANALIZAÇÃO DO MAL que está batendo à nossa porta, ou você pensou que ela estava perdida na floresta amazônica igual à CIDADE DE RATANABÁ?
Urge-se por gente que “tome as dores” no Brasil. É impressionante que aos poucos, em todos os ambientes, as dores da injustiça que sofremos individualmente vão se tornando apenas as dores de quem as sofrem. Isso não pode continuar!
Ao fim pedimos:
Justiça para Genivaldo, justiça para Bruno nosso colega de carreira no serviço público federal, justiça para Dom que, embora inglês, amou mais o Brasil que muitos governantes e Justiça para Marcelo.
Dr. Marcelo Karloni Arquitetura e urbanismo UFAL ARAPIRACA e membro da Rede BrCidades.
O curso “O Feminino na história das Religiões” é uma realização do canal Paz e Bem, sob a responsabilidade de Neide Miele, professora aposentada do Departamento de Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
O dia 22 de julho é consagrado a SANTA MARIA MADALENA. Essa inovação aconteceu em 2016, por iniciativa do papa Francisco, que decidiu transformar a memória litúrgica de Maria Madalena, para uma Apóstola. Sua decisão foi profética e será lembrada como dos aspectos mais significativos de seu pontificado, sobretudo em nesse momento de retrocesso das conquistas femininas, devido ao avanço da extrema direita mundial.
Nós começamos nosso curso exatamente com ela – MARIA MADALENA. Impossível falar da maneira como o feminino é tratado pelas religiões, TODAS, sem mencionar a mulher cuja imagem foi profundamente profanada. Durante muitos séculos MARIA MADALENA foi tida como PROSTITUTA, mesmo sem NUNCA TER SIDO - Neide Miele.
Bibliografia
- Análise dos símbolos gnósticos sobre Maria Madalena na iconografia medieval/renascentista,
texto apresentado por mim no XI Simpósio Nacional da Associação Brasileira de História das
Religiões, em 2009, ISBN 978-85-7103-564-5
- Maria Madalena e o Santo Graal: A mulher do vaso de Alabastro. Margaret Starbird. Ed.
Sextante, 2004.
- O legado de Madalena. Laurence Gardner. Ed. Madras, 2005.
- O evangelho de Maria: Míriam de Magdala. Jean-Yves Leloup. Ed. Vozes, 2003.
- O romance de Maria Madalena: Uma mulher incomparável. Jean-Yves Leloup, Ed. Verus,
2002.
DATAS E HORÁRIOS DO CURSO NO YOUTUBE:
Os 33 encontros previstos, SERÃO REALIZADOS AO VIVO ÀS TERÇAS-FEIRAS ÀS 17H. Depois de cada programa ao vivo, o vídeo ficará integrado ao acervo do Canal Paz e Bem na playlist de nome: O feminino e as religiões.
OBJETIVOS:
O objetivo do canal PAZ E BEM é fornecer elementos para uma análise crítica da sociedade que construímos, alavancada pelo individualismo exclusivista, pelo machismo excludente e pelos relacionamentos tóxicos. Sem compreendermos a fonte dos inúmeros preconceitos que permeiam o mundo contemporâneo, será impossível criarmos as bases para uma sociedade alicerçada em novos relacionamentos e no bem comum.
PROPOSTA:
Nossa proposta é explicitar as maneiras pelas quais as instituições religiosas ao longo das civilizações foram se apossando do transcendente para transformar o SAGRADO em PROFANO, o CUIDADO em PODER, a ESPIRITUALIDADE em RELIGIÃO.
CONTEÚDO:
O conteúdo será apresentado em três blocos temáticos:
1- A arte de cuidar – Templos e conventos, catedrais e universidades
- As “Casas da Vida” no Egito antigo (início dos hospitais)
- Hildegard von Bingen – a primeira herbalista do Ocidente
- Idade Média, as universidades e a exclusão das mulheres
- Saúde e neo-liberalismo x sabedoria ancestral: Universos em conflito
- As PICS como forma de cuidar de si e dos outros
2 - Princípio Feminino e Princípio Masculino
- O conceito de ABSOLUTO no simbolismo das catedrais
- O Yin-Yang taoísta
- O casamento alquímico
- nima-ânimus junguiano
- Superação dos preconceitos como condição para uma nova sociedades
3 – Mitos e Ritos – Símbolos e Simbolismos
- Mitos dos povos ancestrais
- Símbolos pagãos nos ritos cristãos
- Mitologias sobre o Santo Graal
- Raízes egípcias da unção
- O papel de Maria Madalena na vida e obra de Jesus
As referências bibliográficas serão apresentadas na descrição de cada programa.
11/07/22 - Faltam 82 dias. A eleição está chegando. O Brasil que está são é a maioria de nosso povo. Nós não podemos ficar apenas assistindo o que está acontecendo sem nos posicionar, conversar e alertar ao máximo as pessoas que conhecemos.
O Brasil está no centro do atraso mundial!
Com tantas riquezas o país atraiu de uma só vez, todos os abutres universais para atacarem o povo brasileiro. Muitas estratégias estão sendo usadas. A sofisticação é grande.
Compete a cada um de nós a missão de espalhar ao máximo a nossa percepção dos perigos que corremos enquanto nação.
Sigamos.