Do Portal do José:
27/09/22- FALTAM 5 DIAS! DERROTA ANUNCIADA IRREVERSÍVEL. BOLSONARO confessa que vai para o crime. Não aceitará derrota. Mas o que poderia fazer um insano? Instituições e sociedade estão preparadas? Vai ter cadeia pra muita gente.
Do Portal do José:
27/09/22- FALTAM 5 DIAS! DERROTA ANUNCIADA IRREVERSÍVEL. BOLSONARO confessa que vai para o crime. Não aceitará derrota. Mas o que poderia fazer um insano? Instituições e sociedade estão preparadas? Vai ter cadeia pra muita gente.
Do Portal do José:
No próximo ano, eleito Lula, o trabalho de reconstrução das instituições exigirá a volta de cada uma aos trilhos institucionais
A redemocratização do Brasil dependerá não apenas da derrota de Jair Bolsonaro nas eleições, mas de uma volta à legalidade de todas as instituições.
Na última década houve uma subversão ampla e generalizada dessas funções. Nem se fale do Ministério Público Federal, da Procuradoria Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, que praticaram o corporativismo mais obtuso e desestabilizador, com Ministros se comportando como influenciadores. A República de Curitiba foi o exemplo mais extravagante dessa falta de limites.
Mas processo similar ocorreu com as Forças Armadas. E, nesse campo, há que se notar o papel deletério e oportunista do Ministro da Defesa de Lula e Dilma Rousseff, Aldo Rebello.
Aproximou-se dos militares e dos ruralistas, a ponto de se tornar consultor da Sociedade Rural Brasileira e alvo de elogios constantes do general Villas Boas.
Em entrevista à BBC, ainda em 2018, Aldo deixava claro duas novas opiniões. Sustentava que os militares não tinham pretensões de substituir civis no governo e dizia que, em um país desorientado, “os valores de amor ao país, à memória, à história, da disciplina, hierarquia, você encontra nas Forças Armadas”.
Finalmente, afirma que o golpe de 64 foi civil, com envolvimento do empresariado, igreja, embaixada americana, mídia, “Os militares entraram de última hora e não saíram até hoje – a Comissão da Verdade está aí atrás deles. Não pegou nenhum bispo, nenhum padre, nenhum empresário, nenhum embaixador, nenhum editorialista”. Não há notícias de bispos, empresários, embaixadores torturando pessoas.
No momento, o Ministro Alexandre de Moraes desempenha um papel essencial, impedindo o golpe já várias anunciado por Bolsonaro. Mostra uma coragem pessoal indômita, por estar enfrentando organizações milicianas. Mas como deveria se comportar o STF em períodos de normalidade democrática? Recentemente, o The New York Times alertou para os riscos de uma ditadura do Judiciário, se o STF não mudar seu estilo. Aliás, desde Joaquim Barbosa o STF assumiu um protagonismo político que foi fundamental para a degringolada política do país e a ascensão do Bolsonarismo, no rastro da desmoralização dos partidos.
No próximo ano, eleito Lula, o trabalho de reconstrução das instituições exigirá a volta de cada uma aos trilhos institucionais. E exigirá urgência para uma reforma política que acabe com a raiz de todos os males políticos, o presidencialismo de coalizão, monstrengo alimentado por decisão do ex-Ministro do STF, Marco Aurélio de Mello, hoje um bolsonarista convicto.
Por Leonardo Boff
(Publicado no site A Terra é Redonda)
Ouvimos com frequência as ameaças de golpe à democracia por parte do atual presidente. Ele realizou aquilo que Aristóteles chama de kakistocracia: “a democracia dos piores”. Cercou-se de milicianos, colou nos cargos públicos algumas dezenas de militares de espírito autoritário, ligados ainda à revolução empresarial-militar de 1964, fez aliança com os políticos do Centrão que, ao invés de representar os interesses gerais do povo, vivem de privilégios e de propinas e fazem da política uma profissão para o próprio enriquecimento.
Não vi melhor descrição realística de nossa democracia do que esta, de meu colega de estudos, brilhante inteligência, Pedro Demo. Em sua Introdução à sociologia (2002) diz enfaticamente: “Nossa democracia é encenação nacional de hipocrisia refinada, repleta de leis “bonitas”, mas feitas sempre, em última instância, pela elite dominante para que a ela sirva do começo até o fim. Político é gente que se caracteriza por ganhar bem, trabalhar pouco, fazer negociatas, empregar parentes e apaniguados, enriquecer-se às custas dos cofres públicos e entrar no mercado por cima…Se ligássemos democracia com justiça social, nossa democracia seria sua própria negação”.
Logicamente, há políticos honrados, éticos e organicamente articulados com suas bases e com os movimentos sociais e com o povo em geral. Mas em sua maioria, os políticos traem o clássico ideal de Max Weber, a política como missão em vista do bem comum e não como profissão em vista do bem individual.
Já há decênios estamos discutindo e procurando enriquecer o ideal da democracia: da representativa, passar à democracia participativa e popular, à democria econômica, à democracia comunitária dos andinos (do bien vivir), à democracia sem fim, à democracia ecológico-social e, por fim, à uma democracia planetária.
Tudo isso se esfumou face aos ataques frequentes do atual presidente. Este pertence, primeiramente, ao âmbito da psiquiatria e. secundariamente, da política. Temos a ver com alguém que não sabe fazer política, pois trata os adversários como inimigos a serem abatidos (recordemos o que disse na campanha: há que se eliminar 30 mil progressistas). Descaradamente afirma ter sido um erro da revolução de 1964 torturar as pessoas quando deveria tê-las matado, defende torturadores, admira Hitler e Pinochet. Em outras palavras, é alguém psiquiatricamente tomado pela pulsão de morte, o que ficou claro na forma irresponsável com que cuidou do Covid-19.
Ao contrário, a política em regime democrático de direito supõe a diversidade de projetos e de ideias, as divergências que tornam o outro um adversário, mas jamais um inimigo. Isso tudo o presidente não conhece. Nem nos refiramos à falta de decoro que a alta dignidade do cargo exige, comportando-se de forma boçal e envergonhando o país quando viaja ao estrangeiro.
Somos obrigados a defender a democracia mínima, a representativa. Temos que recordar o mínimo do mínimo de toda democracia que é a igualdade à luz da qual nenhum privilégio se justifica. O outro é um cidadão igual a mim, um semelhante com os mesmos direitos e deveres. Essa igualdade básica funda a justiça societária que deve sempre ser efetivada em todas as instituições e que impede ou limita sua concretização. Esse é um desafio imenso, esse da desigualdade, herdeiros que somos de uma sociedade da Casa-Grande e da senzala dos escravizados, caracterizada exatamente por privilégios e negação de todos os direitos aos seus subordinados.
Mesmo assim temos que garantir um estado de direito democrático contra às mais diferentes motivações que o presidente inventa para recusar a segurança das urnas, de não aceitar uma derrota eleitoral, sinalizadas pelas pesquisas, como a Datafolha à qual ele contrapõe a imaginosa Datapovo.
A atual eleição representa um verdadeiro plebiscito: que forma de Brasil nós almejamos? Que tipo de presidente queremos? Por todo o desmonte que realizou durante a sua gestão, trata-se do enfrentamento da civilização com a barbárie. Se reeleito conduzirá o país a situações obscuras do passado há muito superadas pela modernidade. É tão obtuso e inimigo do desenvolvimento necessário que combate diretamente a ciência, desmonta a educação e desregulariza a proteção da Amazônia.
A presente situação representa um desafio a todos os candidatos, pouco importa sua filiação partidária: fazer uma declaração clara e pública em defesa da democracia. Diria mais, seria um gesto de patriotismo, colocando a nação acima dos interesses partidários e pessoais, se aqueles candidatos que, pelas pesquisas, claramente, não têm chance de vitória ou de ir ao segundo turno, proclamassem apoio àquele que melhor se situa em termos eleitorais e que mostra com já mostrou resgatar a democracia e atender aos milhões de famintos e outros milhões de deserdados.
Temos que mostrar a nós mesmos e ao mundo que há gente de bem, que são solidários com as vítimas do Covid-19, nomeadamente, o MST, que continuam fazendo cultura e pesquisa. Este será um legado sagrado para que todos nunca esqueçam de que mesmo em condição adversas, existiu bondade, inteligência, cuidado, solidariedade e refinamento do espírito.
Pessoalmente me é incômodo escrever sobre essa democracia mínima, quando tenho me engajado por uma democracia socioecológica. Face aos riscos que teremos que enfrentar, especialmente, do aquecimento global e seus efeitos danosos, cabe à nossa geração decidir se quer ainda continuar sobre esse planeta ou se tolerará destruir-se a si mesma e grande parte da biosfera. A Terra, no entanto, continuará, embora sem nós.
Do Portal do José:
23/09/22 - FALTAM 9 DIAS.
Nada está dando certo para a campanha de Bolsonaro. Nunca se viu tamanha estrutura e gasto de dinheiro e energia para nada. Apenas os fanáticos e medrosos que se movem em função do pânico que lhes é arremessado, ainda acreditam que Bolsonaro pode chegar a algum lugar seguro. As pesquisas são fatais. Enquanto isso, no campo democrático, observamos um gasto de energias que beiram a irracionalidade. Há 46 milhões de eleitores em potencial que não escolheram ninguém. Eles devem ser desprezados? Creio que as campanhas estão mais atentas a esse universo. É o que resta nessa reta final. A não ser que haja algo no campo do imponderável, não há chance ´para Bolsonaro. As naus foram queimadas. Não há retorno. Sigamos.
Do Portal do José:
Tempo de fronteiras.
O que indica escolhas. Fascismo ou liberdade.
Quem tem uma fé à prova de benesses?
Quem resiste à prova dos cargos?
Quem caminha com os pés descalços?
É hora de escrever poesia nas paredes e espalhar floreiras nas janelas, eis o anúncio da profecia!
Não esconder a luz dessa esperança ajuda a raiar o dia esperado.
Cantar em versos a antítese do desgosto.
O tempo é outro, o tempo é novo.
Embora estejamos sentindo ainda aquele roçar pestilento do poder feito mazela, desprezo e frases moribundas, a caverna foi vencida em longos dias de resistência sofrida.
Rompe o medo.
Rasga a pele.
Renasce.
Há vida!
Fonte do texto: Repórter Nordeste
Do UOL:
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) se prepara para seu discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, nesta terça-feira, governos de países democráticos começam a articular, nos bastidores, um reconhecimento praticamente imediato dos resultados das urnas no Brasil. Com detalhes mantidos em sigilo absoluto para não representar uma interferência na política doméstica brasileira, o gesto tem como objetivo blindar a democracia brasileira e evitar que o país entre em um limbo constitucional ou em uma ruptura de democrática, conta o colunista Jamil Chade no UOL News
"Para diplomatas europeus, a passagem de Bolsonaro pela Europa aprofunda o mal-estar e desprezo por seu governo no Velho Continente. Salvo em países liderados pela extrema-direita, o brasileiro não foi recebido por nenhum dos chefes de governo das principais democracias da Europa ao longo de seu mandato"
Charge de Renato Aroeira
Segue a coluna de Jamil Chade, no UOL:Consternação, indignação e até vergonha. Essas foram algumas das palavras usadas por diplomatas estrangeiros ao descrever o comportamento de Jair Bolsonaro em sua passagem por Londres para o funeral da rainha Elizabeth 2ª.
Fontes nas chancelarias europeias indicaram que a presença de mais de 500 autoridades — entre presidentes, líderes internacionais e representantes de governos — era para ser marcada pela sobriedade. Em seu lugar, porém, Bolsonaro fez questão de transformar seu primeiro dia em um ato de campanha eleitoral.
Seu discurso de um balcão da embaixada do Brasil, inclusive contradizendo as pesquisas e afirmando que iria vencer as eleições no primeiro turno, foi recebido com desprezo e incompreensão.
Londres, ainda que saiba que o país vive um período eleitoral, esperava um certo protocolo por parte do brasileiro diante do momento de luto.
Diplomatas brasileiros confirmaram que não houve uma recomendação expressa sobre o comportamento de cada líder. Mas admitiram que a esperança era de que nenhum deles usasse o evento fúnebre para buscar votos ou convocar apoiadores. Tampouco haverá espaço para negociações entre os representantes que desembarcam na capital britânica.
Bolsonaro, porém, usou seu discurso para criticar posições das alas progressistas e falou de tráfico de drogas, aborto e gênero.
Para diplomatas europeus, a passagem de Bolsonaro pela Europa aprofunda o mal-estar e desprezo por seu governo no Velho Continente. Salvo em países liderados pela extrema-direita, o brasileiro não foi recebido por nenhum dos chefes de governo das principais democracias da Europa ao longo de seu mandato.
Não foi falta de pedidos do Itamaraty, que chegaram a consultar no ano passado o então primeiro-ministro Boris Johnson para saber se Londres receberia Bolsonaro. Os britânicos mantiveram um silêncio constrangedor.
"O destino de nossa nação está em nossas mãos", escreve Leonardo Boff
Por Leonardo Boff
Na missa de páscoa canta-se um dos mais belos hinos do gregoriano no qual se diz: ”a morte e a vida entreolhando-se travaram um duelo” (mors et vita duello conflixere mirando). E se conclui: “o senhor da vida, reina vivo” (dux vitae,regnat vivus).
Refiro este texto litúrgico como metáfora do que vejo se realizar nas próximas eleições: um plebiscito no qual se trava efetivamente um duelo político entre dois projeto de Brasil e dois modelos de Presidente.Um projeto tem como representante e promotor um Presidente que claramente se aliou ao domínio da morte. Não quero eu dizê-lo mas o afirma umas das inteligências jurídicas mais brilhantes de nosso país, ex-governador do Rio Grande do Sul, ex-ministro da justiça, Tarso Genro:
“Para Jair Bolsonaro não há adversários, só há inimigos a serem abatidos pelas armas.Como um político que defende o justiçamento de suspeitos, o fuzilamento de “30 mil compatriotas”, o assassinato de um presidente pacífico e democrático, a tortura como método inquisitório, o fim a democracia política, que sustenta que o erro da ditadura não foi torturar, mas foi “não matar”, que explicita publicamente a sua admiração a Hitler e debocha da tortura sofrida por uma mulher digna – que estava sendo retirada da Presidência –, como este político foi covardemente naturalizado pelo “establishment” neoliberal e pelas grandes cadeias de comunicação, depois de ter cometido e repetido muitos crimes bárbaros e ainda ter feito uma consciente propaganda genocida contra a vacinação?”
Aqui fica claro um projeto de morte que, caso Bolsonaro for reeleito, irá implementá-lo. É o domino da necrofilia, a promoção da morte e seus derivados como o ódio e a mentira.
No outro lado do duelo, há outro representante, Luiz Inácio Lula da Silva. Não quero ser maniqueísta que só considera o bem de um lado e o mal do outro. Bem e mal se misturam. Mas há de se reconhecer que em Lula bem ganha mais expressão. Apresenta um projeto cuja centralidade reside na vida a começar pelos que menos vida têm: os trinta milhões de famintos, os 110 milhões com insuficiência alimentar, os milhões de desempregados ou subempregados, os trabalhadores e os aposentados que viram diminuirem seus direitos.com o salário mínimo congelado. Para resumir, o primeiro a se fazer é garantir os mínimos: comida, saúde, trabalho, educação, casa, terra para produzir alimentos para o povo, segurança e oportunidade para aqueles que historicamente são os descendentes da senzala (54% da população) poderem entrar no ensino superior, universitário ou técnico. Governar é cuidar de todos, mas sempre a partir dos humilhados e ofendidos. A inspiração vem de Gandhi que dizia: fazer política é ter um gesto amoroso para com o povo e cuidar das coisas comuns.Ou nas palavras do Papa Francisco em sua Fratelli tutti: a política tem que ser feita com ternura “que é o amor se faz próximo e concreto,um movimento que procede do coração e chega aos olhos, aos ouvidos e às mãos” (n.196). É o reino da biofilia, do amor à vida.
Estes dois projetos, como num duelo, estão se enfrentando nesta eleição. Cabe aos cidadãos fazerem seu discernimento: finalmente que país nós queremos? Que Presidente é mais portador de vida, de meios de vida, de esperança e de gosto de viver? Não somos pedras que apenas existem. Não queremos só existir, queremos viver e conviver em paz uns com os outros.
O que experimentamos no governo do atual Presidente foi o decrescimento em nossa humanidade, o abandono de milhares entregues à virulência do Covid-19 e que morreram quando poderiam ter sido salvos se não fosse o tenaz negacionismo oficial.
O que mais nos dói e envergonha é a falta de compostura da mais alta autoridade da nação que deveria viver as virtudes que gostaria ver realizadas no povo como a solidariedade, o cuidado de uns para com os outros e com a nossas riquezas naturais e a promoção de nossa ciência e cultura, por ele agredidas de forma vexaminosa. Ao contrário, predominou a difusão do ódio, das fake news, a boçalidade, a linguagem de baixo calão e todo tipo de discriminação para com os afrodescendentes, os indígenas, os quilombolas, as mulheres,os pobres e os LGBT+ entre outros.
Só poderemos superar este flagelo político-social e necrófilo se, no duelo, optarmos pelo projeto da biofilia. Aqui me valho ainda do ex-governador Tarso Genro: “Há de se fazer, uma semana antes do pleito, um grande acordo político de governança e governabilidade, derrotando Jair Bolsonaro no primeiro turno,unida em torno do nome mais forte para vencer e conduzir a nação ao destino democrático e social que o nosso povo merece”.
Esse nome está emergindo como o preferido dos eleitores, Lula da Silva. É um sobrevivente da grande tribulação nacional, mostrou que foi capaz de humanizar a política, tirando o Brasil do mapa da fome e criar políticas sociais e populares que criaram oportunidades para os excluídos, para muitos outros e principalmente devolveram dignidade aos empobrecidos.
O destino de nossa nação está em nossas mãos. Depende da opção por aquilo que tire o Brasil do fosso no qual o lançaram e nos permita diminuir a nefasta desigualdade social e, por fim, nos conceda a alegre celebração da vida. A próxima eleição-duelo em 2 de outubro significará o grande teste: que Brasil e que Presidente, de fato, nós queremos. Oxalá triunfe o projeto da biofilia, do amor à vida, especialmente aquela sofrida das grandes maiorias.
Não podemos esquecer! Jamais Esqueceremos! Do ICL e do Canal de Eduardo Moreira:
Ignoram-se os sinais evidentes de espalhamento das medidas ditatoriais por todo o país
Artigo de Luis Nassif publicado em 27/11/2019
Os idiotas da objetividade analisam as dificuldades de Jair Bolsonaro com o Parlamento para apregoarem sua obediência aos limites da democracia. Todas as demais evidências, declarações contra a democracia, iniciativas em torno da GLO (Garanrtia da Lei e da Ordem), eliminação de conselhos de participação, são ignoradas.
Pior, ignoram-se os sinais evidentes de espalhamento das medidas ditatoriais por todo o país.
No Pará, a Policia Civil armou uma arapuca óbvia e evidente contra uma das ONGs que defendem o meio ambiente.
Segundo a blogueira Ana Carolina Amaral, da UOL, a “prova” do envolvimento da ONG com as queimadas está no seguinte diálogo, captado por um grampo.
A conversa se dá entre Gustavo e uma interlocutora chamada Cecília:
GUSTAVO: Tá triste, foi triste, a galera está num momento pós-traumático, mas tudo bem.
CECÍLIA: Mas já controlou?
GUSTAVO: Tá extinto, é.
CECÍLIA: Que bom.
GUSTAVO: Mas quando vocês chegarem vai ter bastante fogo, se preparem, nas rotas, nas rotas inclusive.
CECÍLIA: É mesmo?
GUSTAVO: Vai, o horizonte vai tá todo embaçado…
CECÍLIA: Puta merda
GUSTAVO: Mas normal, né?
CECÍLIA: Não começou a chover ainda? Porque em Manaus…
GUSTAVO: É, vai começar a chover em dezembro pra janeiro. Se vocês tiverem sorte, chove um pouco antes ou depois que vocês ir embora (sic).
Para a polícia, o diálogo deixa “perceptível referir-se a queimadas orquestradas, uma vez que não é admissível prever, mesmo nessa época do ano, data e local onde ocorrerão incêndios”. A conclusão policial não cita o trecho seguinte da conversa, em que o mesmo suspeito faz previsão semelhante sobre a chegada das chuvas.
Em Porto Alegre, a Brigada Militar espanca e manda para hospital duas professoras que tinham comparecido ao Palácio do Governo para negociar com o governador.
No Rio de Janeiro, a Policia Militar de Wilson Witzel acaba com a festa da torcida do Flamengo, jogando bombas de gás lacrimogênio sobre uma multidão pacífica, no meio da qual estavam famílias, idosos e crianças.
Em São Paulo, o Tribunal de Justiça manda para a prisão Preta e Carmen, duas das maiores lideranças pacíficas do Movimento dos Sem Teto do Centro, com base em um inquérito policial manipulado.
Em Brasília, Bolsonaro tenta o excludente de ilicitude para policiais que reprimirem manifestações de rua, permitindo invadir atribuição de Estados para desalojar invasores de terra.
No Rio de Janeiro, há uma discussão entre a Polícia Federal de Moro, e o Ministério Público Estadual, para saber quem blinda primeiro Bolsonaro nas investigações de Marielle Franco.
Em Porto Alegre, prossegue o aparelhamento do TRF4, com manobras para manter a 8ª Turma (que julga os processos de Lula) sob controle de desembargadores parciais, afastando desembargadores isentos.
Insisto: o país caminha para o fascismo. E o impulso maior vem da cabeça da serpente, a presidência da República, espalhando a sensação de impunidade e estimulando a repressão por todos os poros da República.
Cada dia de vida do governo Bolsonaro é um passo a mais rumo ao fascismo. Meses atrás, a correlação de forças entre instituições e o governo assegurariam o impeachment, ante um sem-número de episódios de quebra de decoro, especialmente nos ataques à democracia.
O Bolsonaro de hoje está mais forte, e mais forte estará amanhã.
O caso Marielle Franco é a última oportunidade antes da Marcha Sobre Roma do fascismo brasileiro.
O manifesto elenca as razões importantes para espíritas não votarem no atual presidente da República
Centenas de espíritas assinaram um manifesto sobre a eleição presidencial 2022 contra Jair Bolsonaro. A carta, escrita pela Ágora Espírita, Associação Brasileira de Pedagogia Espírita e Espíritas à Esquerda, elenca as razões para espíritas não votarem no atual presidente da República.
Até a atualização desta quarta-feira (14), 480 espíritas assinaram o documento. Leia na íntegra:
Nós, espíritas, abaixo assinados, vimos ao público em geral e às comunidades espíritas em particular para nos posicionarmos sobre a eleição presidencial de 2 de outubro de 2022 afirmando que os espíritas NÃO devem votar no atual presidente da República. E tal posicionamento se dá em função de:
a) o espiritismo possuir caráter essencialmente progressista, conforme textos de Kardec, como se lê, por exemplo, em “A gênese”, nos itens 10, cap. IV; 56, cap. XVII; e 24, 25, 28 e 30, cap. XVIII. E esse caráter progressista, colocado como lei no cap. VIII da parte III de “O livro dos espíritos” (LE), está ligado ao respeito e ao fomento das ciências, incluindo as ciências sociais, a à educação como base de nossas relações;
b) que “numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome”, como afirma a resposta à questão 930 de “O livro dos espíritos”, mostrando-nos que a justiça social é parte indissociável das propostas espíritas, pois “Deus fez o homem para viver em sociedade” (LE766) e que “todos devem concorrer para o progresso, ajudando-se mutuamente” (LE767).
c) que o primeiro de todos os direitos naturais é o de viver, como nos diz a resposta à questão 880 de “O livro dos espíritos”, e que tal direito é oposto à disseminação de armas e à falta de cuidados com a saúde da população;
d) que o compromisso com a vida se estende necessariamente aos seres que compartilham conosco o planeta que nos acolhe, sendo, portanto, essenciais o cuidado e a manutenção de todos os biomas naturais para a preservação da fauna e da flora;
e) que o espírito imortal não tem sexo, gênero, etnia ou nacionalidade e que, portanto, torna-se premente a superação da discriminação social que aflige grande parte da população, como o racismo, a LGBTfobia, o machismo, o capacitismo e todas as demais formas de discriminação e preconceito;
f) que a “justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais” (LE875) e que “o forte deve trabalhar para o fraco. […] É a lei de caridade” (LE685), não sendo possível, portanto, pactuar com a contínua e opressiva cassação de direitos básicos de trabalhadoras e trabalhadores; e
g) que, como a laicidade do estado é um pilar das sociedades contemporâneas, as pautas sociais discutidas nos parlamentos e na própria sociedade devem-se pautar exclusivamente pela ciência e pelo interesse social, excluindo-se quaisquer interferências de credo nesse debate.
Diante dessas premissas fundamentais do espiritismo e do fato de o atual presidente não se alinhar a NENHUM desses princípios, entendemos que o avanço da sociedade brasileira só será possível mediante a superação desse trágico momento social em que vivemos no Brasil e que isso passa necessariamente pela NÃO reeleição desse grupo ora no poder, pois o amor ao próximo e a justiça social estão justamente no seu lado oposto.
Da TV Fórum:
Em entrevista exclusiva a Cynara Menezes, o delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva faz acusações graves à gestão ambiental do governo Bolsonaro: "99,9% da madeira é ilegal".
Do Portal do José:
14/09/22 - FALTAM 18 DIAS PARA AS NOSSAS ELEIÇÕES. O Brasil está nas mãos de gangsters e vigaristas de todos os campos. Estamos numa reta final para enfrentamento dessa REALIDADE. sigamos.
O Estado democrático de direito foi transformado num Estado policial comandado por um mitômano.
Como enfrentar um mentiroso, que mente sobre a própria mentira?
E quando o Mentiroso é também sociopata?
E quando o Mentiroso, sociopata, não tem qualquer pudor?
A volta: da ditadura ou da democracia? Nestas eleições a opção é binária
O Estado democrático de direito foi transformado num Estado policial comandado por um mitômano.
Como enfrentar um mentiroso, que mente sobre a própria mentira?
E quando o Mentiroso é também sociopata?
E quando o Mentiroso, sociopata, não tem qualquer pudor?
E quando o Mentiroso, sociopata, despudorado, não tem vergonha na cara?
E quando o Mentiroso, sociopata, despudorado, desavergonhado, é também genocida, miliciano, entreguista, corrupto, golpista e beligerante?
O prazer que demonstra com as mortes de petistas é muito macabro, pode ser sintoma de uma necrofilia.
Por oportunismo eleitoral fez o “pacote das bondades”, antes, porém, deixou o povo carente à mingua, agora, também, pelas mesmas razões, diz que se arrepende das assertivas como a da fraquejada, a do coveiro…, ocorre que ele não tem credibilidade, tudo soa falso, oportunista, ele é UMA FRAUDE ambulante.
Ele adiou ao máximo a compra de vacinas e a campanha de aplicação, adiou ao máximo a ajuda emergencial, em ambos os casos deixou o povo em situação de extrema vulnerabilidade de saúde e sobrevivência. É como o “médico embusteiro”, deixa a febre subir ao limite máximo, deixa a dor ser insuportável, tripudia do sentimento alheio com seus sadismos, para, enfim, dar um remédio paliativo e parecer competente e generoso.
Todos os males da caixa de pandora encarnaram nesse ser, como enfrentar?
A encarnação do mal não tem limites, e como nós temos ética, limites morais, compromisso com a história e com as gerações futuras, não podemos nos igualar à família da metralha e da corrupção.
Entretanto, é imperativo desmenti-las sempre, com provas e de imediato, a mentira não pode correr solta, mesmo tendo pernas curtas, temos que encurtá-las ainda mais.
Criar o mentirômetro do genocida seria uma boa! Provavelmente teria que ser atualizado a cada hora.
Bolsonaro já fez e faz de tudo, provoca a todas as instituições e seus titulares, para ser impedido de concorrer, porque sairia como vítima e não como derrotado nas eleições. E teria seus biltres em estado de rebeldia.
O outro caminho será acolher a derrota, seguida de alguma aventura ou negociação.
Para isso, semeia, com auxílio de alguns militares, a desconfiança, infundada, do sistema de apuração eleitoral, no sentido de que, se acatar a derrota, será colocando-a sob suspeição, ao estilo Trump, mas sem invasão do TSE.
A negociação não encontrará receptividade, seria um desastre para a história do país, tão grave como a que houve com a ditadura.
Seria um despautério de graves consequências para a história do Brasil, qualquer forma de perdão ao genocida e seu clã. Nem graça, indulto ou anistia, ele tem que ser punido por todos os males que praticou. O contrário seria como homenagear a tortura e à conspiração ao Estado democrático de direito.
E em caso das instituições não cumprirem seus papeis na defesa e cumprimento das leis, ele avançará na desmoralização e implosão do sistema político, tornando o mesmo numa caricatura monstruosa, um Frankenstein.
Os males que ele plantou, esgarçou e envenenou o tecido social como nunca visto.
Se ele e família continuarem impunes, será a devassidão da política perante à sociedade brasileira e a desmoralização frente as outras nações minimamente civilizadas.
Assim como existem loucos para quem não há outra medida emergencial senão a camisa de força, o Bolsonaro virou um alucinado sistêmico, cuja medida de salvaguarda ao Estado de direito será a sua prisão e da famiglia metralha e corrupta, e por longo prazo.
Ele já ultrapassou algumas vezes o rubicão, cometeu penalidades máximas, se não for parado, vai fazer o pior.
De um indivíduo sem superego, pode-se esperar de tudo, menos bom senso, arrependimento, enfim, limites.
Quando ele e famiglia estiverem encarcerados, com a normalidade institucional retomada, será necessária uma Constituinte exclusiva para a reforma política.
Reforma que após elaborada deve passar pelo referendo da população.
Alguns pontos serão cruciais reformar: as funções dos militares e o GLO; o controle do MP; o Presidente como comandante-em-chefe das forças armadas – quando e como; a reeleição – a desigual paridade de armas e fonte de corrupção; as funções dos três poderes e as usurpações e promiscuidades, como o orçamento secreto e o ativismo judicial; o processo de escolha, o corporativismo e o aparelhamento da PGR; os instrumentos de participação direta do povo e sua exequibilidade no tempo certo.
Até lá a opção nesta eleição é plebiscitária: ou a ditadura com Bolsonaro e seus milicos/milicianos ou a reconstrução da democracia institucional com Lula e o povo.
Não cabe mais qualquer outro voto, senão quiserem ser cúmplices do bolsonarismo.
Ciro Gomes está se tornando politicamente um cachorro morto, mas, se o partido, PDT, não quiser segurar a alça do seu caixão, tenha a coragem ousada, mas redentora, em homenagem ao fundador do partido, Leonel Brizola, de seguir o seu exemplo e apoiar Lula.
As evidências demonstram que Ciro trabalha a favor da candidatura do genocida, e não está fazendo isso só pela frustração e ressentimento que tem com o PT, é crível pensar que tenha havido até uma negociação, talvez um ministério ou embaixada.
É o Ciro da Arena mostrando a sua verdadeira face político-ideológica, não consegue nem mirar-se no exemplo da Marina, de quem se disse amigo e admirador.
Não chega a ser um cabo Anselmo, mas também não está longe, talvez os próximos passos mostrem mais o verdadeiro coronel de Sobral.
Ciro, irá dar uma banana para os pedetistas após as eleições, salvem-se agora pelo menos os autênticos brizolistas.
Quanto aos líderes pemedebistas que apoiam a candidata Simone Tebet, é ainda tempo de reconhecerem que é hora de pensar na restauração do Estado democrático de direito e optarem pelo voto decisivo.
Os partidos menores de esquerda, que somados é presumível alcançar um pouco mais de 1%, poderiam também liberar seus filiados e simpatizantes para a escolha do voto em Lula. Sairiam da eleição maiores do que entraram e com crédito político junto ao novo governo. Sei que é complicada essa decisão, contudo, somos todos por Fora Bolsonaro.
Por fim, a conquista de votos pela militância é focar nos indecisos e nos prováveis absenteístas.
Para além dos bandeiraços, é ir aos pontos de ônibus, metrô, trem e praticar o diálogo do convencimento, o corpo a corpo nessa sprint final, acelerar com todo o fôlego que só a militância de esquerda tem.
A vitória no primeiro turno é viável, vamos conquistá-la já!
Francisco Celso Calmon, coordenador do canal pororoca e ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça
Do Canal do analista político Bob Fernandes:
CRÉDITOS Direção Geral: Bob Fernandes Direção Executiva: Antonio Prada Produção: Eliano Jorge Edição: Fabio De Borthole Arte e Vinhetas: Lorota Música de abertura e encerramento: Gabriel Edé Este é um vídeo do canal de Bob Fernandes. Vídeos novos todas terças e quintas, sempre, e demais postagens a qualquer momento necessário.
Fórum. - O diário britânico The Guardian, um dos jornais mais influentes do mundo, publicou um editorial nesta terça-feira (13) falando da situação política brasileira e dos momentos que antecedem a crucial eleição de 2 de outubro. A publicação diz que Jair Bolsonaro (PL) quer seguir à frente do país e que para isso não está contando com o resultado das urnas, já que o ex-presidente Lula (PT) está pelo menos 15% à sua frente nas pesquisas de intenção de voto, o que pode soar como uma vitória iminente.
Sobre a possibilidade de o radical de extrema-direita seguir na presidência, vencendo o pleito ou realizando uma manobra ilegal para isso, “derrotando” o petista, o jornalão sediado em Londres diz que o cenário “seria uma ameaça para o planeta”, elencando uma vasta argumentação que passa pela destruição da Amazônia, fortemente patrocinada por Bolsonaro, seu desprezo pela democracia e pela paz na sociedade, a mentalidade armamentista e a o ódio e a violência perpetrada contra adversários e cidadãos que não se alinham ao seu extremismo.
“Bolsonaro, esfaqueado um mês antes da eleição de 2018, deveria saber o custo da violência política melhor do que ninguém, mas continua usando uma retórica agressiva e espalhando ódio”, escreveu o Guardian.
A possibilidade de uma ruptura institucional por parte de um Bolsonaro derrotado, com apoio das Forças Armadas, também é um receio da comunidade internacional, diz o jornal, usando como argumento a “relativamente recente” Ditadura Militar, encerrada há apenas 37 anos.
Para o The Guardian, “outros países devem deixar claro que não tolerarão qualquer tentativa de Bolsonaro de trapacear, intimidar ou ameaçar para garantir seu caminho a um segundo mandato”.
“Uma vitória clara e definitiva de Lula, idealmente no primeiro turno, mas mais provável no segundo turno, é o melhor resultado para a democracia brasileira e para o planeta”, finaliza o editorial do diário britânico.