"O PGR, como qualquer outro procurador, precisa obter uma decisão judicial para ter eventual acesso aos dados sigilosos", diz
Dallagnol desafia PGR a buscar acesso aos dados da Lava Jato na Justiça
Jornal GGN – O coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, comparou o acesso da Procuradoria-Geral da República aos dados da operação em Curitiba com um gerente de banco que tenta acessar a conta bancária de um cliente, sem autorização.
Em entrevista à Folha desta terça (7), Dallagnol reafirmou que não dará o acesso dos dados à PGR e desafiou o chefe do Ministério Público Federal, Augusto Aras, a busca uma autorização da Justiça. “O PGR, como qualquer outro procurador, precisa obter uma decisão judicial para ter eventual acesso aos dados sigilosos”, disparou.
“O acesso pela PGR só é legítimo nos termos das leis e decisões judiciais. Foi nesses termos que compartilhamos informações e provas dezenas de vezes nos últimos anos com a PGR e vários órgãos, mas nunca houve um pedido de acesso indiscriminado como agora”, comentou Dallagnol.
“As decisões judiciais existentes não autorizam que seja dado acesso a todo o material e ainda condicionam o compartilhamento à indicação dos inquéritos e processos que serão alimentados com as provas. A PGR não indicou os procedimentos que justificam o acesso, por isso as forças-tarefas do Rio e São Paulo também se recusaram a cumprir o pedido”, acrescentou.
“A Justiça dá acesso a informações sigilosas para permitir o avanço de investigações ou processos criminais e é só com esse propósito que o acesso pode ser estendido a terceiros”, defendeu.
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