Reportagem fala sobre situação delicado do presidente Michel Temer
Matéria publicada nesta quarta-feira (14) pelo The Wall Street Journal conta que um assessor do presidente brasileiro, renunciou em meio a diversas reportagens onde comenta-se pagamentos ilegais da construtora Odebrecht SA a ele.
Reportagem diz que este é outro golpe para Michel Temer, enquanto trabalha para impulsionar reformas econômicas impopulares no Congresso.
O Journal acrescenta que José Yunes, que até quarta-feira foi era "conselheiro especial" de Temer, está entre vários funcionários proeminentes que, segundo notícias, foram nomeados em um acordo de barganha por um ex-funcionário da construtora Odebrecht.
> > The Wall Street
Organizações de notícias locais disseram que parte de um pagamento ilícito de 10 milhões de reais (US $ 3 milhões) ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro de Temer foi entregue ao escritório de Yunes, descreve o texto do WSJ.
Em sua carta de demissão, Yunes rejeitou os relatos "incriminatórios" e expressou indignação por ter seu nome denegrido. Ele negou qualquer irregularidade, e o escritório do presidente Temer se recusou a comentar a investigação, de acordo com o jornal norte-americano.
O diário destaca que a administração de Temer foi abalada no fim de semana por relatos de que o próprio presidente solicitou os 10 milhões de reais da Odebrecht, uma acusação que o presidente negou, dizendo que as doações feitas a seu partido pelo construtor foram todas realizadas por transferência bancária e registradas com autoridades eleitorais.
A renúncia de Yunes é uma nova complicação para o presidente, assim que conseguiu reformas econômicas por meio do Congresso, disse Rafael Cortez, especialista em ciência política da consultoria Tendencias em São Paulo.
"A situação política para Temer ainda é muito negativa", disse Cortez.
"Pesquisas recentes mostram que ele tem pouco apoio, o que cria preocupações entre os mercados" sobre sua capacidade de obter uma legislação aprovada.
A lei de limite de gastos "foi o primeiro passo, mas não será suficiente se não for acompanhada pela reforma das pensões", disse Cortez.
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