Pediu demissão o assessor especial da Presidência, e primeiro-amigo de Temer, José Yunes.
Segundo o delator Cláudio Melo Filho, da Odebrecht, Yunes recebeu em seu escritório R$ 4 milhões repassados ao hoje Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
A delação atinge Temer e seus mais próximos ministros. Foram citados 11 partidos, e 51 políticos. Entre eles, Alckmin, Aécio e Serra.
Marcelo Odebrecht, já delatando, confirmou: no Palácio do Jaburu, Temer teria pedido R$ 10 milhões para o PMDB.
Segundo a Folha desta quarta-feira 14, Lula e Dilma e/ou próximos também têm sido alvos na delação de Marcelo.
Em carta ao Procurador -Geral Janot, na segunda-feira, 12, Temer cobrou "conclusão rápida" da Lava Jato.
Disse que "iniciativas de governo vêm sofrendo interferência ilegítima" com o vazamento de delações.
Gilmar Mendes, do Supremo, avançou. Para ele, "vazamentos seletivos" como o de Cláudio Melo podem "levar à anulação de processos".
-Vamos ter que discutir com seriedade essa questão dos vazamentos- cobrou Gilmar.
Em Março a presidente Dilma, que não era investigada, foi grampeada em conversa telefônica com Lula. Mais de uma hora da gravação foi ilegal, porque não autorizada.
O juiz Moro vazou a conversa. O ministro Teori Zavaski criticou Moro então:
-Papel de juiz é o de resolver e não o de criar conflitos... Pressupõe imparcialidade, discrição, prudência e não se deixar contaminar pelos holofotes...
Á época o ministro Gilmar, hoje novamente crítico de vazamentos, defendeu aquele vazamento.
Esqueceu a forma legal optando por críticas ao que entendeu ser conteúdo de "extrema gravidade".
Em setembro, o 4º Tribunal Federal arquivou denúncia contra Moro. Alegou: a Lava Jato traz "problemas inéditos e exige soluções inéditas".
Leia-se: soluções à margem, fora da lei.
Em nome de se fazer valer a lei tem valido quase tudo. Para tanto, se tenta intimidar, mesmo se com clichês, quem aponte abusos, ilegalidades que se acumulam, e fatos.
E fato solar é que quem está no e com o Poder trabalha pelo combinado em outro estrondoso vazamento.
Aquele em que Romero Jucá, agora chamado "Resolvedor da República", cobrava o impeachment de Dilma e propunha:
-Temos que botar o Michel, num grande acordo nacional, com Supremo, com tudo. (...) Para estancar a sangria...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá... Aqui há um espaço para seus comentários, se assim o desejar. Postagens com agressões gratuitas ou infundados ataques não serão mais aceitas.