domingo, 22 de junho de 2014

O ódio sem charme e sem senso de ridículo de um articulista da Veja

Segue artigo de Paulo Nogueira extraído do Diário do Centro do Mundo:

A perseguição a Trajano





Os velhos truqes contra Trajano


Colocam, no Facebook, mais um artigo de Reinaldo Azevedo contra José Trajano (que criticou ao vivo os articulistas do ódio, como Azevedo, Constantino, Mainardi e outros).

É uma perseguição ao mesmo tempo selvagem, pela intenção de quem a faz, e inútil, porque fora dos círculos dos analfabetos políticos ninguém leva a sério Reinaldo Azevedo.

Por isso, Trajano pode receber as agressões com suspiros de tédio, ou simplesmente com estrepitosa indiferença.

O que eu gostaria de sublinhar, aqui, é o método de RA de polemizar. São sempre os mesmos truques, que conheço desde que se manifestou, há alguns anos, sua obsessão por mim.

Sua primeira investida contra mim veio em 2007 quando, num texto na revista Época, critiquei Mainardi e a “mainardização” da Veja.

Ele tomou as dores de Mainardi, sua alma gêmea, e tentou me indispor com a direção da Globo.

Os truques frequentes:

1) Ele desqualifica o alvo dizendo que não o conhece, como se isso significasse alguma coisa que não sua própria ignorância.

Afora a infantilidade do “argumento”, é algo que não se sustenta minimamente. Imagine, por acaso, que Glenn Greenwald decidisse responder a um dos múltiplos ataques de Azevedo a ele.

Jamais, repito, jamais Greenwald utilizaria este expediente primitivo: ele me conhece, e eu não o conheço.

Numa palavra, é uma estupidez.


2) Azevedo se autoglorifica. Eis uma infantilidade doentia. Em sua insegurança patética, nascida do fato de não ter carreira decente até se prestar ao papel de sicário da plutocracia, ele se autoenaltece sem freios.

Diz que é lido por milhões de pessoas, alega uma erudição que nega ao oponente e parece o Leonardo di Caprio em Titanic quando grita: “Sou o Rei do Universo”.

Se alguém verificar a sério a audiência de Azevedo, provavelmente se decepcionará: são as mesmas pessoas que entram a todo instante em seu blog, saúdam o seu “rei” e deixam os comentários idiotas de praxe. (O mais comum é: “na cascuda!”, signifique isso o que significar.

3) Reinaldo Azevedo se vitimiza e bravateia.

Com Trajano, ele prometeu processá-lo até por racismo. E por injúria, difamação etc. Isso tudo no mesmo tempo em que chamava Trajano de babaca, feio, velho e outras coisas de seu infame arsenal.

No prontuário de Reinaldo Azevedo consta “nassífilis”, como ele se referiu a Nassif alguns anos atrás.

E ele, a despeito de todos os insultos que atira contra os outros, deu agora para ameaçar processar por difamação.

4)  Ele se declara um cruzado da “imprensa independente”.

Independente de quê? Do governo? Passemos para outra piada. As empresas jornalísticas sempre se abarrotaram de dinheiro público de administrações federais, estaduais e municipais.

- (para quem tem dúvidas dos dizeres acima de Reinaldo Azevedo, confira-se os mesmos no próprio site da Veja, em http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/lula-novo-com-culpa-povo/) -

Ou por propaganda – durante anos a preços de tabela quando todos os anunciantes privadas obtinham descontos enormes – ou por expedientes como o lote de assinaturas da Veja que o governo de São Paulo compra da Abril com dinheiro do contribuinte paulista.

Diversos governos estaduais sempre compraram livros da Editora Globo também com dinheiro público. Em meus anos na editora, tive uma briga memorável com o governador do Amazonas porque ele imaginava que, comprando lotes de livros da Globo, teria em troca cobertura favorável da revista Época.

Isso para não falar dos empréstimos do BNDES, a juros maternos. Gráficas, equipamentos televisivos, tudo isso, essencialmente, é fruto do BNDES.

É pedagógica a foto de Roberto Marinho com FHC na inauguração de uma gráfica da Globo feita, pausa para risadas, para imprimir 1 milhão de Globos.

A despeito da fortuna da família, foi com recursos do contribuinte que a gráfica foi erguida.

Isso para não falar da reserva de mercado que existe para a mídia nacional. Para ganhar o mundo, o australiano Murdoch teve que se arriscar, primeiro na Inglaterra, depois nos Estados Unidos.

Isso se chama capitalismo. Aqui, as famílias conseguiram ser protegidas por uma reserva que governo nenhum ousou desafiar.

5)   Ele diz estar se divertindo nas polêmicas.

Bom, quem acredita nisso acredita em tudo. O que emerge nas polêmicas de Reinaldo Azevedo é um sujeito atormentado, cheio de ódio, complexado, inseguro.


Foi o último citado na lista quádrupla de Trajano, mas mesmo assim sempre que fala nela coloca seu nome em primeiro lugar. É como se tivesse ficado ofendido com a ordem estabelecida por Trajano.

Não sei se Trajano está aflito com a perseguição. Não deveria. Ninguém que não seja um analfabeto político leva a sério Reinaldo Azevedo.

Repito: ninguém.



Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

O grande exemplo de vida de uma brasileira: Rose Marie Muraro



Intelectual, ativista, feminista, oradora de grande talento.... Essas são alguns dos predicados de uma grande mulher: Rose Marie Muraro, que deixou-nos ontem, dia 21 de junho. Aprendi muito assistindo suas palestras inteligentes e instigantes nos áureos tempo do Encontro para a Nova Consciência...

Sobre esta mulher fantástica, passo a palavra a seu amigo e igual companheiro de lutas, Leonardo Boff:

Rose Marie Muraro: a saga de uma mulher impossível


Leonardo Boff

No dia 21 de junho concluíu sua peregrinação terrestre no Rio de Janeiro uma das mulheres brasileiras mais significativas do século XX: Rose Marie Muraro (1930-2014). Nasceu quase cega. Mas fez desta deficiência o grande desafio de sua vida. Cedo intiuíu que só o impossível abre o novo; só o impossível cria. É o que diz no seu livro Memórias de uma mulher impossível (1999,35). Com parquíssima visão formou-se em física e economia. Mas logo descobriu sua vocação intelectual: de ser uma pensadora da condição humana especialmente da condição feminina. Foi ela que no final dos anos 60 do século passado, suscitou a polêmica questão de gênero. Não se limitou à questão das relações desiguais de poder entre homens e mulheres mas denunciou relações de opressão na cultura, nas ciências, nas correntes filosóficas, nas instituições, no Estado e no sistema econômico. Enfim deu-se conta de que no patriarcado de séculos reside a raíz principal deste sistema que desumaniza mulheres e também homens.
Realizou em si mesma um impressionante processo de libertação, narrado no livro Os seis meses em que fui homem (1990,6ª edição). Mas a obra quiçá mais importante de Rose Marie Muraro tenha sido Sexualidade da Mulher Brasileira: corpo e classe social no Brasil (1996). Trata-se de uma pesquisa de campo em vários Estados da federação, analisando como é vivenciada a sexualidade, tomando em conta a situação de classe das mulheres, coisa ausente nos pais fundadores do discurso psicanalítico. Neste campo Rose inovou, criando uma grelha teórica que nos faz entender a vivência da sexualidade e do corpo consoante as classes sociais. Que tipo de processo de individuação pode realizar uma mulher famélica que para não deixar o filhinho morrer, dá o sangue de seu próprio seio? Trabalhei com Rose por 17 anos como editores da Editora Vozes: ela responsável pela parte científica e eu pela parte religiosa. Mesmo sob severo controle dos órgãos de repressão millitar, Rose tinha a coragem de publicar os então autores malditos como Darcy Ribeiro, Fernando Henrique Cardoso Paulo Freire os cadernos do CEBRAP e outros. Depois de anos de longa discussão e estudo em conjunto reunimos nossas convergências num livro que considero seminal Feminino & Masculino: uma nova consciência para o encontro das diferenças (Record 2010). Destaco apenas uma frase dela:”educar um homem é educar um indivíduo, mas educar uma mulher é educar uma sociedade”.
Sem deixar nunca de lado a questão do feminino (no homem e na mulher) voltou-se cedo aos desafios da ciência e da técnica moderna. Já em 1969 lançava Autonomação e o futuro do homem e previa a precarização do mundo do trabalho.
A crise econômico-financeira de 2008 levou-a colocar a questão do capital/dinheiro com o livro Reinventando o capital/dinheiro (Idéias e Letras 2012), onde enfatiza a relevância das moedas sociais e complementares e as redes de trocas solidárias que permitem aos mais pobres garantirem sua subsistência à revelia da economia capitalista dominante.
Outra obra importante, realmente rica em conhecimentos, dados e reflexões culturais se intitula Os avanços tecnológicos e o futuro da humanidade: querendo ser Deus? (Vozes 2009). Neste texto ela se confronta com a ponta da ciência, com a nanotecnologia, a robótica, a engenharia genética e a biologia sintética. Vê vantagens nessas frentes, pois não é obscurantista. Mas pelo fato de vivermos dentro de uma sociedade que de tudo faz mercadoria, inclusive a vida, percebia o grave risco de os cientistas presumirem poderes divinos e usarem os conhecimentos para redesenharem a espécie humana. Daí o sub-título: Querendo ser Deus? Essa é a ingênua ilusão dos cientistas. O que nos salvará não é essa nova Revolução Tecnológica mas, como diz Rose, é a “Revolução da Sustentabilidade, a única que poderá salvar a espécie humana da destruição…pois a continuarmos como está, não estaremos em um jogo ganha-perde e sim no terrrivel jogo perde-perde que significará a destruição de nossa espécie, na qual todos perderemos”(Reinventando o Capital/dinheiro, 238).
Rose possuía um sentimento do mundo agudíssimo: sofria com os dramas globais e celebrava os poucos avanços. Nos últimos tempos Rose via nuvens sombrias sobre todo o planeta, pondo em risco o nosso futuro. Morreu preocupada com as buscas de alternativas salvadoras. Mulher de profunda fé e espiritualidade, sonhava com as capacidades humanas de transformar a tragédia anunciada numa crise purificadora rumo a uma sociedade que se reconcilie com a natureza e a Mãe Terra. Conclui seu livro Os avanços tecnológicos com esta sábia frase:”quando desistirmos de ser deuses poderemos ser plenamente humanos, o que ainda não sabemos o que é, mas que intuímos desde sempre”(p. 354).
Proclamada a 30 de dezembro de 2005 oficialmente pelo Presidente, Patrona do Feminismo Brasileiro e com a criação da Fundação Cultural Rose Marie Muraro em 2009 deixará um legado de fecundo humanismo para as futuras gerações. Rose Marie Muraro mostrou em sua saga pessoal que o impossível não é um limite mas um desafio. Ela se inscreve na linhagem das grandes mulheres arquetípicas que ajudam a humanidade a preservar viva a lamparina sagrada do cuidado por tudo o que existe e vive. Nesse afã ela se tornou imorredoura.
Leonardo Boff trabalhou na Ediora Vozes por 17 anos junto com Rose Marie Muraro

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Paranoia da direita midiática virando motivo de chacota internacional: Los Angeles Times zomba da "propaganda comunista subliminar" do logo da Copa, segundo a "esclarecida" ótica de Rodrigo Constantino



  O já conhecido extremista da extremista Revista Veja, Rodrigo Constantino, arauto, junto com Reinaldo Azevedo, seguidores de Olavo de Carvalho e membros da direita mais golpista e terrorista, afirmou que o logotipo da Copa do Mundo 2014 traz em si uma versão subliminar de propaganda comunista (o ano 2014 em vermelho). Claro, como tantas outras afirmações do trio Azevedo/Constantino/Veja, virou chacota entre a maioria das pessoas, menos a minoria fanática que vê no governo Dilma e do PT a própria manifestação do inferno na Terra.... Seja como for, mesmo periódicos estrangeiros passaram a rir de tal zelo "direitista" surreal, como foi o caso do Los Angeles Times, como mostra este artigo do site da Revista Fórum:

Texto do colunista Rodrigo Constantino sobre “propagandas subliminares petistas” no logo da Copa do Mundo virou piada na rede Por Redação
tweet1A teoria da conspiração do colunista Rodrigo Constantino, da
evista Veja, sobre o “2014” em cor vermelha no logo da Copa do Mundo ser uma propaganda subliminar em pleno ano eleitoral pode ter sido considerada uma genial sacada por muitos dos leitores do autor, na rede, no entanto, o texto virou motivo de discussão e Constantino virou piada.
O correspondente do periódico Los Angeles Times, Vincent Bevins, leu o texto “O logo vermelho da Copa”, e postou em seu Twitter: “Oh Deus. Colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista”.
Não demorou muito para que seus seguidores caíssem na risada e sugerissem que a Coca-Cola também deve ser socialista.
  Para mostrar que dizeres estaparfúdios dos "colunistas" da imprensa golpista estão sendo sempre desmontados, por vezes até mesmo satiricamente desmontados, vejam-se o que ocorreu com um dos pares de Constantino, Diogo Mainardi, querendo posar de do sociólogo e sendo rebatido em sua arrogância pela correspondente da BBC. Depois disto, a criatividade de Gustavo Schoreder baseada a paranoia de Rodrigo Constantino com a "ameaça vermelha". Como seria uma avaliação rodrigoconstantiniana das bandeiras dos Estados brasileiros?:


Análise Rodrigo Constantiniana das bandeiras dos Estados:




ACRE — Claramente uma bandeira comunista. A estrela vermelha não nos engana mesmo em fundo verde e amarelo. Uma clara demonstração que o comunismo ainda vive.



ALAGOAS — Parecida com a bandeira francesa mas não se deixe levar por isso. No brasão há uma estrela (símbolo do lulopetismo) e três peixes. O Romário chama seus amigos de “peixe” que nada mais é que “companheiro”. A humanidade sabe que "companheiro" é coisa de comunista petista!




AMAPÁ — Se você olhar fixamente para a bandeira por 50 segundos sem piscar e depois olhar piscando para uma parede branca, perceberá que a bandeira é vermelha. Uma bandeira petista comunista.




AMAZONAS — Achei essa uma das mais bonitas pois me lembra muito um país em que eu posso comprar perfume Ferrari Black que deixa um cheiro gostoso na minha pele.



BAHIA — Bandeira de Cuba disfarçada. No último livro de Don Ramón "Ojos de noche serena" o escritor mexicano prova e comprova que Che Guevara viveu em Camaçari e influcenciou os petistas a adotarem essa bandeira.



CEARÁ — Bandeira do Brasil modificada, estaria quase boa se não tivesse 7 estrelas, uma jangada fazendo um C de comunismo, uma pomba do PSB e o sol do PSOL. Mais uma bandeira comunista sem dúvidas.



ESPÍRITO SANTO — O lema diz “Trabalha e confia”. Vou repetir, TRABALHA E CONFIA. É óbvio que é coisa do PT (Partidos dos TRABALHADORES). É uma mensagem subliminar pra confiarmos no PT.




GOIÁS — Uma bandeira quase perfeita! Com algumas adaptações poderia ser a nossa bandeira nacional.



MARANHÃO — Quase gostei dessa. Me lembra a bandeira americana, só que uma estrela solitária é sempre coisa de petista. Deveriam mudar e colocar várias estrelas ao invés de uma só.



MATO GROSSO — Outra versão da nossa bandeira nacional modificada com claros propósitos comunistas. Mais uma que é só fixar o olhar por 50 segundos e olhar piscando para uma parede branca.




MATO GROSSO DO SUL — Desconfiem sempre quando há uma estrela solitária! Bandeira lulopetista botafogoniana.




MINAS GERAIS — Uma versão minimalista da estrela do PT. Percebam que esse triângulo vermelho é a ponta superior da estrela de cinco pontas petista. O lema “LIBERTAS QUÆ SERA TAMEN” é só para enganar desavisados.




PARÁ — Uma bandeira de Cuba modificada. É uma homenagem aos irmãos Castro e ao assassino Che Guevara.



PARAÍBA — Uma terrível bandeira que demonstra a cor vermelha vencendo a preta, já que a primeira ocupa muito mais espaço que a segunda e ainda "diz" NEGO, obviamente demonstrando que os vermelhos negam espaço aos outros. Assim como faziam na União Soviética.



PARANÁ — Outra que parece inofensiva mas não é. No globo temos o Cruzeiro do Sul que é uma constelação formada pelas estrelas Acrux, Mimosa, Gacrux, Pálida e Intrometida. A estrela Gacrux também é conhecia por Rubídea sendo a gigante VERMELHA mais próxima da Terra. Os comunistas estão onde nós menos esperamos! Tomem cuidado!



PERNAMBUCO — Uma terrível apologia ao lulopetismo cristão gayzista comunista niilista romerobrittiniano. Ou seja, o PT quer implantar uma guerra entre as classes.




PIAUÍ — Posso dizer quase a mesma coisa que falei sobre a bandeira de Goiás, exceto pela estrela única e pelo ESCANDALOSO NÚMERO 13, que é do PT!




RIO GRANDE DO NORTE — Mais uma que parece estar cheia de boas intenções mas se você olhar de perto, verá que a jangada faz o C de comunismo (igual a do Ceará) e existe uma estrela petista no topo. O coqueiro da esquerda imita a barba do Lula.



RIO GRANDE DO SUL — Assim como no símbolo da Copa 2014, o vermelho não deveria estar aí no meio. Depois vocês vão tentar me ridicularizar pela “paranoia” com clichês. O vermelho no meio do verde e amarelo? Deveria ser azul! Depois eu faço no paint brush pra vocês verem como ficará melhor.



RIO DE JANEIRO — Muitos acham que no fundo do Brasão temos a silhueta da Serra dos Orgãos, mas se olharmos com atenção conseguiremos ver o rosto de Vladimir Lenin.



RONDÔNIA — A bandeira demonstra uma estrela no ponto mais alto de um pico. Só não colocaram a estrela em vermelho pois seria muito descarado!



RORAIMA — Só com as cores do Brasil né? Quase! Vejam como uma pequena faixa vermelha demonstra toda a intenção verdadeira da bandeira. É óbvio que há um sinal comunista nela. Mais uma vez, pra quê o vermelho? Deveriam colocar azul ali.




SANTA CATARINA — Essa bandeira é praticamente o que será a nossa bandeira nacional daqui a alguns anos. Muito vermelho com uma estrela grande ao centro e um gorro do Papai Noel vazio pendurado nela. Isso simboliza a morte do Papai Noel, que é um símbolo capitalista.



SÃO PAULO — Essa bandeira é mais um exemplo do que parece ser bom mas não é. Onde estão as cores do Brasil? Olhem como temos uma mini bandeira da China comunista e o mapa do Brasil dentro dela! Vocês ainda acham que eu sou paranoico?



SERGIPE — O mesmo que disse sobre as bandeiras de Goiás.



TOCANTINS — Todo mundo sabe, ou ao menos deveria, que na heráldica socialista um dos símbolos é o sol nascente ou raios de sol. Então o que dizer dessa bandeira?



DISTRITO FEDERAL — Quem não consegue ver a foice e o martelo estilizados nessa cruz? Não preciso dizer mais nada.


Fonte: https://medium.com/@gustavoschroeder/analise-rodrigoconstantiniana-das-bandeiras-das-unidades-federativas-brasileiras-4699c17f55bb

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A união entre conservadores, empresários, Yellow Blocs, VIPs, Mídia Golpista e exploradores contra o povo brasileiro, na análise de Leonardo Boff


Uma democracia que se volta contra o povo



Leonardo Boff



Uma grita geral da mídia corporativa, de parlamentares da oposição e de analistas sociais ligados ao status quo de viés conservador se levantou furiosamente contra o decreto presidencial que institui a Política Nacional de Participação Social. O decreto não inova em nada nem introduz novos itens de participação social. Apenas procura ordenar os movimentos sociais existentes, alguns vindos dos anos 30 do século pássado, mas que nos últimos anos se multiplicaram exponencialmente a ponto de Noam Chomsky e Vandana Shiva considerarem o Brasil o país no mundo com mais movimentos organizados e de todo tipo. O Decreto reconhece esta realidade e a estimula para que se enriqueça o tipo de democracia representativa vigente com um elemento novo que é a democracia participativa. Esta não tem poder de decisão apenas de consulta, de informação, de troca e de sugestão para os problemas locais e nacionais.

Portanto, aqueles analistas que afirmam, ao arrepio do texto do Decreto, que a presença dos movimentos sociais tiram o poder de decisão do governo, do parlamento e do poder público laboram em erro ou acusam de má fé. E o fazem não sem razão. Estão acostumados a se mover dentro de um tipo de democracia de baixíssima intensidade, de costas para a sociedade e livre de qualquer controle social.

Valho-me das palavras de um sociólogo e pedagogo da Universidade de Brasília, Pedro Demo, que considero uma das mentes mais brilhantes e menos aproveitadas de nosso país. Em sua Introdução à sociologia (2002) diz enfaticamene:”Nossa democracia é encenação nacional de hipocrisia refinada, repleta de leis “bonitas”, mas feitas sempre, em última instância, pela elite dominante para que a ela sirva do começo até o fim. Políitico (com raras exceções) é gente que se caracteriza por ganhar bem, trabalhar pouco, fazer negociatas, empregar parentes e apaniquados, enriquecer-se às custas dos cofres públicos e entrar no mercado por cima…Se ligássemos democracia com justiça social, nossa democracia seria sua própria negação”(p.330.333). Não faz uma caricatura de nossa democracia mas uma descrição real daquilo que ela sempre foi em nossa história. Em grande parte possui o caráter de uma farsa,. Hoje chegou, em alguns aspectos, a níveis de escárnio.

Mas ela pode ser melhorada e enriquecida com a energia acumulada pelos centenas de movimentos sociais e pela sociedade organizada que estão revitalizando as bases do país e que não aceitam mais esse tipo de Brasil. Por força da verdade, importa reconhecer, que, entre acertos e erros, ele ganhou outra configuração a partir do momento em que outro sujeito histórico, vindo da grande tribulação, chegou à Presidência da República. Agora esses atores sociais querem completar esta obra de magnitude histórica com mais participação. E eles têm direito a isso, pois a democracia é um modo de viver e de organizar a vida social sempre em aberto – democracia sem fim – no dizer do sociólogo português Boaventura de Souza Santos.

Quem conhece a vasta obra de Norberto Bobbio um dos maiores teóricos da democracia no século XX, sabe das infindas discussões que cercam este tema, desde do tempo dos gregos que, por primeiro, a formularam. Mas deixando de lado este exitante debate, podemos afirmar que o ato de votar não é o ponto de chegada ou o ponto final da democracia como querem os liberais. É um patamar que permite outros níveis de realização do verdadeiro sentido de toda a política: realizar o bem comum através da vontade geral que se expressa por representantes eleitos e pela participação da sociedade organizada. Dito de outra forma: é criar as condições para o desenvolvimento integral das capacidades essenciais de todos os membros da sociedade.

Isso no pensar de Bobbio – simplificando uma complexa discussão – se viabiliza através da democracia formal e da democracia substancial. A formal se constitui por um conjunto de regras, comportamentos e procedimentos para chegar a decisões políticas por parte do governo e dos representantes eleitos. Como se depreende, estabelecem-se regras como alcançar a decisões políticas mas não define o que decidir. É aqui que entra a democracia substancial. Ela determina certos conjuntos de fins, principalmente o pressuposto de toda a democracia: a igualdade de todos perante a lei, a busca comum do bem comum, a justiça social, o combate aos privilégios e a todo tipo de corrupção e não em último lugar a preservação das bases ecológicas que sustentam a vida sobre a Terra e o futuro da civilização humana.

Os movimentos sociais e a sociedade organizada, devido à gravidade da situação global do sistema-vida e do sistema-Terra e na busca de um caminho melhor para o Brasil e para o mundo querem oferecer a sua ciência, as experiências feitas, seus inventos, suas formas próprias de produzir, distribuir e consumir, em fim, tudo aquilo que possa contribuir na invenção de outro tipo de Brasil no qual tudos possam caber, a natureza inteira incluída.

Uma democracia que se nega a esta colaboração é uma democracia que se volta contra o povo e, no termo, contra a vida. Daí a importância de secundarmos o Decreto presidencial sobre a Política Nacional de Participação Social, tão irrefutavelmente explicada em entrevista na TV e em O Gl0bo (16 /6/2014) pelo Ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência Gilberto Carvalho.
Leonardo Boff foi professor de Etica e Teologia e é escritor

terça-feira, 17 de junho de 2014

Leonardo Boff sobre os "VIPS", os Globais e as filhinhas de Papai do Itaú: "Quem envergonhou o Brasil aqui e lá fora?"

Quem envergonhou o Brasil aqui e lá fora?



Texto de Leonardo Boff

(ao fim do texto, veja o video A Copa VIP dos "yellow blocs")

  Pertence à cultura popular do futebol a vaia a certos jogadores, a juízes e eventualmente a alguma autoridade presente. Insultos e xingamentos com linguagem de baixo calão que sequer crianças podem ouvir é coisa inaudita no futebol do Brasil. Foram dirigidos à mais alta autoridade do pais, à Presidenta Dilma Rousseff, retraída nos fundos da arquibancada oficial.

  Esses insultos vergonhosos só podiam vir de um tipo de gente que ainda têm visibilidade do pais, “gente branquíssima e de classe A, com falta de educação e sexista’ como comentou a socióloga do Centro Feminista de Estudos, Ana Thurler.

    Quem conhece um pouco a história do Brasil ou quem leu Gilberto Freyre, José Honório Rodrigues ou Sérgio Buarque de Hollanda sabe logo identificar tais grupos. São setores de nossa elite, dos mais conservadores do mundo e retardatários no processo civilizatório mundial, como costumava enfatizar Darcy Ribeiro, setores que por 500 anos ocuparam o espaço do Estado e dele se beneficiaram a mais não poder, negando direitos cidadãos para garantir privilégios corporativos. Estes grupos não conseguiram ainda se livrar da Casa Grande que a tem entranhada na cabeça e nunca esqueceram o pelourinho onde eram flagelados escravos negros. Não apenas a boca é suja; esta é suja porque sua mente é suja. São velhistas e pensam ainda dentro dos velhos paradigmas do passado quando viviam no luxo e no consumo conspícuo como no tempo dos príncipes renascentistas.

    Na linguagem dura de nosso maior historiador mulato Capistrano de Abreu, grande parte da elite sempre “capou e recapou, sangrou e ressangrou” o povo brasileiro. E continua fazendo. Sem qualquer senso de limite e por isso, arrogante, pensa que pode dizer os palavrões que quiser e desrespeitar qualquer autoridade.

   O que ocorreu revelou aos demais brasileiros e ao mundo que tipo de tipo de lideranças temos ainda no Brasil. Envergonharam-nos aqui e lá fora. Ignorante, sem educação e descarado não é o povo, como costumam pensar e dizer. Descarado, sem educação e ignorante é o grupo que pensa e diz isso do povo. São setores em sua grande maioria rentistas que vivem da especulação financeira e que mantém milhões e milhões de dólares fora do país, em bancos estrangeiros ou em paraísos fiscais.

  Bem disse a Presidenta Dilma: “o povo não reage assim; é civilizado e extremamente generoso e educado”. Ele pode vaiar e muito. Mas não insulta com linguagem xula e machista a uma mulher, exatamente aquela que ocupa a mais alta representação do país. Com serenidade e senso de soberania pessoal deu a estes incivilizados uma respota de cunho pessoal:”Suportei agressões físicas quase insuportáveis e nada me tirou do rumo”. Referia-se às suas torturas sofridas dos agentes do Estado de terror que se havia instalado no Brasil a partir de 1968. O pronunciamento que fez posteriormente na TV mostrou que nada a tira do rumo nem a abala porque vive de outros valores e pretende estar à altura da grandeza de nosso país.

   Esse fato vergonhoso recebeu a repulsa da maioria dos analistas e dos que sairam a público para se manfiestar. Lamentável, entretanto, foi a reação dos dois candidatos a substitui-la no cargo de Presidente. Praticamente usaram as mesmas expressões, na linha dos grupos embrutecidos:”Ela colhe o que plantou”. Ou o outro deu a entender que fez por merecer os insultos que recebeu. Só espíritos tacanhos e faltos de senso de dignidade podiam reagir desta forma. E estes se apresentam como aqueles que querem definir os destinos do país. E logo com este espírito! Estamos fartos de lideranças medíocres que quais galinhas continuam ciscando o chão, incapazes de erguer o voo alto das águias que merecemos e que tenham a grandeza proporcional ao tamanho de nosso país.

   Um amigo de Munique que sabe bem o portugues, perplexo com os insultos comentou:”nem no tempo do nazismo se insultavam desta forma as autoridades”. É que ele talvez não sabe de que pré-história nós viemos e que tipo de setores elitistas ainda dominam e que de forma prepotente se mostram e se fazem ouvir. São eles os principais agentes que nos mantém no subdesenvolvimento social, cultural e ético. Fazem-nos passar uma vergonha que, realmente, não merecemos.

   Leonardo Boff professor emérito de Etica e escritor

Veja, agora, o pensamento "da casa grande" no video A Copa dos "Yellow Blocs":


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Onde está o Caos na Copa predito (e desejado) pela mídia golpista e seus coxinhas?









Sem inferências, retoques e muito menos truques, jornal mais influente do planeta mostra a importância decisiva do futebol, da Seleção e da Copa do Mundo no Brasil como fatores de união nacional; explosão de alegria a cada gol da equipe na abertura do Mundial é mostrada de ponta a ponta do País, em diferentes estratos da sociedade; câmeras foram instaladas pelo NYT do Oiapoque a Porto Alegre; vídeo de repercussão global mostra o que a mídia tradicional brasileira não quis ver: povo de braços abertos festeja a #copadascopas (do Brasil 247):

247 – Considerado o jornal mais influente do mundo há muitos anos, o The New York Times acaba de dar uma lição de como fazer mídia. Sem retoques, artifícios e, muitos menos, truques, o setor eletrônico da publicação instalou câmeras automáticas para documentar a reação de brasileiros comuns, de ponta a ponta do País, durante a partida de abertura da Copa do Mundo, entre Brasil e Croácia. O que e se vê nas imagens da explosão de alegria a cada gol da Seleção Brasileira é uma festa real e autêntica, que ressalta a importância do futebol, da equipe nacional e da Copa do Mundo no Brasil como fatores imprescindíveis para a unidade de um país de território continental.

O vídeo do NYT mostra cenas das reações aos gols entre militares no Rio de Janeiro, aposentados em Porto Alegre e ribeirinhos do Oiapoque, no extremo norte do Brasil, entre outras. A reação é sempre a mesma, de incontida alegria. Exatamente como sempre acontece, aconteceu e continuará acontecendo. Ainda que, neste 2014, a mídia familiar e tradicional tenha se esforçado para desviar esse traço do caráter nacional, acentuando todos os problemas na organização do Mundial, que existem e estão ai, mas sem, no entanto, mostrar corretamente as qualidades da iniciativa. Na prática, boicotando-a.

Com o vídeo que repõe para o mundo, em milhões de reproduções, o inabalável amor dos brasileiros pelo seu time e seu País, o New York Times, sem uma usar uma única palavra, fez mesmo um golaço.

Assista aqui.

O próximo texto é do United Kingdom Sports:


Brazil 2014: Three days in, and already set to be the best World Cup EVER

We're just three days into the World Cup, but already people are suggesting that Brazil 2014 is on course to be one of the greatest tournaments of all time.

It's a contentious point of view. Those of a certain age probably still hold Mexico 1970 in high regard, while USA '94 has plenty of misty-eyed supporters.


France '98 also had some memorable moments - and who could forget Italia '90, if just for Nessun Dorma alone?

But this year's tournament in Brazil has the potential to eclipse the lot of them.

Premature? Undoubtedly. Unjustified? Absolutely not. Here we present six reasons why it's right to believe the hype.

1. GOALS, GOALS, GOALS

The goalfest in Brazil has come as a welcome change after a horribly sterile group stage in South Africa four years ago, which was mostly notable for France going on strike and defending champions Italy failing to win a game.

In fact, after eight games, the 2014 World Cup has more than double the number of goals as its predecessor at the same stage.

Brazil 2014 is enjoying a remarkable 3.5 goals per game - a figure which has not been bettered since 1958 in Sweden, a tournament when French striker Just Fontaine managed to plunder 13 goals, seven more than Pele.


This makes Brazil 2014 the most prolific tournament of the modern era, averaging as much as goal a game more than three of the past six finals. Italia 1990 remains the nadir with a paltry 2.21 goals per game.


2. SHOCK RESULTS

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Has there ever been a better group stage game than Netherlands' 5-1 rout of Spain? The margin of victory should not detract from the fact this was an all-time classic, filled with wonderful moments and one of the most iconic World Cup goals in Robin van Persie's diving lob header. The pure thrill of watching Arjen Robben charge through the defending champions made this a stunning night of football.

[VAN PERSIE ENJOYS HIS CRUYFF MOMENT]

And what about upsetting the odds? Last night we saw Costa Rica engineer a massive shock in England's group as they defeated Uruguay 3-1 with another thrilling performance. Joel Campbell was the star of the show in a result which blew open one of the toughest groups and sent seismic waves through an already pulsating tournament.

[SHAMBOLIC URUGUAY HAVE ONE FOOT IN THE GRAVE]

A reminder: this tournament is only three days old. And the first day only had one game.

3. NO DRAWS, AND TOPSY-TURVY GAMES

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Not a single game has ended in a draw yet in Brazil; South Africa 2010 started with one. A cultural swing towards attacking tactics - and sublime counter-attacking - has made this an unforgettable start with teams looking to take all three points from the off rather than try and hold onto one. And matches are swinging to and fro with regularity as well.

[7 REASONS ENGLAND'S DEFEAT IS A GOOD THING]


4. THE BIG NAMES ARE PERFORMING

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Just look at the top scorers' list after three days: Robben, Van Persie and Neymar have two apiece and Alexis Sanchez has come to the party too with a goal and an assist from Chile. Andrea Pirlo put in another passing masterclass against England and Mario Balotelli took the man of the match award. The big players are stepping up to the stage without fear. No one has personified this trait more than Neymar, who responded to all the pressure on his shoulders with a brace in Brazil's 3-1 win over Croatia on the opening day.

[NATION ERUPTS AS NEYMAR WINS OPENER FOR BRAZIL]

5. IT'S IN BRAZIL

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Forget the playing fields of public schools in England, Brazil is the real spiritual home of football. Against a backdrop of Rio's Sugarloaf Mountain and the Amazon rainforest, this tournament has bounced along to the stereotypical Samba beat which is said to infect this glorious, gigantic country. If you can't get up for a World Cup in Brazil - whether manager, player or fan - you need your pulse checking.

[LATEST BLOGS FROM OUR MAN IN BRAZIL]

6. BECAUSE EVERYONE IS SAYING IT IS

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It's been decided. Do one Mexico 1970.











domingo, 15 de junho de 2014

Filhinha de papai de vice-presidente do Itaú se ufana da má-educação e se orgulha de ter incentivado os xingamentos dos "VIPs" contra Dilma



A imbecilidade branca, fascista, rica e paulista, sem água sem educação "et sens élegance", agora começa a ter contornos bem definidos, com nome e sobrenome...

Segue artigo de Fernado Brito, do Tijolaço. Após, um video que expressa a mentalidade "Yellow Bloc" dos "Vips"e, após, um forte texto de Renato Roval, do Portal da Revista Fórum, que analisa qual é a espécie de gente que expressou a mas baixa forma de incivilidade, apesar de serem taxados de "Vips":

Socialite, filha do vice do Itaú orgulha-se de fazer “corinho” com rima no Itaquerão

15 de junho de 2014 | 13:48 Autor: Fernando Brito
Em sociedade, dizia o antológico Ibrahim Sued, tudo se sabe.
Ainda mais nestes tempos de “redes sociais”.
Pois uma socialite de nome Maria Imaculada da Penha que se assina, elegantemente, Lalá Trussardi Rouge e é filha do vice-presidente do Banco Itaú, José Rudge,  fez questão de mostrar, no Instagram, que foi mesmo da área VIP – onde, claro, uma VIP como ela estava – que se originou o corinho-baixaria da abertura da Copa.
Dona Lalá tem um blog de moda e uma grife de roupas íntimas que são descritas como “do basiquinho à alta-costura, com rendas francesas e seda pura.”
Nada de errado, cada um faz o que quer e também mostra o que quer nos seus perfis públicos.
Mas, assim, acaba correndo o risco de ouvir o que não quer.
E foi exatamente isso que a imensa maioria de seus muitos seguidores do Instagram fez com a Dona Lalá.
Obrigado, Dona Lalá, por nos mostrar que mesmo entre a gente mais bem aquinhoada deste país há pessoas com um mínimo de educação e senso crítico e que, votando ou não em Dilma,  se comporta como gente civilizada.
Mas, por favor,  a senhora não faça a generalizações de dizer que este país não tem educação porque não tem escolas ou hospitais ou segurança.
Talvez porque tenhamos bancos tão poderosos e biliardários como o Itaú, não é?
Mas existe muito neto de pobres, como eu, filhos de simples professoras primárias, sem pai banqueiro e convívio no “jet-set” que tem mais educação que a senhora demonstra, mesmo com seu berço de ouro.
Com isso tento responder ao que pergunta a colunista social Hildegard Angel, que indaga se “ a elite é assim tão baixa, como agirão os iletrados, os desfavorecidos, os que não tiveram acesso à instrução e a uma boa formação no Brasil? ”
Afinal, pior que “la décadence” é quando ela é “sans élégance”.

Veja o seguinte vídeo para conhecer o "pensamento social" dos "VIPs":


Segue, agora, texto de Renato Rovai, do Portal Fórum:



O Brasil é um país complexo e muito difícil de explicar, mas a sua elite não. Ela é previsível e está sempre no mesmo lugar. As elites do mundo não costumam ser muito diferentes, mas a brasileira é das piores.


Não à toa o Brasil foi o último país do planeta a acabar com a escravidão, não à toa somos um dos poucos países que só agora está vivendo um ciclo democrático de três décadas. Todos os outros nossos períodos de democracia duraram menos do que isso.

Na época da escravidão, essa elite também tinha lado

E todas as ditaduras e a escravidão longínqua que tivemos são obras da nossa elite. Que se julga o Brasil. Que se acha a dona do país. Que é altamente corrupta, mas que faz de conta que o que lhe move na política é a defesa do interesse público.

Os que xingaram Dilma na tarde de ontem de maneira patife e abjeta são os netos e bisnetos daqueles que torturam negros nas senzalas. São os filhos daqueles que apoiaram a tortura na ditadura militar. São os mesmos que há pouco fizeram de tudo para que não fosse aprovada a legislação da empregada doméstica e que nos seus almoços de domingo regados a champanhe francês e a vinho italiano sobem na mesa para gritar contra o Bolsa Família.

Essa elite que xingou Dilma daquela maneira no Itaquerão sempre envergonhou o país. E ontem só aprontou mais uma. Não foi um ponto fora da curva no processo histórico. E também não foi nada inocente.

Aécio Neves mais do que todos os outros candidatos que o PSDB já teve simboliza esse elite. É o típico bon-vivant, que nunca trabalhou na vida, que surfou até os 20 anos no Rio de Janeiro e que depois foi brincar de motocross até os 25 anos na montanhas de Minas Gerais, para só depois entrar na política e ir defender os interesses da família e de seu segmento social.
Ontem, Aécio deu uma entrevista ao Globo onde atiçava seu eleitorado a sitiar a presidenta da República. E ao mesmo tempo milhares de panfletos eram distribuídos na entrada do Itaquerão associando o PT à corrupção. Pra criar o clima do ataque à presidenta.
O mesmo Aécio que botou a polícia do Rio para invadir a casa de pessoas que ele suspeita estarem criticando-o na Internet. O mesmo Aécio que silenciou a imprensa de Minas Gerais e colocou-a de joelhos para os seus projetos pessoais.

Quem xingou Dilma não foi nem um punhado de inocentes e nem a massa ignara. Foi o pedaço do Brasil que odeia o brasileiro.

Para este pedaço do Brasil que é a cara de Aécio, tanto faz se o presidente é Dilma, Lula, José ou Maria. O que eles não aceitam e que o país não seja apenas um lugar para eles exercerem sua sanha dominadora.

E por isso que o Bolsa Família, o aumento do salário mínimo, as políticas de cotas, a legislação da empregada doméstica e alguns outros programas sociais são tão abominados por essa gente. Eles querem que o povo morra de fome. Querem que o povo vá tomar naquele lugar. O xingamento não é para a presidenta. É para o Brasil que a elegeu. Porque na democracia desses patifes, o voto deles teria que valer mais do que o do sertanejo ou da mulher que luta pela sobrevivência dela e dos filhos nas periferias das grandes cidades.

Os netos e bisnetos dos escravistas e os filhos dos que apoiaram a tortura na ditadura. É esse Brasil que nos envergonha do ponto de vista histórico que nos envergonhou ontem xingando uma presidenta legítima, uma chefe de Estado que tem atuado dentro dos limites da Constituição.

Esse Brasil precisa ser derrotado mais uma vez. Porque se o projeto petista tem seus limites e poderia ser muito melhor, o desses caras é o que há de mais asqueroso. É o vai tomar no cu.

Miguel Nicolelis responde às imbecilidades de Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi e Roger Moreira. O Jornalista e comentarista José Trajano enfrenta o fascismo dos coxinhas nas Redes Sociais, seguidores de Diogo Mainardi, Constantino e outros cultivadores do ódio em nome do capitalismo




  Reinaldo Azevedo não é apenas um " escaravelho (besouro) rola-bosta" (royalties ao grande Leonardo Boff), mas a expressão mais clara do extremismo golpista da Veja (a mesma que abraça outras sumidades da mais sórdida direita, como Rodrigo Constantino ou Diogo Mainardi) , a revista dos coxinhas reacionários..... E ele, a sumidade azevediana, foi "rola-bosticamente" tirar onda logo com quem? Com o mais reconhecido cientista vivo brasileiro, que lhe é não só mais famoso, mas intelectualmente muito superior: Miguel Nicolelis..... Mas quem curte a Veja, como todo bom golpista coxinha , não deve lá levar isso em consideração....





Vejamos a análise direta e sucinta do caso, feita por Miguel do Rosário em O Tijolaço:


A nossa mídia está tão doente que resolveu ofender e desqualificar um dos maiores (quiçá o maior) cientistas brasileiros vivos, Miguel Nicolelis, só porque entendeu que ele é “amigo de Lula”.
Só que, desta vez, Miguel Nicolelis não deixou barato, e respondeu imediatamente. E a resposta já virou um clássico.


Também o conhecido extremista de direita, ídolo dos coxinhas e profundo deturpador de notícias, Diogo Mainardi, o mesmo que foi desancado finamente por Luiza Trajano, querendo aparentar saber mais de ciência que o cientista, faz mais uma besteira ao criticar Nicolelis pelo mesmo motivo de seu colega Reinaldo Azevedo e do mesmo modo que aquele, foi igualmente desancado e desnudo em sua ignorância por Miguel Nicolelis:



  Só à guisa de complementação, veja-se o vídeo abaixo onde a arrogância de Mainardi mais uma vez recebe um balde de água fria de uma correspondente brasileira na Inglaterra ao responder que os ingleses passaram a olhar para o Brasil a partir do governo Lula.... A cara de contrariedade de Mainardi nesta resposta não tem preço!




 Também o decadente, mas atualmente muito badalado (pela mesma mídia com traços golpistas), cantor Roger Rocha Moreira, que se julga um gênio e o maior QI do Brasil,  postou na net a sua crítica "científica" contra Nicolelis (que já foi indicado ao Prêmio Nobel). O vocalista do mumificado conjunto Ultraje a Rigor tentou ultrajar o cientista brasileiro, como se pode ver abaixo e, mais uma vez, o real gênio brasileiro respondeu muito bem à provocação:




Já o comentarista esportivo da ESPN, José Trajano, assim como também o fizera seu colega Juca Kfouri, foi brilhante ao enfrentar os coxinhas seguidores dos fomentadores de ódio elitista, como Catanhede, Mainardi, Merval e Azevedo, nas redes sociais:


“Eu queria dizer a esses destemperados e malcriados, frequentadores de mural, que tem a mania de dizer impropérios, xingar, maltratar, não respeitari a opinião alheia. E que tem como gurus gente que só semeia o ódio, a inveja – gente como Demétrio Magnoli, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo – , que eu continuarei, daqui dessa tribuna, falando desse jeito, do jeito que eu faço. Eu não vou me envergar! Podem vir, com pedras, que eu trarei laranjas, pra gente saborear aqui nos intervalos.”

Segue o vídeo de Trajano:


 Segue-se, agora, artigo do cientista político Antonio Lassance, extraído da Carta Maior, sobre a exorbitância da cretinice dos que, torcendo contra o Brasil mas à favor do elitismo desavergonhado da minoria atrelada ao capital, ataca quem mais faz não só pelo próprio país, mara para a humanidade:

Exoesqueleto do Professor Nicolelis deu um chute no traseiro dos detratores do Brasil


De vez em quando, torcer contra o Brasil chega ao limite do ridículo e faz vítimas improváveis. O mais recente alvo dessa babaquice foi Miguel Nicolelis.

Antonio Lassance


Dizem os mais espirituosos que, no jogo de abertura da Copa, Brasil x Croácia, quando o lateral Marcelo (tricolor) viu a bola e o goleiro Júlio César (flamenguista) à sua frente, não resitiu e pensou: "quer saber, isso aqui é Fla-Flu" - e mandou a bola para dentro do gol brasileiro.

A piada é ótima porque explora o absurdo de uma situação improvável. Improvável?

Torcer contra o Brasil, por razões que vêm de outros carnavais, é algo mais comum do que se imagina.

Há, de tudo, um pouco. Comemorar o gol da  Croácia é o de menos. Dizer que #NaoVaiTerCopa e queimar nossa bandeira em praça pública mostraram-se atos isolados, que acabaram surtindo efeito contrário.

Torcida do contra, para valer mesmo, foi aquela feita pelo representante oficial de um grande banco privado brasileiro, feita em Davos (Suíça) e alhures, que declarou enfaticamente torcer para que o país fosse rebaixado pelas agências de classificação de risco - aquelas mesmas que não viram o elefante na sala de estar do capitalismo na megacrise que explodiu em 2008.

De vez em quando, torcer contra o Brasil chega ao limite do ridículo e faz vítimas improváveis.

O mais recente alvo desse tipo de babaquice foi o respeitado neurocientista Miguel Nicolelis - respeitado principalmente lá fora, pois, aqui dentro, sobram detratores.

Nicolelis se apresenta nas redes sociais como cientista e "apaixonado pelo Brasil". Revela, porém, seu defeito de ser palmeirense - ainda assim, uma razão irrelevante para se torcer contra Nicolelis.

Este brasileiro de quem me ufano lidera pesquisas pioneiras que se dedicam a fazer com que pessoas que perderam seus movimentos voltem a andar, a correr, a jogar bola, a ter uma vida com menos limitações. Seu principal projeto tem um sugestivo e emocionante nome: "Andar de novo".

Sua mágica é juntar neurociência, computação e robótica. A combinação foi representada no exoesqueleto levado a campo, na abertura da Copa, para ajudar o paraplégico Juliano Pinto a dar um chute que, simbolicamente, foi o pontapé inicial de muitos avanços.

Mas nada disso mostrou-se suficiente para evitar que Nicolelis fosse alvo dos ataques dos calunistas de plantão, que o acusaram de midiático, perdulário com o dinheiro público, farsante e de criar algo que pode ter futuro uso militar - claro, como a pólvora, o avião, os alimentos enlatados, o satélite, o computador, o telefone celular.

Acredite, Nicolelis foi acusado de "nacionalista" e também de ser um novo Santos Dumont, pejorativamente, por se dizer inventor de algo já inventado - sim, há quem, por aqui, prefira acreditar na lenda de que quem inventou o avião foram os irmãos Wright, aqueles que fabricaram um planador que só decolava catapultado, que teve um voo documentado por uma foto desfocada e de escassas testemunhas. 

Até hoje, ninguém conseguiu fazer uma réplica do aeroplano dos irmãos Wright que conseguisse voar, ao contrário do voo perfeito da réplica do 14-Bis, em seu centenário (2006).

A maledicência contra Nicolelis lembra o destino de outro gigante da Ciência do Brasil, Carlos Chagas (1878-1934).

A tripanossomíase americana, popularmente conhecida como Doença de Chagas, em homenagem ao cientista, era um verdadeiro flagelo de várias regiões mais pobres de países de clima tropical.

Chagas descobriu o agente transmissor da doença, descreveu seu ambiente de propagação, seu ciclo evolutivo e, mais importante, salvou muitas vidas.

Como o professor Nicolelis, Chagas era um apaixonado pelo Brasil. Seu filho, Carlos Chagas Filho, também grande cientista, conta em seu livro de memórias que uma das mais marcantes recomendações que recebeu do pai foi a de que conhecesse o Brasil - que fosse para o interior do País, visitasse as localidades mais distantes e pobres. Isso era ciência para os Chagas.

Carlos Chagas, o pai, foi indicado ao Prêmio Nobel e sua descoberta tinha razões de sobra para que ele fosse laureado.

Curiosamente, a principal oposição à indicação de Chagas não vinha da comissão do Nobel, mas de alguns de seus compatriotas do Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos (hoje, Fundação Oswaldo Cruz) e da Academia Nacional de Medicina.

A oposição dos "colegas", que disputavam influência no Instituto, contra o herdeiro natural de Oswaldo Cruz, ia ao ponto de se negar a existência da doença e de se levantar dúvidas sobre a seriedade do trabalho de Chagas.

Essas desavenças chegaram aos ouvidos da comissão do Nobel, que, por via das dúvidas, deixou o ano de 1921 sem a premiação da área para a qual Chagas estava indicado.

Nicolelis, com Santos Dumont e Carlos Chagas, está em boa companhia.

Ao fim e ao cabo, não só os calunistas de Nicolelis, mas a própria Fifa, que desprezou o experimento e foi uma das principais críticas da Copa do Mundo no Brasil, receberam um chute no traseiro, para usar a expressão preferida do cartola Jérôme Valcke.

Foi um chute no traseiro com estilo, VIP, dado de dentro de um exoesqueleto por alguém que quer andar de novo.



(*) Antonio Lassance é cientista político. Texto publicado originalmente no Blog da Editora Boitempo

a resposta dos coxinhas: