Pesquisas Científicas e Casos
Registrados
Carlos Antonio Fragoso
Guimarães
Em 1965, o Dr.
Bernard Grad, da McGill University, Quebec, Canadá, publicava seus estudos
pioneiros sobre a questão polêmica das capacidades de influenciação biológica através da chamada cura psíquica, mediúnica ou
paranormal.
Estudioso
sobre a questão da oncologia, seu trabalho sobre o câncer o levou a se
interessar pelo trabalho de, inicialmente, médicos e enfermeiros que pareciam
ser mais potencialmente benéficos a seus pacientes e, a partir destes, sobre o
trabalho de pessoas que pareciam ter alguma capacidade de fazer regredir
doenças por meio de preces, passes ou unicamente pela vontade de ajudar doentes,
em especial a partir do seu contato com Oskar Estabany, que tinha essa aparente
capacidade, descoberta ainda na Primeira Guerra Mundial, quando de inicio
parecia que seus cuidados com cavalos, utilizados na Guerra, que eram feridos
pareciam se recuperar extraordinariamente rápido. Logo se descobriu que sua
presença, em especial sua técnica de imposição de mãos, também parecia
funcionar extraordinariamente com os soldados feridos.
Para
evitar o problema da autossugestão e do efeito
placebo, onde o doente, por estar confiante no progresso do tratamento,
consegue melhorar mesmo quando os remédios ministrados são inócuos, o Dr. Grad
buscou avaliar os supostos dons de Estabany sobre elementos vivos que não
fossem sugestionáveis. Para isso, ele elaborou duas séries de experimentos, uma
envolvendo ratos de laboratório e outra, sementes de cevada.
Os
ratos, divididos em um grupo experimental e dois de controle, eram feridos
através do corte de uma dobra de pele, onde a área das feridas eram medidas. Um
total de 48 ratos foram assim feridos e acompanhados, sendo que uma parte deles
era tratada por Estabany, que os tocavam (estando cada rato tratado dentro de
um saco de pano, evitando um contato direto com o curador. Os ratos de controle
também o eram postos em sacos, mas não tinham contato com o médium, no mesmo
momento em que os ratos experimentais recebiam o tratamento, pelo mesmo
intervalos de tempo de vinte minutos duas vezes ao dia).
Na figura abaixo, temos uma amostra dos
tamanhos dos ferimentos dos ratos antes da cura paranormal. A primeira série
apresenta os ferimentos do grupo de controle, o segundo dos ratos que seriam
tratados pelo curador e o terceiro, o do segundo grupo de controle, que seriam
submetidos a um tratamento térmico com a temperatura do corpo humano (simulando
a temperatura das mãos de Estabany).
Duas
semanas após a fase de tratamento, o Dr. Grad fez uma avaliação do processo de
cicatrização dos ratos. Tanto a análise visual quanto a estatística do processo
de remissão das áreas das feridas foram significativos. Veja-se a figura 2,
abaixo, que o grupo tratado pelo curador vieram a ter uma evolução positiva de
recuperação muito superior ao dos dois grupos de controle:
Outro
experimento, com as sementes de cevada, que eram parcialmente queimadas, teve
um resultado análogo. As sementes era postas em um forno por um tempo limitado.
Algumas morriam e outras ficavam danificadas em grau de relativa gravidade.
DForam divididas em grupos de tratamento e de controle, como ocorreu com os
ratos, mas desta vez o curador não as tocava ou sequer ficava próximo a elas.
Ao invés disso, ele recebia uma garrava com soro, onde impunha as mãos. Depois,
a garrafa era deixada em repouso para que a temperatura ficasse idêntica a do
ambiente e só depois era aspergida sobre as sementes. As sementes de controle
recebiam o mesmo soro, com a única diferença de que ele não passara pelas mãos
de Estabany. As demais condições de luminosidade, temperatura e de envasamento
e tratamento eram idênticas nos dois grupos.
Novamente,
uma análise estatística demonstrou que as sementes tratadas com o soro que
havia sido “energizado” por Estabany tinham brotado de modo mais saudável e
desenvolvido que as sementes tratados com o soro comum. Na foto, os dois grupos
de brotos da pesquisa do Dr. Grad. Notar que o grupo X, exatamente o que recebeu o soro "energizado" por Estabany, apresenta-se mais desenvolvido e forte que o grupo de controle Y.
Estudos
semelhantes, evolvendo médiuns e curadores, foram feitos esporadicamente ao
logo dos anos, após o trabalho pioneiro do Dr. Grad. Atualmente, o Dr. Larry
Dorsey, chefe da equipe do Hospital Municipal de Dallas, Texas, é um dos mais
conhecidos pesquisadores sobre a questão do processo de cura paranormal.
Vejamos uma consideração do Dr.
Charles Tart, da Universidade da Califórnia, sobre os curadores espirituais, que surgem independentemente das
tradições ou vertentes culturais e religiosas, embora algumas possam dar um
suporte que permita o desenvolvimento destas capacidades psíquicas mais que
outras:
“Observe-se que os bons paranormais de cura provêm de todas as tradições, o que significa que a cura espiritual pode ser real, ainda que não comprove a veracidade de nenhuma religião em particular em comparação com as outras (...)” (TART, Charles. O Fim do Materialismo, Editora Cultrix, São Paulo, 2012, p. 200)
No Brasil, houveram conhecidos médiuns de cura. Atualmente, o mais conhecido internacionalmente (na verdade, mais conhecido fora que dentro do próprio Brasil) é João de Deus, da cidade de Abadiânia, Goias, constamente visitado por pesquisadores e jornalistas de todo o mundo. Sobre este médium, veja-se os seguintes vídeos:
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