quinta-feira, 17 de março de 2016

Moro e a Globo incentivando desesperadamente o ódio e o Golpe


"Os tais grampos foram abertos para a Rede Globo. As críticas feitas por juristas e advogados é que liberar os grampos de tarde quando chamaram ato público é político, não é jurídico. E se é político vai ter que se explicar de alguma forma."

Jornal GGN – O juiz de primeira instância Sérgio Moro, em um ato sem a precedentes, autorizou grampos telefônicos do ex-presidente Lula, que acabaram por atingir a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, a ministro do STF, Rosa Weber, e também Eugênio Aragão, o novo ministro da Justiça.
O juiz de primeira instância Sérgio Moro, não só ordenou os grampos, como liberou gravações para a Rede Globo, num ato que coloca em xeque sua estabilidade. O condutor da força-tarefa da Lava Jato precisa enviar todo o processo para o Supremo Tribunal Federal, pois agora o ex-presidente Lula, perseguido por ele por conta de um triplex no Guarujá que é da OAS, dois pedalinhos e um bote de lata, agora tem foro privilegiado pelo cargo na Casa Civil.
Tudo indica que o juiz não gostou da ação envolvendo o ex-presidente Lula e resolveu a questão inflando os ânimos já acirrados da sociedade com um ato ilegal, inconstitucional e que pode colocar por terra toda a operação.
Eis o diálogo registrado nesta quarta-feira e que, de acordo com o próprio juiz de primeira instância, não carrega nada “inapropriado”:
Conversa com Dilma
- Dilma: Alô
- Lula: Alô
- Dilma: Lula, deixa eu te falar uma coisa.
- Lula: Fala, querida. Ahn
- Dilma: Seguinte, eu tô mandando o 'Bessias' junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!
- Lula:  Uhum. Tá bom, tá bom.
- Dilma: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.
- Lula: Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando.
- Dilma: Tá?!
- Lula: Tá bom.
- Dilma: Tchau.
- Lula: Tchau, querida.
Os grampos foram abertos para a Rede Globo. As críticas feitas por juristas e advogados é que liberar os grampos de tarde quando chamaram ato público é político, não é jurídico. E se é político vai ter que se explicar de alguma forma.
Tudo isso veio a público hoje, porque Moro decidiu abrir o conteúdo das interceptações sobre Lula, realizadas na última fase da Lava Jato.
Resta saber se a ação tresloucada de Sérgio Moro não prejudicará mais ainda o frágil equilíbrio em que nos encontramos. As manifestações pró-Dilma e pró-Lula acontecerão nesta sexta-feira, e se os ânimos se acirrarem ninguém sabe o que poderá acontecer.
O governo federal não gostou nada do que fez Moro, não só cometendo crime ao grampear presidente da República, presidente do STF, ex-presidente, ministro do STF, ministro da Justiça. Eis a nota que o Palácio do Planalto soltou:
Palácio do Planalto
Nota à Imprensa
Tendo em vista a divulgação pública de diálogo mantido entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cumpre esclarecer que:
1 – O ex-presidente Lula foi nomeado no dia de hoje ministro-chefe da Casa Civil, em ato já publicado no Diário Oficial e publicamente anunciado em entrevista coletiva;
2 – A cerimônia de posse do novo ministro está marcada para amanhã às 10 horas, no Palácio do Planalto, em ato conjunto quando tomarão posse os novos ministros Eugênio Aragão, ministro da Justiça; Mauro Lopes, Secretaria de Aviação Civil; e Jaques Wagner, ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República;
3 – Uma vez que o novo ministro, Luiz Inácio Lula da Silva, não sabia ainda se compareceria à cerimônia de posse coletiva, a presidenta da República encaminhou para sua assinatura o devido termo de posse. Este só seria utilizado caso confirmada a ausência do ministro.
4 – Assim, em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República.
5 – Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento.
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Damous e Lindbergh
O deputado federal do PT pelo Rio de Janeiro, Wadih Damous, se manifestou contra o ato do juiz de primeira instância Sérgio Moro. O feito é manchete em todos os veículos da mídia nacional dizendo que foi divulgado grampo da PF que interceptou Lula em conversa com a presidente Dilma, ‘supostamente’ agindo para ‘evitar a prisão’ de Lula. O sigilo foi do processo da Lava Jato foi quebrado exatamente no mesmo dia em que Lula foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil.
Mesmo que no despacho de liberação das gravações, Moro tenha ponderado que “não há indícios” de que tenham agido de forma inapropriada, o vazamento é ilegal. “A lei de interceptação proíbe isso. Ele cometeu crime e vai ter que responder por isso”, alertou Wadih Damous, que também é advogado.
O deputado entende que se não há indícios de ilegalidade, conforme reconheceu o juiz, retirar o sigilo é uma tentativa clara de “insuflar a população contra o governo” e “provocar um clima de instabilidade”. Damous ressaltou que, mesmo se houvesse ilegalidade, o caso deveria ser investigado pelo Supremo, já que na gravação quem fala é a presidente da República.
Outro parlamentar a questionar a ação de Moro como crime, e que isso sim deveria ser tratado no Senado, e não falas que não traduzem nenhuma má-fé foi o senador do PT pelo Rio de Janeiro, Lindbergh Farias. Eis o vídeo.


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