segunda-feira, 21 de março de 2016

Bob Fernandes sobre Grampos vazados, juízes, crimes, fanáticos, cores, e "camisas pretas"



Segue mais um lúcido comentário do analista político Bob Fernandes (em video e trascriçao textual):






Celso de Mello, ministro do Supremo, definiu Lula como "torpe, arrogante, autocrata". Referia-se ao conteúdo vazado das conversas de Dilma, Lula, e demais.

Teori Zavaski, ministro do Supremo, mesmo sem citar nominalmente o juiz Moro foi claríssimo numa palestra.

O relator da Lava Jato cobrou: "Papel do juiz é o de resolver e não o de criar conflitos".


Zavaski disse que "imparcialidade" pressupõe "discrição, prudência e serenidade". E que num processo se deve "ouvir as partes" e "não se deixar contaminar pelos holofotes".

O ministro Gilmar Mendes, que devolveu o processo para o juiz Moro, há 8 anos atacava "a espetacularização" de ações da Polícia Federal.

Em 2008, Gilmar denunciava "ilegalidades" da PF na Operação Satiagraha, depois enterrada... E grampo que não existiu.

Também ministro do Supremo, Marco Aurélio Mello foi duríssimo sobre os vazamentos das conversas de Dilma, Lula e demais. Sobre o juiz Moro, Marco Aurélio afirmou:

-Essa divulgação por terceiro de sigilo telefônico é crime, está na lei. Ele (Moro) simplesmente deixou de lado a lei, isso está escancarado. (...) Não podemos incendiar o país...

Em certos momentos é útil rever os que se tornaram "clássicos" na literatura, na História.

Robert Walser, suíço que influenciou Kafka e Thomas Mann, escreveu em 1908:

-Que Deus projeta um homem do reconhecimento das multidões. Quando não o arruína, ele só faz confundi-lo e drenar suas forças.

Amós Oz, atualíssimo, publica palestra em seu livro "Como curar um fanático".

O escritor recorre à luta de sempre entre "fanatismo e pluralismo", "fanatismo e tolerância". E ensina:

-(...) o fanático só sabe contar até um; dois é cifra grande demais para ele...

Estes são dias em que até as cores podem significar perigo nas ruas.

Para, infelizmente já não poucos, o vermelho pode indicar um "cumunista mortadela" e o amarelo um "coxinha descerebrado".

Ainda sobre cores é prudente recordar: milicianos de Mussolini e a SS, "Esquadrão de Proteção" de Hitler, usavam "camisas pretas" como símbolo político.








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