domingo, 20 de março de 2016

Brasileiros manifestam-se em Lisboa a favor de Dilma. “Fascismo não passará”




do Expresso.pt
É uma manifestação a favor do Governo e contra a destituição de Dilma Rousseff. Contestam eles o que dizem ser um golpe de Estado promovido pela imprensa
por Anabela Campos
Meia centena de brasileiros manifestaram-se a partir das 18h no centro de Lisboa, no Largo de Camões, “a favor do Governo de Dilma Rousseff e da democracia”. É uma manifestação que ocorreu em simultâneo com as que decorreram nas principais cidades brasileiras, contra e a favor da destituição da presidente e de Lula da Silva, ex-presidente do Brasil e líder histórico do Partido dos Trabalhadores (PT).
As palavras de ordem gritadas pelos manifestantes em Lisboa foram, entre outras, "golpe nunca mais" e "fascismo não passará". A manifestação foi convocada através das redes sociais, especialmente o Facebook, e por telemóvel. Entre os manifestantes estavam muitos estudantes brasileiros.
"É uma manifestação pró-governo, contra a destituição de Dilma Rousseff. Há um golpe arquitetado e impulsionado pelos grandes media brasileiros e defendido pela direita e pela velha oligarquia do país. Está em curso um golpe contra o Brasil que procura promover a inclusão social e o desenvolvimento", afirma William Pianco, estudante de doutoramento em Lisboa. "Estamos a manifestar-nos pela democracia no Brasil", sublinha. O golpe de Estado, defende William Pianco, está a ser inflamado e promovido pelos grandes media brasileiros e aponta quais: rede Globo, "Veja", "Folha de São Paulo" e "Estadão".
Quanto à possibilidade de Lula da Silva ser nomeado chefe da Casa Civil alegadamente para se proteger da justiça, William Pianco sublinha que o ex-presidente não é réu e que o argumento usado é falacioso. "Lula da Silva não é réu de nenhum processo por enquanto, e o facto de assumir a chefia da Casa Civil não faz com que o processo deixe de ser válido e poderá seguir para o Supremo Tribunal Federal, que é a mais alta instância da justiça brasileira", sublinha. Este argumento é o mesmo que dizer que a justiça não é digna de confiança. "Lula da Silva deverá ser investigado se for esse o caso", defende.

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