Do Canal do Jornal da TV Gazeta
Na análise política é fácil esconder-se no presente, esquecendo o passado, evitando o futuro. Como comprovam fartamente registros do antes, durante e pós-impeachment.
Eleições e pesquisas. No IBOPE, e na MDA, Lula tem 37%. No Datafolha, 39%.Venceria qualquer um no segundo turno.
Isso quer dizer muita coisa. Sobre o presente, o passado e o futuro. Sobre passado e presente, para quem gosta e para quem odeia, esses números e a prisão falam por si mesmos.
O mais difícil é o futuro. Segundo o IBOPE o PT é o preferido de 29%. Supera a preferência, somada, dos outros 34 partidos. É a melhor performance do partido na sua história.
Tais números enterram oráculos, analistas, historiadores... mas apontam para uma encruzilhada: Lula está preso, sua candidatura não passará pelo Judiciário.
A campanha é curta. No Datafolha, sem Lula, Bolsonaro tem 19%, Marina 16%, Ciro 10% e Alckmin 9%.
Haddad tem 4% no Datafolha. Por que e como na pesquisa semanal da XP investimentos Haddad chegou a 15%?
Porque essa pesquisa embutiu outra pergunta: "Haddad com o apoio de Lula".
E Lula já gravou: "O meu candidato é o Haddad"...
Onde o risco para Haddad e PT nesse pôquer jogado desde a cela em Curitiba?
Além do imponderável, o risco é o tempo: a campanha eleitoral na TV e rádio terá escassos 35 dias.
Cada dia de "Lula candidato" é menos um dia de Haddad se apresentando, debatendo, sendo entrevistado como "O candidato".
Mauro Paulino e Alessandro Janoni, diretores do Datafolha, informam:
-(...) Quase metade dos que enaltecem Lula como candidato e cabo eleitoral não sabe quem é Haddad, nem de ouvir falar...
E tem o risco futuro, que se finge não existir... Um futuro presidente começar a governar um país em grave crise com o ex-presidente, preso, já tendo metade do país com ele.
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