GGN. - Recentemente, o próprio Ministro Luiz Fux se deu conta da enorme bobagem que lançou em torno do tema fake news. Admitiu que já existem leis prevendo os crimes de calunia, injúria e difamação.
Como apontamos desde o início, o carnaval em torno das fake news foi alimentado por um centro de lobby de Washington – o Atlantic Council – com o objetivo de influenciar o Facebook, provavelmente para criar blindagens para seus clientes.
Na entrevista concedida ao repórter Alexandre Leoratti, do Jota, o advogado do jornal The New York Times, David McCraw, reitera pontos que já havia levantado em sua estadia no Brasil.
- As melhores pesquisas sobre o tema nos mostram que os fake news reforçam as opiniões que já temos, em vez de mudar as opiniões das pessoas.
- Precisa haver menos notícias falsas, mas qual a solução? Tribunais, cortes e Judiciário não devem decidir o que é falso ou verdade. Os cidadãos possuem essa responsabilidade.
- Há situações perigosas me que são usadas para silenciar as pessoas ao invés de realmente combater o problema. As leis contra fake news na Malásia, Filipinas, Turquia estão sendo utilizadas para serem usadas contra vozes da oposição.
- O único papel do Estado é assegurar que a população tenha direito de se manifestar, encorajando a participação de diferentes vozes, não apenas uma única.
- Sobre Luiz Fux, “em muitos desses casos que serão julgados pelos tribunais não está claro o que é verdade e o que é falso”. Me preocupa quando eu vejo o governo ou o Estado querendo ser o Ministro da verdade, Acho que isso não é o uso inteligente os recursos do Estado.
- Nos Estados Unidos, a Suprema Corte decidiu que os cidadãos podem ter o direito para mentir (a respeito de um cidadão que mentiu sobre ter recebido importante medalha militar). A Corte entendeu que, nesse tipo é mentira genérica, o Estado não deveria ser o Ministro da verdade. (...) Se você mentir para pegar dinheiro de uma pessoa, por exemplo, é crime. Se mentir sem intenção de ter vantagens econômicas, você terá o direito de fazer isso.
- Sei que o Facebook possui a ideia de decidir quais são as fontes confiáveis e as que não são. Gostaria de saber quais são esses parâmetros para decidir o que podemos ver ou não. Essas políticas deveriam ser mais abertas ao público em geral.
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