"Denunciar, buscar prender Lula ao mesmo tempo em que se congela delação contra presidenciáveis do PSDB provoca divisão entre procuradores. Questão de imagem da Lava Jato. Não é coincidência a denúncia contra Lula se dar só depois de Eduardo Cunha ter sido cassado."
O ministério público federal denunciou Lula por "corrupção e lavagem de dinheiro".
Nesta quarta-feira, 14, o procurador Dallagnol acusou Lula de ser "maestro do esquema criminoso na Lava Jato".
Na véspera, Léo Pinheiro, da OAS, novamente preso por ordem de Moro, disse ao juiz querer "contar tudo" sobre "todos".
Mas Moro não pode tratar de quem tenha mandato, foro privilegiado.
Com racha entre procuradores, e procuradores e Curitiba, a delação de Léo Pinheiro só com aval do Procurador Janot.
A delação parou quando vazaram contra Dias Toffoli, do Supremo. Daquilo se aproveitou Janot para suspender delação que Léo Pinheiro negociava.
Léo negociava delatar, além do PT, propinas para governos de Serra, Aécio e Alckmin.
Moro agora cutuca Janot enquanto os procuradores denunciam Lula como líder da "propinocracia".
Denunciar, buscar prender Lula ao mesmo tempo em que se congela delação contra presidenciáveis do PSDB provoca divisão entre procuradores.
Questão de imagem da Lava Jato. Não é coincidência a denúncia contra Lula se dar só depois de Eduardo Cunha ter sido cassado.
Para salvar não a si da prisão, mas a mulher, Claudia, Eduardo Cunha estuda delação. Que, se vier, não será de imediato.
Tempo, alcance e alvos dependem do que Cunha tenha a ganhar em troca.
Basta lembrar, além da Lei dos Portos e Santos, o que Janot já manifestou.
Em documento para o ministro do Supremo, Teori Zavaski, Janot escreveu:
-Eduardo Cunha cobrou Léo Pinheiro por ter pago, de uma vez, para Michel Temer, a quantia de R$ 5 milhões (...)
Conversa esta guardada no celular de Léo Pinheiro em 2014. Temer, como os demais, alega ter sido "doação legal" da OAS.
Na audiência desta terça, 13, Léo Pinheiro disse ter dado R$ 3,8 milhões a políticos do PMDB, PT e PTB. Para abafar CPI da Petrobras. A de 2014.
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Para enterrar a primeira CPI da Petrobras, em 2009, quem teria recebido R$ 10 milhões foi Sérgio Guerra, então senador, e presidente do PSDB. Sergio Guerra morreu em 2014...
...Descongelem a delação de Léo Pinheiro...
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