segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Charlie Chaplin sobre tempos modernos caracterizados pelo mecanicismo reducionista atomista, alienando pessoas e culturas



 O desencaixe nosso de cada dia...


Texto de Carlos Antonio Fragoso Guimarães

 Números... as pessoas perderam a identidade enquanto enquanto unicidade,  não são vistas ou entendidas como pessoas, alguém com características irrepetíveis, são apenas números: número de identidade, de quanto ganha, de quanto tem, de quanto paga, de que nota tirou em uma prova ou concurso, de pontos em um gráfico estatístico... Sem sonhos a serem respeitados, sem desejos a serem compreendidos, sem aspirações a serem admiradas...
 Máquinas... Tudo podem, tudo ocupam... As pessoas agora são apêndices das máquinas e estas, para o capEtalismo, valem muito mais que pessoas...
 Coisas... Elas sim são a expressão maior da "Ordem e Progresso".... Não pensem, não critiquem, "Não falem em crise, trabalhem!" E sejam feliz alienados e midiotas... Assim quer o sistema e a elite que o mantém e provoca...
 Racionalização... Que abafemos o afeto, a empatia, a partilha, a cooperação... Que façamos da razão instrumental modelo e medida de todas as coisas e nossa aliada na luta para tirar a maior vantagem da selva da moderna sociedade....
 Atomizem-se! Afinal, para quer ter amigos (não existem amigos, existem potenciais "concorrentes"). Demonstre que "você é mais", o "primeiro", o "mais atualizado"... Consuma, consuma, consuma e, de preferência, não questione, ou melhor, sequer a descartabilidade das coisas que compra... Elas servem para "que você se destaque" em mesas de restaurante ou mesmo em meio aos seus....


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