sábado, 2 de janeiro de 2016

Existe consciência após a morte? Mega-estudo internacional confirma a possibilidade já aceita em escolas de Filosofia e na Religião


   Investigadores internacionais estão envolvidos no que, atualmente, é o maior estudo de sempre sobre experiências de quase-morte, ou EQMs (em inglês, NDE – Near Death Experiences). Denominado de Estudo AWARE, coletou-se evidências da realidade da experiência EQM, inicialmente divulgadas por Raymond Moody na década de 1970. O estudo permitiu avaliar que pode haver consciência mesmo depois do nosso cérebro ter deixado de funcionar, o que nos pode dar algumas novas luzes sobre o que acontece depois de morrermos.

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Cientistas da Universidade de Southampton estudaram mais de 2,000 casos de pessoas que sofreram paragens cardíacas em pelo menos 15 hospitais diferentes pelo Reino Unido, Áustria e Estados Unidos. Cerca de 40% dos pacientes descreveram experiências de consciência durante o tempo em que mantinham o seu coração parado e antes de retomar o batimento, em estado chamado de “morte clínica”. Por exemplo, um homem de 57 anos de Southampton descreveu os barulhos das máquinas e o que a equipa médica fez durante esse tempo de morte clínica com bastante rigor.

Sam Parnia, médico e principal responsável por este mega-estudo, explicou ao Daily Telegraph: “Sabemos que o cérebro não funciona quando um coração para de bater. Mas nestes casos há indícios de que a consciência continua por mais cerca de 3 minutos, mesmo sendo sabido que o cérebro “desliga” 20 ou 30 segundos após o coração ter parado.” ou seja “Não existe um momento exacto de morte; ele começa quando o coração pára e prolonga-se por algum período de tempo” levando o Dr. Sam Parnia a afirmar que “a consciência pode existir após a morte.”

"A Ascensão dos abençoados" por Hieronymus Bosch que se refere a aspectos relacionados com experiências de quase-morte
“A Ascensão dos abençoados” pintura de Hieronymus Bosch que se refere a aspectos relacionados com experiências de quase-morte

Neste estudo, foram examinados cerca de 2060 casos de paragem cardíaca. Dos 330 que sobreviveram, 140 relataram algum tipo de consciência durante o período de ressuscitamento. Um em cada 5 sentiram sensações de paz e tranquilidade. Alguns viram uma luz brilhante e experienciaram perturbações no tempo (ou tudo mais rápido ou tudo mais lento), outros descreveram sensações de imersão ou submersão em águas profundas. Descritos mais detalhados, relataram visualização do seu próprio corpo de ângulo superior (inclusive não viam placas colocadas no tecto). Parnia sugeriu que provavelmente mais gente terá este tipo de experiências, mas que a medicação usada no ressuscitamento os pode influenciar e prevenir a recordação.
“Estimativas e outros estudos sugerem que milhões de pessoas já terão tido experiências vividas relacionadas com a morte, mas as evidências científicas são sempre consideradas ambíguas. Muitas pessoas assumem que o que sentiram foram simples alucinações ou ilusões, que no entanto correspondem muitas vezes a eventos reais.”
“E poderão ser muitas mais as pessoas que vivenciam experiências de quase-morte, mas que simplesmente não se conseguem lembrar por causa de lesões no cérebro ou das drogas e sedativos ministrados”.
Para Parnia, é necessário mais investigação na área e por isso lidera o estudo AWARE (Awareness during Resuscitation), que foi iniciado em 2008. “Quando pensamos sobre isso, a maioria das pessoas pensa que há apenas um momento, ou seja, ou se está morto ou se está vivo, mas o que verificamos é que não há um momento de morte. O estudo foi publicado na Revista científica “Resuscitation” Algumas citações de Sam Parnia numa entrevista em 2012:
“As experiências de quase-morte podem determinar a morte do materialismo científico. “Temos evidências claras de que a consciência continua após a morte” “Aquilo que chamamos de alma, mente ou psiquismo pode existir depois da morte” “Após a morte, as pessoas tomam seu próprio nível de pensamento para outra dimensão”
Fonte: Business Insider, Daily Telegraph, Resuscitation, AWARE study



Um comentário:

  1. Eu sei. Sei que qualquer pessoa que lide com o espiritual, o transcendente, o panteísmo, com o depois do fenômeno chamado morte, e mente, às vezes fica rico. Quase sempre fica rico. Agora, aqueles que pegos de surpresa, optam por falar a verdade, nada mais que a verdade de forma desinteressada, apenas pela verdade, corre o risco de parar numa camisa de força. Pois é. Bom, mas acontece que tenho absoluta certeza de que é líquido e certo o intercâmbio entre os que já se foram e seus entes queridos que, nesse nosso plano existencial, ainda continuam sua jornada. O encontro quase sempre se dá de forma inesperada. O agora "visitante" sempre se apresenta transfigurado, usando corpo e aparência diferentes. Ele sempre será observado e coordenado por "superior". Os católicos os chamam de anjos e os espíritas de "guias". É assim, comigo já aconteceu e era meu velho pai. Acontece com todos que se ligam pelo amor ou pelo ódio. Mas este é outra história, bem diferente daquele.

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