terça-feira, 9 de junho de 2015

Fundamentalismo evangélico, como todo fundamentalismo, fere, agride, destrói e mata...




  A intolerância religiosa, especialmente a evangélica, com suas invasões de sedes de outros cultos e religiões, e agressões públicas a todos os considerados "hereges", "pecadores", "errados", "pervertidos" etc., é parte da onda de reacionarismo pseudomoralista capitaneada pela direita brasileira, com uso intensivo da mídia. Aberrações como Malafaia, Feliciano, R.R. Soares, Macedo, Eduardo Cunha e outros são apenas a cobertura visível e incentivadora das mais lamentáveis manifestações de odioso rancor, arrogância, preconceito e fanatismo em um segmento da população que, acrítico, acomodado ou desesmperado e sem leitura, educação e personalidade, seguem, como gado, as ordens de seus "mentores", os únicos a enriquecerem de fato com o exercício deste poder...

 Uma das recentes vítimas fatais da expressão "religiosa" - mas nada espiritual e muito menos realmente cristã - da intolerância fanática reacinária foi a mãe de santo Dede de Iansã, de 90 anos de idade, ASSASSINADA de forma cruel por evangélicos ensandecidos através de tortura psicológica.

  Sobre o caso, veja-se abaixo extraído da Revista Livre:

Quando a intolerância religiosa mata dolosamente

   Artigo de Marcelo Ferrão 
   Aos 90 anos de idade, morreu Mãe Dede de Iansã, do Terreiro de Oyá. 
   Mas Mãe Dede não faleceu de morte natural. Foi assassinada, de forma premeditada e cruel. 
   A ialorixá mais idosa de Camaçari, foi mais uma vítima da crescente intolerância religiosa que contamina o país. 
   Tudo começou há cerca de um ano, quando a bendita "Casa da Oração" resolveu instalar-se nas proximidades do terreiro de candomblé. 
   Imediatamente após a inauguração, estimulados por pastor Lucas, fiéis da seita evangélica iniciaram rituais de hostilização à casa religiosa e também à mãe Dede. 
   Comandados pelo fanatismo religioso, desordem pública, ofensas e perseguição a devotos da religião de matriz africana, passaram a ser uma constante na Rua da Mangueira na localidade de Areias. 
   A violência gratuita e incessante fez com que o caso fosse parar na polícia. Com o registro de ocorrência na 26ª Delegacia de Vila de Abrantes, no último dia 15 de maio, foi determinada audiência para apurar a denúncia de ameaça, injúria e intolerância religiosa.

   Caso de intolerância contra Terreiro de Oyá em Abrantes

   No entanto, infelizmente, Mãe Dede não conseguiu acompanhar a condenação dos culpados. 
  Durante a noite do último sábado, 30, e a madrugada de domingo, 31, fanáticos da seita, em transe coletiva, promoveram uma vigília de "Libertação" com o intuito de reforçar as injúrias à sacerdotisa. 
 Horas a fio, aos berros de "queima essa satanás, liberta senhor, destrói a feitiçaria" integrantes da seita - alucinados - rogaram pragas, ameaças e maldições para a dirigente do centro religioso de cultura africana. 
   Como resultado, com muito medo e nervosa devido à gravidade dos impropérios - após noite sem dormir - a nonagenária sacerdotisa sofreu infarto do miocárdio e faleceu durante as agressões psicológicas. 
  Agora cabe a polícia e à justiça buscarem apuração e condenação deste crime dolosamente premeditado de intolerância e injúria religiosa.

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