quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Sociólogo e jurista português, Boaventura de Sousa Santos, professor emérito em Coimbra, afirma: Brasileiros precisam ir às ruas para garantir as eleições contra as forças golpistas-fascistas




"Numa emergência de um candidato de esquerda poder ganhar as próximas eleições, vão criar imediatamente uma situação de ingovernabilidade. Se deixarem que as eleições se realizem, vão criar situação de ingovernabilidade imediatamente depois da eleição. É por isso que o brasileiros têm de ir para as ruas pacificamente defender a democracia"



Jornal GGN - "As instituições brasileiras não são confiáveis e os brasileiros devem estar disponíveis para defender nas ruas, pacificamente, a democracia. Agora e depois das eleições", se elas forem realizadas. É o que afirma o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, em vídeo divulgado com exclusividade pelo canal da Boitempo no Youtube.
 
Na produção, Boaventura chama atenção para a possibilidade de mais uma pancada na democracia, caso uma candidatura de esquerda demonstre real possibilidade de vencer a eleição de 2018. E, caso a nova tentativa de desestabilização não seja concretizada e o pleito saia do papel, uma derrota do grupo golpista certamente acentuaria a crise e deflagraria mais um movimento pela ingovernabilidade.
 
"Numa emergência de um candidato de esquerda poder ganhar as próximas eleições, vão criar imediatamente uma situação de ingovernabilidade. Se deixarem que as eleições se realizem, vão criar situação de ingovernabilidade imediatamente depois da eleição. É por isso que o brasileiros têm de ir para as ruas pacificamente defender a democracia", disse.
 
Na visão de Boaventura, "essas forças golpistas - que se não tivessem feito o golpe [do impeachment], talvez ganhassem tranquilamente as eleições de 2018, tendo em atenção que alguns governos sofrem certo desgates e, na democracia, são substituído democraticamente - esses golpistas impacientes não quiseram esperar esse ciclo e procuraram conquistar o poder rapidamente e de maneira mais brutal."
 
É de imaginar, portanto, que eles farão "qualquer coisa" para tentar permanecer no poder pelas vias legítimas. Prova disse é a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, em desrespeito à liminar do Comitê de Direitos Humanos da ONU que garantiria Lula na eleição.
 
"O que interessa fundamentalmente é que eles querem fazer de tudo, custe o que custar, para prevalecerem nessa eleição, como a decisão do TSE revela. Portanto, os brasileiros precisam se confrontar com essa realidade: as instituições não estão confiáveis."
 
"Os golpistas não têm interesse na democracia, têm interesses nas riquezas naturais e na prevalência de um capital financeiro voraz e abutre que vai sugando as riquezas de todos os trabalhadores. É na rua que se defende a democracia desde já, procurando que essa eleição se realize da maneira mais legal. [É preciso] defender as eleições qualquer que seja o resultado dessas eleições. Essa é minha advertência e alerta em função de uma degradação das intituições que atingiu proporções tão grotescas e repugnantes."
 



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