Segue texto extremamente lúcido de Fernando Brito e, após, um pequeno vídeo de Paulo Henrique Amorim:
O doutor Joaquim Barbosa divulgou nota ontem para dizer que a “ desqualificação do Supremo Tribunal Federal, pilar essencial da democracia brasileira, é um fato grave que merece o mais veemente repúdio”.
Por que, Dr. Joaquim?
Lula não é um chefe de Poder e , quando era, jamais desqualificou qualquer decisão judicial, o que, sim, seria digno de reação do Judiciário.
Não fez como o senhor (e com alguma razão, reconheço) que na presidência de um poder da República, desqualificou os outros dois poderes, ao dizer que “o problema crucial brasileiro, a debilidade mais grave do Congresso brasileiro é que ele é inteiramente dominado pelo Poder Executivo” e que o Legislativo não representava o povo.
Lula é um cidadão comum e um cidadão comum pode criticar duramente e até desqualificar um Supremo Tribunal Federal em que o presidente admite publicamente ter quantificado uma pena só para que o condenado não tivesse acesso ao regime semi-aberto, ou que diz que um de seus pares tem “capangas” e não dá sequencia a esta acusação.
Ou que desmembra um processo, para que determinados fatos não entrem num julgamento, ou que lança suspeitas sobre os que lhe divergem, como foi feito com os ministros Ricardo Lewandowski e Luís Alberto Barroso.
É curioso que o senhor diga que Lula tem “dificuldade em compreender o extraordinário papel reservado a um Judiciário independente em uma democracia verdadeiramente digna desse nome”.
Talvez seja o senhor quem tenha dificuldade em compreender que, numa democracia digna deste nome, poder ou mandatário algum seja incriticável.
Obediência à decisão judicial não obriga a concordar com ela ou elogiar, simples assim.
As cortes supremas, Excelência, são cortes políticas, sem que isso as desobrigue de serem técnicas.
É assim em todo o mundo, uma vez que elas são, inclusive, compostas por indicações políticas dos demais poderes.
Nos próprios EUA os governos assumem claramente que fazem estas indicações para tornar a Suprema Corte politicamente mais liberal ou conservadora.
Aliás, a sua própria indicação para Ministro do Supremo foi política: aquele cidadão que tem “dificuldades em compreender” compreendeu a importância de termos um negro na instância mais alta do Judiciário.
E que evidencia a independência com que tratou este poder no fato de que vários de seus indicados -entre eles o senhor – nunca se sentiram obrigados a julgar por “herança” desta indicação.
Aliás, se desejar, Lula pode usar o senhor como prova de como reconheceu a independência do Judiciário.
Ele poderia perfeitamente dizer, sem faltar em um pingo à verdade:
- Veja só o caso deste Joaquim Barbosa. Não era um jurista conhecido nacionalmente, nem eu tinha relações pessoais com ele, mas achei importante a simbologia de termos um Ministro negro. Uma parcela importante dos brasileiros é negra e achei que seria um avanço que tivéssemos um brasileiro negro no Supremo.
Isto não é político, Dr. Joaquim, no melhor sentido que se possa dar à palavra?
Mas o senhor não se vexa em atacar a inteligência de Lula, falando de sua “dificuldade em compreender”.
Talvez, quem sabe, baseado no fato de ele o ter indicado para o STF.
Pode ser, afinal, que o senhor, Dr. joaquim, tenha razão.
Apesar da ironia realista, infelizmente o video, feito há quase quatro anos, é atual e se mostrou profético.... Marcelo Adnet soube expressar a mentalidade golpista e alienadora da direita brasileira:
O assassinato de Malhães e o “nunca mais”. Nunca mais, mesmo?
O assassinato do coronel Paulo Malhães, que há um mês confessou uma
série da assassinatos cometidos por ele e por outros durante a ditadura,
embora possa ter sido simples coincidência, não parece ser apenas uma
terrível casualidade.
Há vários elementos que permitem pensar nesta linha, mas este não é
um blog policial, para entrar nesse debate, mesmo que a permanência de
assaltantes numa simples casa de sítio por longas nove horas tenha o
significado óbvio de que estavam procurando algo que ia além de jóias,
dinheiro, armas ou eletrodomésticos.
Mais importante é uma reflexão sobre o lado político tenebroso que esta possibilidade abre.
Não é algo que se possa deixar, exclusivamente, nas mãos de um
delegado de polícia. Não se pode correr o risco de uma insuficiência, ou
de cumplicidades ou mesmo de incompreensão da gravidade do que isso
pode, no limite, representar.
Que as associações criminosas formadas no mundo da repressão política
ainda sobrevivam, com conexões que lhes permitam “agir” quando se vêem
ameaçadas de serem reveladas.
Lembremo-nos que se trata de pessoas que, mais de uma vez, não
hesitaram em matar e ainda forjar cenas e situações que encobrissem as
responsabilidades pelos assassinatos.
A recusa do Supremo Tribunal Federal em permitir a abertura das
investigações sobre os crimes da ditadura estendeu um manto de
impunidade sobre os que a praticaram.
É inacreditável que a mais alta Corte deste país, indiretamente,
possa ser cúmplice deste tipo de “eliminação” da memória nacional.
O desejo de que nunca mais vivamos assassinatos políticos passa,
necessariamente, pelo fato de que assassinatos políticos – que dizem
respeito a toda a sociedade – jamais possam ficar ocultos, como têm
permitido as decisões do Supremo.
Porque é nas sombras que este tipo de fantasma sobrevive.
O senhor Caio Fábio de Araújo Filho é um dos poquíssimos líderes evangélicos (e hoje ele diz que deixou de ser evangélico, diante de tantos falsos-pastores fundamentalistas, para pregar o Evangelho) que eu respeito... Sugiro que vejam este vídeo onde ele fala muito bem sobre o Papa Francisco:
Um dos grandes estudiosos dos movimentos sociais na América Latina, o escritor panamenho Nils Castro, afirmou que se preocupa com aquilo que classifica como "contraofensiva" de grupos conservadores aos dirigentes de esquerda latino-americanos. Processo que, segundo o intelectual, pode prejudicar os avanços sociais conquistados nos últimos anos. Em entrevista a Opera Mundi, o autor de As esquerdas latino-americanas em tempos de criar fala em "manobras de desestabilização da direita" no processo.
“Nem a direita nem o imperialismo vão ficar quietos frente ao progresso social e à ascensão social das pessoas. Não podemos esquecer que eles ainda são fortes. Tem a mídia, os meios, o dinheiro. Mas, como eles são minoria, eles precisam desestabilizar primeiro para fracionar o movimento popular que conquistou históricas reformas sociais na América Latina", argumentou.
Quando Castro fala em desestabilização, ele se refere à criação e promoção de crises que "criam um clima de insatisfação social que coloca a população contra os dirigentes progressistas". No entanto, perguntado se o Panamá funciona hoje como uma nova matriz de desestabilização da integração latino-americana, Castro descarta que o país possa influenciar ou agir com tal magnitude. Ele acredita, porém, que a esquerda no geral deve ficar atenta a um processo histórico que se "inicia com a desestabilização e culmina com deposições e golpes".
"Antes de invasão norte-americana ao Panáma que destruiu nosso processo de liberação nacional, nós sofremos com muita desestabilização financiada pela direita. Foi uma forma de ir quebrando as pernas do processo democrático nacional antes de dar o golpe final. Quando 20 mil soldados da melhor infantaria norte-americana desembarcaram em nosso país, a nossa luta já estava enfraquecida com desestabilizaão social e econômica. Esses movimentos foram só um prefácio de algo pior que vem depois, que é um golpe. Por isso é preciso ficar atento", argumenta sobre as ações conservadores na América Latina.
Durante participação no Foro de São Paulo, Nils Castro também defendeu que a "América Latina tem uma rica diversidade de processos nacionais e socioculturais que é preciso compreender e somá-los sem restringir as forças da pluralidade de seus integrantes", disse em referência a toda a variedade de povo e culturas constantemente oprimidos no continente.
O escritor também falou da importância da juventude para a renovação da esquerda. "Escrevi meu livro para os jovens. Eles precisam conhecer o motivo da nossa luta, mas de uma forma que eles possam entender. Hoje escrevo como se quisesse que meus netos pudessem ler", disse.
Segue texto de Miguel do Rosário, extraído do blog Tijolaço
Essa vai para o mais longo seriado político da vida brasileira: “Os intocáveis”.
Aliás, espero que um dia, quando tivermos mais canais de tv nacionais com autonomia para produzir ficção de verdade, não comprometida com os clichês de sempre, alguém possa contar a história de um partido cujos membros e aliados podiam fazer tudo; nunca são pegos. Procuradores guardariam processos em “gaveta errada”, sem que ninguém na imprensa fizesse uma campanha contra esse tipo de desculpa esfarrapada. Procuradores tentariam livrar a cara de quem foi pego transportando meia tonelada de cocaína num helicóptero. Para cada escândalo petista que ocupa 10 minutos no Jornal Nacional, 20 páginas na revista Época, edição especial do Fantástico, há uns 30 escândalos tucanos abafados pelos mesmos meios de comunicação.
Aqui é assim. André Vargas faz uma viagem no jatinho do doleiro e vira manchete por semanas a fio nos grandes jornais e na TV. A polícia flagra um helicóptero, pertencente a um senador da república que é um dos maiores aliados de Aécio Neves, com meia tonelada de pó, e jornalões fazem de tudo para acobertar o caso. Dão matérias discretas no miolo, apenas para constar, e jogam rapidamente a história para debaixo do tapete. Não há nenhuma pressão sobre o Judiciário para julgar o caso com dureza, nem para que a investigação se aprofunde.
O caso sequer é explorado pelos humoristas da grande mídia. Imagine se o helicóptero pertencesse a um senador da base aliado cheio de fotos íntimas com Lula ou Dilma?
Vale fazer uma paródia com aquela citação bíblica: o helicóptero veio do pó, e ao pó voltará.
*
O amigo leitor ficou intrigado com a rapidez com que o senador Zezé Perrela e a seu filho deputado Gustavo – donos do helicóptero apreendido com quase meia tonelada de cocaína – foram descartados da investigação?
A distinta leitora ficou perplexa com a rapidez com que soltaram os homens presos em flagrante num esquema de tráfico internacional e nesta escala?
Pois você vão ficar muito mais impressionados com a notícia de que até o processo criminal sobre o caso corre o risco de ser anulado.
A história escabrosa foi publicada não por um grande jornal, ou por uma revista semanal destas que são capazes de descrever o que não viram e reproduzir o que não ouviram.
Quem narra, e com farta documentação, é o repórter Joaquim de Carvalho, do Diário do Centro do Mundo, que revela que um conflito no MP faz surgir a suspeita de que a ação policial possa ter sido feita a partir de escutas ilegais, sem que se saiba a razão que levou a Polícia Federal a se mobilizar numa operação assim.
Ou, por outro lado, pode ser esta uma falsa versão, levantada por um promotor interessado em “melar” a operação e a fazer com que os envolvidos saiam livres de tudo.
Como a imprensa brasileira, neste caso e em qualquer outro que mexa com interesses dos seus prediletos, não apura, não deixe de ler a reportagem de Joaquim de Carvalho, um ótimo trabalho do DCM, financiado pelos seus leitores.
O processo que os servidores da Justiça Federal do Espírito Santo apelidaram de “Helicoca” nasceu do inquérito policial número 666/2013, aberto no dia 25 de novembro de 2013 e encerrado em 17 de janeiro de 2014. Em 53 dias, os policiais interrogaram 17 pessoas, entre eles os quatro presos em flagrante, e juntaram 44 documentos.
Mas aquela que é até agora a prova mais interessante do crime não é encontrada no inquérito, mas no YouTube. Trata-se de um vídeo de quase 13 minutos, em que um agente da Polícia Federal registra toda a ação.
O DCM teve acesso ao processo sigiloso em que o Ministério Público Federal diz que a investigação da “Helicoca” começou com uma farsa.
O vídeo da apreensão tem início quando desponta no céu da zona rural de Afonso Cláudio, no interior do Espírito Santo, o helicóptero cor de berinjela com faixa dourada e o prefixo GZP – G de Gustavo, Z de Zezé e P de Perrella, as iniciais de seus proprietários, o deputado estadual Gustavo Perrella, do Solidariedade, e o senador Zezé Perrella, do PDT, pai e filho.
É fim da tarde de domingo, 24 de novembro. A câmera é operada por um homem escondido atrás de um pé de café. O ronco do motor e o barulho da hélice não encobrem a fala do policial, que tem forte sotaque carioca e se comunica por rádio com equipes a postos para o flagrante.
As imagens, feitas de longe, são tremidas, o que mostra a falta de um apoio, um tripé. Aparece um carro branco, com porta-malas aberto, e mais duas pessoas, um de camisa rosa, que mais tarde seria identificado como o empresário Robson Ferreira Dias, do Rio de Janeiro, e outro de camisa verde clara, mais tarde identificado como Everaldo Lopes Souza, um sujeito simples, que se diz jardineiro, ligado a um empresário de Vitória, Élio Rodrigues, dono da propriedade onde a aeronave deveria ter pousado. Na última hora, o helicóptero acabou descendo na propriedade vizinha, que não é cercada.
A três minutos e quarenta segundos, o policial narra:
– Estão tirando a droga. O piloto correu para pegar o combustível e eles estão colocando a droga dentro do carro. O motor não foi cortado, o motor da aeronave não foi cortado. Estão carregando a droga na mala do carro, o motor não foi cortado, o copiloto foi buscar os galões. Cadê o helicóptero da PM?
A câmera volta para o plano aberto e fecha de novo na cena, muito tremida.
– São vários sacos pretos. Tem muita coisa, galera, muita coisa… vários sacos pretos. Eu acho que o piloto cortou… cortou o motor! Um segundo…Negativo, o piloto não cortou o motor… está descarregando a droga, e está começando a abastecer o primeiro galão.
Alguns segundos depois, avisa, triunfante:
– Positivo! Positivo! Cortou o motor, o helicóptero cortou o motor! Vamos lá, galera, pode ir. Quem conseguir pode ir. Vamos lá, tenente! Pode ir, Serra (com a pronúncia fechada, Sêrra). Eles estão abastecendo. Tem que ser rápido, tem que ir rápido!
Já são 7 minutos de gravação, a hélice para. Mais tarde, as imagens mostram três homens carregando a droga para o porta-malas do carro. Um deles está de camisa branca, que não aparece nas imagens anteriores. É Rogério Almeida Antunes, o piloto do senador Zezé Perrella e do deputado Gustavo Perrella. O outro piloto, Alexandre José de Oliveira Júnior, de camisa preta, não aparece nesta imagem. Ele se afastou para pegar mais combustível.
Imagens tremidas mostram a mata. Ouve-se chiado no rádio. Quando a câmera volta para a cena principal, mostra os acusados de tráfico com as mãos na cabeça, se abaixando. Tudo muito tranquilo.
– Positivo, positivo! Estão todos eles dominados. Vamos embora, tenente. Adianta o pessoal para dar apoio lá. Dominados lá os vagabundos. Parabéns, equipe, parabéns. Iurruuuuú. O show tá doido, maluco! DRE te pega, parceiro!
DRE é a sigla de Delegacia de Repressão a Entorpecentes, órgão da Polícia Federal. A câmera é desligada e volta com a imagem da droga no porta-malas e no banco traseiro do carro.
O vídeo foi apresentado à Justiça pelo procurador da República Fernando Amorim Lavieri como indício de crime. Não o de tráfico, demonstrado no inquérito, mas de fraude processual e falso testemunho. Nesse caso, os criminosos seriam os policiais que fizeram a prisão.
Na denúncia que transforma os policiais de caçadores em caça, o procurador Lavieri diz que desde o início desconfiou da versão da polícia para o flagrante. E procurou o responsável pelo inquérito, delegado Leonardo Damasceno, em busca de esclarecimento, quando teria ouvido a versão de que o flagrante era, na verdade, resultante de uma interceptação telefônica realizada em São Paulo.
O procurador também conversou com um agente da PF, Rafael Pacheco, que teria confirmado a versão do delegado Damasceno e acrescentado que, em São Paulo, a Justiça e o Ministério Público, “sensíveis ao flagelo do tráfico”, teriam autorizado interceptações telefônicas abrangentes, criando uma verdadeira “grampolândia”, daí resultando na apreensão da droga no helicóptero de Perrella.
Como os dois negaram na Justiça a versão de Lavieri, o procurador pediu afastamento do caso e se colocou na condição de testemunha do processo. Um testemunho que só serve como argumento para a defesa pedir a anulação do processo, como de fato já pediu.
Segue análise do comentarista político da TV Gazeta, Bob Fernandes, sobre o caráter fiológico e chantagista do PMDB e seu atual "líder" na Câmara, Eduardo Cunha:
A manipulação da informação por parte da imprensa com fins eleitorais detonada por professores de direito constitucional em um programa da TV Globo.
A tentativa da grande imprensa para influenciar o resultado as eleições é clara.
Um próprio jornalista de uma das empresas, a rede Globo, critica severamente esta forma de jornalismo:
Neste ano, a leitura enviesada dos dados fornecidos pela Petrobras e a tentativa de colocar Dilma como responsável por supostas irregularidades na empresa é mais uma tentativa da grande mídia influenciar no processo eleitoral....
É curiosa a ginástica dos bons comentaristas da Globonews.
Parecem em palpos de aranha, entre analisar com isenção a fala de Nestor Cerveró e atender às demandas da casa.
No intervalo da fala de Cerveró, disseram que na época a compra foi um bom negócio, indo totalmente contra a avaliação da presidente da Petrobras Graça Foster que afirmou que foi um mau negócio.
Em seu depoimento, Graça afirmou a mesma coisa: na época a compra foi considerada um bom negócio. Tornou-se mau negócio após a mudança nas condições mundiais do mercado.
Depois, os comentaristas admitem que Cerveró se saiu bem, que a oposição estava mal preparada. No momento seguinte, afirmam não tem como explicar o prejuízo de US$ 500 milhões. Batem na afirmação de Graça Foster, de que foi um mau negócio.
Graça Foster, José Gabrielli e Cerveró falaram a mesmíssima coisa: era um bom negócio antes da mudança de cenário.
A maneira como comentaristas e parlamentares manipulam falas é uma grandiosidade.
Vida difícil!
Na sabatina, com algumas exceções, como Ivan Valente e Rodrigo Maia, o nível dos parlamentares foi baixíssimo. Parlamentares como Roberto Freire e o delegado Franceschini não ajudam a melhorar a imagem do parlamento.
Assista, agora este video com o comentário de Bob Fernandes sobre dois pontos que se entrelaçam: o Fracasso da "Marcha" e o uso e manipulação do caso Pasadena como arma política:
Seguem, agora, outros textos de Luis Nassif e Eduardo Guimarães:
Em 2009, quando foi alvo de um ataque midiático, a Petrobras montou um grupo estratégico de acompanhamento da crise e lançou o seu Blog, no qual passou a responder rapidamente a todas as denúncias.
O grupo estratégico era composto por diretores, técnicos e analistas políticos e midiáticos. A presença dos analistas justificava-se porque sabia-se que a guerra era política e a resposta deveria ser política.
Por resposta política, não se entenda escamotear os fatos, fugir à verdade, mas analisar as formas de responder às questões para evitar as pegadinhas do adversário.
A presidente Graça Foster decidiu abrir mão dessa estratégia e repetir Dilma Rousseff logo que assumiu a presidência.
No início de seu governo, houve um festival de denúncias e Dilma acatou todas, as fundamentadas e as improcedentes. Sacrificou ministros, auxiliares, permitiu algumas injustiças flagrantes - como a armação de que foi vítima o então Ministro dos Esportes Orlando Silva. Mas, em um primeiro momento, conseguiu desarmar a campanha contra si própria. A mídia - meio que a contragosto - passou a trata-la temporariamente como a anti-Lula, a governante com vida própria.
O custo foi alto. Devolveu à velha mídia a influência que tinha perdido após a campanha de 2010. Cada vítima abatida - pouco importa se com denúncias fundamentadas ou não - aumentava a gana por sangue.
Com a avalanche de denuncias, houve a paralisia de áreas importantes do governo, especialmente na infraestrutura com o desmonte do DNIT - cujo titular foi alvo de uma armação da organização criminosa Carlinhos Cachoeira-Veja. Nem se julgue que havia santos no DNIT. Mas poderia ter havido uma transição menos rumorosa, sem interrupção dos trabalhos, caso o governo não fosse atrás do ritmo alucinante de denuncismo da mídia.
A guerra política em torno da Pasadena
Esse mesmo estilo repete-se no caso Pasadena.
Desde o ano passado correm inquéritos no TCU (Tribunal de Contas da União) e do MPF (Ministério Público Federal). O próprio Ministro José Jorge, do TCU, o mais ferrenho opositor do governo, já tinha declarado que a análise era exclusivamente administrativa, avaliando se a Petrobras cometeu erros de estratégia ou não.
Não se vislumbrava nenhuma irregularidade. Ao contrário do caso Paulo Roberto da Costa, o ex-diretor de exploração, envolvido em um esquema pesado de quadrilha.
A declaração de Dilma Rousseff - de que foram sonegadas informações que teriam levado o Conselho de Administração a rejeitar a compra - jogou a Pasadena no meio da lama de Paulo Roberto e surpreendeu o próprio José Jorge.
Por dias, dias e dias a imprensa martelou o suposto escândalo, sem nenhuma resposta satisfatória da Petrobras. Pouco importa se haverá ou não a CPI: a Petrobras já caiu na boca do povo. Em qualquer esquina, a maioria absoluta das pessoas não tem a menor noção sobre o que se discute, mas repete que a Petrobras virou um antro de negociatas. Ou seja, independentemente das análises técnicas que se façam, foi uma luta política da qual a oposição já se saiu amplamente vitoriosa. E as estripulias de Paulo Roberto da Costa mal começaram a ser divulgadas.
Do lado da presidência da empresa, não foi montada nenhuma estratégia de comunicação, não se criou um grupo de crise, não de ouviram analistas políticos.
A primeira iniciativa de Graça foi uma entrevista a O Globo, tipo “nada tenho a esconder” (http://is.gd/KFguMA). Julgou que bastaria apresentar argumentos técnicos e racionais – e ela o fez com segurança – para todo mal ser exorcizado.
Inicialmente colocou de maneira clara as implicações da ausência das cláusulas put (pela qual um dos sócios poderia vender sua parte para o outro) e Marlim (que assegurava rentabilidade mínima sobre os novos investimentos), desdramatizando sua ausência.
E isso seria normal (a não apresentação das cláusulas no resumo executivo apresentado ao Conselho de Administração)?
Aí, depende do diretor que está elaborando o resumo e de quão relevante é. A cláusula Marlim é relevante, mas não teve a revamp (modernização) da refinaria. E, por isso, não teve efeito. A put option é absolutamente comum, mas distinta para cada ativo. Ela não é igual. É específica. E isso não fez parte do resumo executivo.
Na sequência, falou na existência de um comitê de proprietários da Pasadena, cujo representante da Petrobras era Paulo Roberto da Costa. Ressalvou que a mera presença de Paulo Roberto não significava que o comitê tivesse cometido qualquer ilegalidade. Mas admitiu que não sabia da existência desse comitê.
A entrevista bem conduzida vai extraindo dúvidas de Graça:
Como a senhora se sentiu ao descobrir esse comitê?
Eu não posso saber disso dois anos depois de estar na presidência da Petrobras. Eu não posso ser surpreendida com informações que me dão o desconforto necessário para que eu busque uma comissão para apuração.
Como se diz em jornalismo, “deu o lead”, ou seja, a frase que seria o tema dali para diante: havia informações que foram escondidas da presidente da companhia, é o que importa, mesmo que se constate que a participação do comitê tenha sido anódina.
De pouco valeu, no restante da entrevista, Graça salientar que a compra da Pasadena, na época, era bom negócio; que ficou mau negócio com a mudança da economia global; que era impossível prever essa virada da economia; que até as declarações de Dilma, o assunto vinha sendo conduzido administrativamente (tanto na Petrobras quanto no TCU).
Até o momento nada indica irregularidades em Pasadena?
Nada. Mas eu não posso não saber de alguma coisa nesse momento em relação a Pasadena. Eu não aceito, e daí vem minha indignação.
A casca de banana do Senado
Ontem, no Senado foi a mesma coisa.
Em sua apresentação, Graça expôs todos os dados que justificavam, na época, a compra da Pasadena, assim como as mudanças posteriores de cenário. Tecnicamente, deixou algumas dúvidas no ar, mas que não foram exploradas por senadores que estavam mais interessados no “lead" que no conteúdo. Como a questão dos valores investidos na compra da tal trading da Astra. Segundo ela, foram duas compras, da refinaria e da trading, com seus contratos. Nem nos comunicados ao mercado se informava dessa distinção.
Indagada sobre a claúsula put, mudou um pouco a versão original. O problema não era a cláusula em si (comum em contratos desse tipo) mas a “put price”, ou seja, as regras de cálculo do valor em caso de oferta de venda por um dos sócios. Disse que se a cláusula tivesse sido apresentada, a compra teria sido vetada pelo Conselho.
Duvido! Se o Conselho Administrativo e a Diretoria Executiva acreditavam na manutenção do cenário petrolífero da época - e, como ela mesmo disse, mesmo em Davos todos os grandes executivos do mundo não previram a crise que explodiu pouco depois - no máximo teriam solicitado alguma negociação a mais, jamais impedido o negócio.
Ontem conversei com um repórter que acompanhou todo o depoimento no próprio Senado. A impressão geral era a de que Graça tinha se saído bem, com segurança, as respostas tinham sido satisfatórias, embora – para todos – ela passasse a impressão de querer se colocar como a “justiceira” de tempos ruins.
Mas o que os senadores e a mídia queriam era o “lead”. E ela deu.
É evidente que a compra da Pasadena se tornou um mau negócio, caso contrário a Petrobras não a teria lançado a prejuízo.
A casca de banana estava na pergunta:
- Foi um mau negócio?
E na resposta:
- Foi um mau negócio.
Se tivesse se preparado politicamente para a discussão, Graça teria exposto sinteticamente o que explicou tecnicamente durante toda a sabatina:
- Na época, foi um bom negócio. Tornou-se um mau negócio depois que a crise internacional atrapalhou a rentabilidade de todas as refinarias dos Estados Unidos. Mas está voltando a ser bom negócio este ano, já que lucramos US$ 53 milhões por mês nos dois primeiros meses do ano.
Simples assim. Ao admitir a seco que foi um mau negócio, Graça deu o “lead".
Hoje, todos os jornais usaram na manchete essa resposta.
Por trás desse desastre político, questões pessoais mal resolvidas, essa disputa autofágica com José Sérgio Gabrielli.
O jornal O Globo fez dois tipos de entrevista com os blogueiros que entrevistaram Lula: do tipo espontâneo e do tipo compulsório. Este que escreve aceitou fazer do jeito mais fácil, do tipo relaxa e goza, mas a maioria dos outros entrevistados teve que fazer na marra, do tipo estupra mas não mata.
Imagine a seguinte situação, você que acha que poder dizer o que pensa politicamente é um direito seu. Ledo e Ivo engano. Um dia, você desagrada um coronel do século XXI, daqueles que não se limitam a não concordar passivamente com uma ideia, se é que me entende, e esse coronel manda seus capangas atrás de você.
Só que estamos no século XXI, caro leitor. Hoje em dia não pega bem um coronel da mídia mandar brutamontes invadirem o seu local de trabalho ou a sua casa e quebrarem você em dois. Até porque, é muito mais eficiente usar uma mocinha esperta, daquelas que, como quem não quer nada, dizendo-se imbuída das melhores intenções, conduza a conversa a um rumo que leve você a produzir uma frase da qual ela possa extrair as necessárias aspas.
O capanga de luxo do século XXI não chuta ou soca costelas, ele publica uma entrevista em que o entrevistador acusa o entrevistado, fala oitenta por cento do tempo e ainda edita o pouco espaço daquele que acusou.
Democrático, não?
Bem, caso você não tenha entendido, leitor, não se trata de uma democracia, mas de uma ditadura, a ditadura da mídia, com seus recursos de divulgação, com suas mocinhas que dão nó em pingo d’água.
Mas em que será que os leitores de O Globo prestaram mais atenção na entrevista dos blogueiros entrevistadores de Lula? Será que foi no que eles tinham a dizer ou na acusação velada (pero no mucho) que lhes foi feita por aquele veículo de comunicação?
Os entrevistadores de Lula foram todos acusados, tanto os que concordaram em participar da entrevista com o Globo quanto os relutantes, os quais o coronel midiático do século XXI entrevistou na marra ao selecionar frases deles e reproduzir.
Fico me perguntando se aqueles que O Globo acusou não têm o direito de responder nas páginas desse jornal. Até para esclarecer, porque, da forma como as palavras deste blogueiro foram selecionadas, ficou a impressão de que todos os outros entrevistados pensam igual sobre Lula, o que não se pode afirmar.
Não sei se mais alguém tem interesse em direito de resposta a ser concedido por O Globo aos blogueiros que “retratou” como mercenários que trocam opiniões políticas por banners em seus blogs, mas eu tenho. E, além de interesse, eu e todos os blogueiros “retratados” por esse jornal temos o DIREITO.
A menos que O Globo tenha medo do que esses blogueiros que entrevistou possam dizer, se tiverem espaço equitativo…
Política no Face: O Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, em audiência pública na
Câmara dos Deputados, desmascarou a campanha midiática contra a Copa do
Mundo. Ele mostrou editoriais da Folha de São Paulo tratando a copa e
Olimpíadas no Brasil como 'desperdício'
e, no mesmo jornal, dizendo que a Olimpíada do Japão 2020 é a maior
oportunidade para aquele país "retomar o protagonismo mundial e duplicar
seu crescimento econômico". "Apesar deles", disse o ministro, "a Copa
será um sucesso".
A Covardia contra Dirceu e o Privatismo Doentio dos Tucanos
O ex-ministro e deputado federal
José Dirceu completou cinco meses no presídio da Papuda. Sua pena é em
regime semiaberto, de acordo com decisão soberana do plenário do STF.
Contudo, o político de direita, o condestável juiz midiático, Joaquim
Barbosa, e seu capataz para assuntos pertinentes à perseguição e ao
autoritarismo, juiz de instância menor, Bruno Ribeiro, perseguem o
político e militante petista, que até hoje não conseguiu sair para trabalhar, realidade esta que não ocorre com os outros condenados do "Mensalão".
O Mensalão nunca existiu e por
isto tal caso é também chamado de Mentirão — apropriadamente. A verdade
nua e crua é que o "Mensalão", como ação de compra de votos sistemática
para que o Governo tivesse maioria na Câmara e aprovasse seus projetos,
não passa de uma farsa e fraude, pois as acusações sobre sua existência
somente teve por finalidade colocar o Governo Trabalhista de Dilma
Rousseff contra a parede, bem como derrubar o ex-presidente trabalhista,
Luiz Inácio Lula da Silva, da Presidência da República. O sonho da
direita por um novo impeachment. Só que agora contra um líder político
de esquerda.
A imprensa comercial e privada
banca todo esse golpismo. Ela deseja pautar os governantes eleitos pelo
povo, destruir quem considera seus inimigos políticos e ideológicos e
assumir o lugar dos políticos tucanos, do DEM, do PPS e agora do PSB,
com o propósito de atuar e agir como partido político, que,
diuturnamente, combate o PT, suas principais lideranças, a exemplo de
José Dirceu, José Genoíno e os governantes trabalhistas Lula e Dilma
Roussef, que têm de enfrentar os magnatas bilionários de mídias, bem
como seus cães serviçais e porta-vozes de seus interesses, que não são,
nunca foram e jamais serão os mesmos do Brasil e do povo brasileiro.
Apesar das provas "tênues" contra
José Dirceu, como afirmou irresponsavelmente e cinicamente o
ex-procurador-geral direitista, Roberto Gurgel, juízes políticos,
vaidosos, a exemplo de Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello, Luiz Fux,
Ayres Britto e Cezar Peluso, aceitaram as acusações e atenderam os
interesses de uma imprensa alienígena e de negócios privados, que se
aliou ao PSDB, desavergonhadamente, a ter como norte a derrota do PT em
toda e qualquer eleição presidencial, pois o que interessa é estancar o
processo de desenvolvimento do País, diminuir quando, não, extinguir os
programas sociais, além de reiniciar as privatizações.
O objetivo principal dos tucanos é
entregar o Pré-Sal, por intermédio do modelo de concessões e suspender o
sistema de partilha, que permite à Petrobras ter o controle dos
produtos oriundos desse verdadeiro tesouro, que vai ajudar o Brasil
investir em educação e saúde,
conforme aprovado pelo Congresso Nacional e ratificado pela Presidência
da República. E é exatamente isto que a direita partidária, a
midiática, as petroleiras internacionais, os banqueiros e os governos da
UE e dos EUA não querem. A direita não quer o desenvolvimento do
Brasil! Ponto!
Os conservadores não querem a
valorização do salário mínimo como projeto de estado e não de governo,
e, em nome do combate à inflação, promete efetivar medidas impopulares,
como afirmou o tucano Aécio Neves, em vez de apresentar alternativas
para melhorar os programas sociais e garantir fontes de riqueza para os
brasileiros exemplificadas no Pré-Sal e na defesa da Petrobras, uma das
quatro maiores empresas de petróleo do mundo e portadora de vasto
conhecimento científico e tecnológico sobre exploração de petróleo no
fundo do mar. Os tucanos, realmente, são os mensageiros da peste, da
iniquidade, e a promessa, pronta e acabada, de infringir dor aos mais
francos, aos pobres — aos que podem menos.
Quando vejo e ouço um almofadinha,
um verdadeiro e genuíno coxinha como o Armínio Fraga a deitar falação
neoliberal e a defender o que já foi derrotado, o que fracassou, o que
não deu certo e o que prejudicou o Brasil, o seu povo, bem como derreteu
as economias europeias e norte-americana, fico a pensar: "ou o mundo
está louco, doido varrido, ou todo mundo é otário, trouxa, ou
completamente sem noção das realidades que nos rodeiam". Não é possível
que o povo brasileiro que alcançou tantas conquistas com seu trabalho,
com seu poder de compra e com seu esforço vai votar em candidato de
direita, que preza o status quo e que não tem nenhum vínculo com os
interesses do povo brasileiro, a exemplo de Aécio Neves, tucano do PSDB e
que tem como um de seus porta-vozes um incompetente quando trata da
coisa pública, como o economista Armínio Fraga.
Quem duvida que se digne a ver os
números e índices de Fraga quando ele era o presidente do Banco Central.
Armínio Fraga é banqueiro e como tal vai ser um dos homens de Aécio
Neves que vai colocar em prática toda a doutrina neoliberal que não deu
certo e somente trouxe desemprego, desesperança, fome e miséria para o
povo brasileiro. O banqueiro foi diretor-gerente da Soros Fund
Management, trabalhou na Salomon Brothers, no Banco de Investimentos
Garantia, além de ser conselheiro do Unibanco. Fraga é um burocrata
sofisticado de bancos e banqueiros, e completamente voltado aos
interesses do mercado, principalmente no que concerne a Wall Street.
Armínio Fraga, definitivamente, não dá!
José Dirceu está a ser apenado
duas vezes. Ele, além de estar preso injustamente, agora também se
tornou refém de juiz que preside o STF, de forma casuística, ainda tem
de se submeter às vontades e aos devaneios do juiz de instância menor,
Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal e filho
de importante de dirigente do PSDB de Brasília, além de ter sido levado a
assumir tal cargo por causa de interferência e influência de Joaquim
Barbosa.
Todavia, José Dirceu não está
sozinho. A OAB já questiona duramente o presidente do Supremo, setores
da imprensa também, além de juristas renomados, bem como o caso vai ser
levado à Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA. Sem justiça
não há paz, e quem preza a cidadania, a justiça, a democracia e a
verdade sabe que a maioria dos juízes do STF agiram como políticos, do
espectro ideológico conservador, e, consequentemente, alinharam-se com
os interesses políticos da Casa Grande brasileira, uma das mais
perversas do mundo.
O líder petista ora encarcerado é vitima de perseguição de juízes da VEP. Dirceu até hoje não conseguiu sair para trabalhar,porque
supostamente usou celular e comeu um feijoada, em lata, diga-se de
passagem. As duas denúncias não procedem e não foram comprovadas. Ao
contrário, o próprio diretor do presídio da Papuda afirmou, após os
fatos serem investigados, que não aconteceu tais "privilégios". Mesmo
assim o juiz Bruno Ribeiro, no alto de sua importância e arrogância,
protelou ao máximo a saída de Dirceu para trabalhar, e, desse odioso
modo, rasga solenemente as leis do País.
Anteriormente, o condestável juiz
Joaquim Barbosa revogou decisão do juiz Ricardo Lewandowski, que, na
cadeira da presidência do Tribunal, autorizou que José Dirceu
trabalhasse. Barbosa desrespeitou uma decisão do presidente interino,
que recebeu documentos da VEP, da direção da Papuda, do MP, para poder
analisar o que estaria a acontecer com Dirceu no que é referente ao
direito de trabalhar e às denúncias publicadas em uma coluna de fofoca política da Folha de S. Paulo chamada de “Painel”.
Como se percebe, a prisão de
Dirceu, além de ser, indubitavelmente, um processo político,
transformou-se também em uma covarde perseguição midiática e realizada
por jornalistas paus mandados de magnatas bilionários de imprensa, que
pensam que o Brasil de 210 milhões de habitantes e sexta maior economia
do mundo é o quintal da Casa grande deles, em Nova York, Miami, Londres
ou Paris, é claro. A covardia contra José Dirceu e o privativismo
doentio dos tucanos ainda demonstram que o Brasil tem ainda muito que
trilhar para ser totalmente democrático e civilizado. É isso aí.