Extraído do Brasil 247 e que pode ser confirmado no site da JusBrasil
COPA DAS CONFEDERAÇÕES JÁ PAGOU ESTÁDIOS, DIZ ESTUDO DA Fipe
Pesquisa que acaba de ser concluída pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) calcula que o impacto dos jogos da competição sediada no Brasil em 2013, durante duas semanas, foi de R$ 9,7 bilhões adicionados à economia até a véspera do evento, quase R$ 1 bilhão a mais do que a última estimativa do que se gastaria com a construção das arenas da Copa do Mundo; com base nesses números, expectativa é de que o Mundial gere resultado ao menos três vezes maior: R$ 30 bilhões para o PIB; "Os números demonstram que investir em turismo e em grandes eventos vale a pena", constata ministro do Turismo, Vinicius Lages.
247 – O dinheiro injetado na economia brasileira por conta da Copa das Confederações, que durou duas semanas em 2013, em seis capitais, ultrapassou o valor que deverá ser gasto com a construção dos 12 estádios da Copa do Mundo. É o que revela um estudo que acaba de ser concluído pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que aponta que foram adicionados R$ 9,7 bilhões no País até a véspera do evento. Segundo a última estimativa oficial da Fifa, divulgada em janeiro, o custo dos estádios deverá ser de R$ 8,9 bilhões.
Encomendado pelo ministério do Turismo, o levantamento mostra que o gasto de turistas nacionais durante a Copa das Confederações chegou a R$ 346 milhões, enquanto os estrangeiros desembolsaram R$ 102 milhões no País. O evento gerou ainda 303 mil vagas de trabalho, 40% nas cidades-sede e 60% em outros locais. Os números finais são ainda mais positivos: considerado o efeito multiplicador do evento, ou seja, a partir do impacto na economia para cada real investido, o total movimentado foi de R$ 20,7 bilhões.
Com base no retorno financeiro que a Copa das Confederações deu ao Brasil, a estimativa, de acordo com o estudo da Fipe, é de que o investimento no País com a Copa do Mundo seja pelo menos três vezes maior: R$ 30 bilhões, ou 0,5% do PIB, revela reportagem do jornal Valor Econômico nesta segunda-feira 7. Há expectativa também de que o País atraia um turista que gaste mais: R$ 5,5 mil, em média – enquanto em 2013 esse valor foi de R$ 4,1 mil. A previsão é que 600 mil estrangeiros passem por aqui durante o Mundial.
Retorno que vale a pena
Para o ministro do Turismo, Vinicius Lages, "os números [da pesquisa da Fipe] demonstram que investir em turismo e em grandes eventos vale a pena. O turismo se beneficia do investimento em infraestrutura e alavanca outros setores". Em entrevista ao Valor, ele afirma que, com a Copa das Confederações, "tivemos um impacto na economia como um todo. Até 137 cidades que não tinham relação direta com o evento foram visitadas".
Lages também ressalta que foi visto, com o evento de 2013, que o sucesso se repetirá em 2014, na Copa do Mundo. "Isso não significa que todos os aeroportos, por exemplo, estarão concluídos até os jogos. Seria muito precipitado não considerar algumas ocorrências. Mas acredito que não teremos problemas na Copa", pondera.
Segundo ele, as arenas não serão elefantes brancos se forem bem utilizadas. "Mesmo que se diga que há estádios que possam ter uma baixa utilização, eles darão resultado se tiverem uma estratégia bem montada. Vai depender muito disso. Temos que dinamiza-los, são equipamentos multiuso e que terão de ser rentabilizados. Todos têm custo e manutenção elevados. Tudo vai depender dos modelos de negócio e das iniciativas. Em qualquer lugar do mundo é assim", pontuou.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a criação de empregos na Copa:
Copa deve gerar 48 mil postos de trabalho no setor turístico
Vitor Abdala – A Copa do Mundo deve gerar 47,9 mil vagas de trabalho no setor de turismo nos 12 estados-sede da competição, entre os meses de abril e junho deste ano. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base no fluxo de 3,6 milhões de turistas que deverão circular pelo país durante a competição, de 12 de junho a 13 de julho.
O economista da CNC Fabio Bentes ressalta que o número é 60% superior à geração de postos de trabalho nos 12 estados no mesmo período do ano passado (29,5 mil). Apesar disso, grande parte dessas vagas deverá ser temporária.
"Pouquíssima gente deve ser absorvida depois da Copa, porque o setor de turismo não está indo tão bem neste ano. É natural que depois da Copa, haja um enxugamento dessas contratações, porque são trabalhos temporários mesmo", disse Bentes.
De acordo com a CNC, o setor de alimentação responderá pela maior parte da geração de postos de trabalho. Cerca de 16,1 mil vagas, ou 33,5% do total, deverão ser criadas por bares e restaurantes, que são o principal segmento turístico, segundo a confederação.
Os transportes de passageiros deverão abrir 14 mil vagas (29,2% do total), enquanto hotéis, pousadas e similares responderão por 12,3 mil novos postos de trabalho (25,7%). Outros setores gerarão menos vagas, como os serviços culturais e recreativos (3,8 mil) e agências de viagens (1,7 mil).
Em termos de remuneração, as maiores ficarão com as agências de viagens (R$ 1.626). Em seguida, aparecem os transportes de passageiros (R$ 1.449), serviços culturais e recreativos (R$ 1.397), a alimentação (R$ 935) e hospedagem (R$ 900)
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