Ailton Barros, preso ontem, chegou a sugerir a prisão de Alexandre de Morais a Mauro Cid para evitar posse de Lula.
Jornal GGN. - Em desdobramento da operação que prendeu o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) enquanto presidente, Mauro Cid, a Polícia Federal agora encontrou mensagens de cunho golpista no celular do 01 do ex-presidente, em que o ex-major do Exército Ailton Barros cobra ações para evitar a posse do Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro.
“Temos a força e a caneta”, disse o Barros a Cid. O ex-major também pressionou o comandante do Exército Freire Gomes, “para que ele faça o que tem de fazer” e fizesse um pronunciamento, pois “aí tudo vai ser dentro das quatro linhas”.
As mensagens demonstram que, mais que a certeza da impunidade, por manter mensagens de cunho golpista no celular, os aliados próximos de Bolsonaro cultivaram ainda uma sensação de que o Exército teria poder superior ao Estado Democrático Brasileiro. Caso Gomes não apoiasse publicamente as aspirações golpistas, então, Bolsonaro é quem “deveria levantar a moral da tropa, que está abalada em todo o Brasil”, na avaliação de Ailton Barros.
Prisão de Moraes
Mais que o envolvimento do Exército em uma ação de golpe de Estado, Barros chegou a, inclusive, sugerir a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para tomar o poder “se preciso, fora das quatro linhas”.
“Nos decretos e nas portarias assinadas, tem que ser dada a missão de prender o Alexande de Moraes no dominfo, na casa dele, como ele faz com todo mundo. Na segunda-feira, assinar os decretos de Garantia da Lei e da Ordem e botar as Forças Armadas para agir, senão nunca mais vamos limpar o nome do Exército”
Ailton Barros, ex-major do Exército
Barros usou referências militares como “a gente vai dar passagem perdida?”, que na Aeronáutica significa que o avião está sobre uma zona de lançamento, mas que por algum motivo, o lançamento não ocorre.
Investigados
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de uma Operação da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (3), acusado de envolvimento em esquema de adulteração de dados do Ministério da Saúde sobre as vacinas de Covid-19. O celular de Bolsonaro foi apreendido e o então assessor do ex-presidente, Mauro Cid, foi levado preso.
Tenente-coronel, Cid era ajudante de ordens de Bolsonaro, controlava o cadastro do então presidente no ConecteSUS e teria incluído os dados falsos de Bolsonaro e de sua filha de 12 anos, Laura, nos sistemas do Ministério da Saúde.
Ailton Barros também foi detido na operação da PF desta quarta-feira (3), acusado de auxiliar o ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, nas falsificações.
*Com informações da CNN.
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