"Manter esse patamar de juros pode ser considerado como um crime de lesa-pátria. É inadmissível tamanha insensibilidade com a miséria brasileira"
A insistência do Banco Central em manter em patamares pornográficos a taxa de juros é um acinte com o povo brasileiro.
O legado deixado pelos desgovernos Temer/Bolsonaro produziu a terrificante cifra de 30 milhões de cidadãos brasileiros em situação de gravíssima insuficiência alimentar. Eufemismo para a proliferação da fome.
O baronato brasileiro tendo à frente o presidente do BC Roberto Campos Neto, é insensível ao panorama vivido pelas camadas populares. Não enxergam as ruas e avenidas do país cheias de miseráveis e pedintes. O pleno emprego que é uma das missões do BC “independente” é completamente ignorado pela atual gestão, que à despeito de conter a inflação garroteia a economia nacional asfixiando o desenvolvimento.
O quase consenso construído no Brasil para que se abaixe a taxa Selic além de ignorado é tratado com certo pouco caso por Campos Neto. Afilhado de Paulo Guedes e do candidato derrotado em 2022, o presidente do BC tudo faz para que os esforços da equipe econômica do presidente eleito não tenham êxito e que estes não consigam o estabelecido no programa de governo de Lula.
É preciso frisar que cada ponto percentual a menos na taxa de juros representa a bagatela de 75 bilhões de reais de economia para o Tesouro Nacional. Esses bilhões que deveriam estar aquecendo o ambiente econômico, gerando empregos e renda, estão sendo drenados para o rentismo e engordando o patrimônio de quem já tem muito.
Manter esse patamar de juros pode ser considerado como um crime de lesa-pátria. É inadmissível tamanha insensibilidade com a miséria brasileira.
Não dá mais para achar natural esse estado de coisas. Não foi isso que o povo escolheu nas últimas eleições. Não é só boicote. Tem cara, corpo, jeito e cheiro de má-fé!
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