Fonte: Jornal da Gazeta
Nesta quarta-feira, 8, o juiz Moro condenou José Dirceu pela segunda vez na Lava Jato. Somados, 31 anos de prisão.
Noitada da véspera no restaurante Piantella, em Brasília. Cinquenta anos de jornalismo de Ricardo Noblat, colunista e blogueiro de O Globo...
Uma Ceia entre Poderes.
Temer, presente. Aécio e Serra, do PSDB. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, Agripino, Aleluia, do DEM. Miro Teixeira, da Rede. Chico Alencar, do PSOL, entre muitos.
Ministros: Moreira Franco, Imbassay, Mendonça Filho, Osmar Terra, Roberto Freire...
Do Supremo, ministros Barroso, Gilmar Mendes e Marco Aurélio.
Dois dos Supremos com cronômetro: um saiu antes, outro chegou só depois de Temer deixar o restaurante.
Temas dominantes na feérica noite-madrugada: Lava Jato, Nova Lista do Janot, Caixa 2, prisões e alternativas.
Temer garantiu "não estar preocupado" com a Nova Lista do Janot.
Um garçom, novo no Piantella, acreditou na despreocupação de Temer.
Especula-se mais de 100 nomes na Nova Lista. Na anterior, há 2 anos, 50 políticos. Destes, do foro privilegiado só 4 já são réus.
Na Folha de S. Paulo, Walter Nunes relatou uma contribuição brasileira ao Direito universal.
De 77 da Odebrecht que delataram ao ministério público, só 5 já foram condenados; 72 podem ser presos antes da sentença. Alguns sequer têm denúncia ou inquérito.
Caixa 2: ministros do Supremo buscam entender o cipoal. Pode existir Caixa 2 do doador e do receptor. Ou Caixa 2 só numa ponta; ou só do empresário, ou só do político ou partido.
São crimes diferentes: fiscal e eleitoral. À sombra, outros crimes: corrupção, lavagem etc.
Nesse cenário, surubático segundo célebre definição do líder do governo, Romero Jucá, como imputar responsabilidades com exatidão?
No caso da ansiada Anistia, debatida nos salões do Piantella, como, da origem ao desfecho, diferenciar o que foi propina e o que foi por amor?
Entre um gole e outro, um profundo, experiente conhecedor de leis e números definiu: "Isso é um mandacaru. Não dá sombra e tem espinho".
Circulou reveladora alternativa: punição só para Caixa 2 feita em ano par. Por que ano ímpar não tem eleição.
E a pior recessão da História? À mesa, o tema não prosperou.
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