Nesta segunda, 10 dias e 146 mortos depois, Temer falou publicamente sobre a crise no Espírito Santo. Temer falou diante de jornalistas no Palácio do Planalto.
Salvo se escoltados por segurança - e assim se sabe com quem conversam - jornalistas foram proibidos de circular no 4º andar do Palácio. Onde ficam ministro e assessores.
Terminada a fala, Temer ouviu pergunta gritada por repórter: “E a censura, presidente?”.
Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, juiz em Brasília, censurou reportagem da Folha. A pedido da Casa Civil da Presidência, em nome de Marcela Temer.
Reportagem com informações sobre áudios e fotos clonados no celular da mulher do presidente.
Nesta segunda, 13, Temer negou ter havido censura.
Silvonei de Jesus clonou informações no celular de Marcela e tentava chantageá-la.
Depois condenado a 5 anos, Silvonei foi preso em 11 de Maio; operação comandada pelo então Secretario de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes.
No dia seguinte à prisão do hacker, Temer convidou para ser Ministro da Justiça... o mesmo Secretário Alexandre. Agora por Temer indicado para o Supremo Tribunal.
Alexandre será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a CCJ.
Alvos em 26 inquéritos, 10 dos 13 senadores investigados na Lava Jato estão nessa Comissão.
Inclusive quem, em áudio vazado, pregava “estancar a sangria” na Lava Jato.
Edson Lobão, também ele citado na Lava jato, preside a CCJ. Lobão, como demais, defende “Anistia ao Caixa 2”.
O juiz Moro, o procurador Janot e procuradores da Lava Jato protestam e temem ações para “estancar a sangria”.
Moro e procuradores, certamente, estão muito surpresos.
Eles, e manifestantes, nunca suspeitaram, ou imaginaram que governo dos delatados Angorá, Caju, Babel, Botafogo, Justiça, Caranguejo, entre outros, trabalharia para “estancar a sangria”.
Temer, nesta segunda, negou existir “blindagem” contra a Lava Jato. E anunciou afastamento futuro de ministros se no futuro ministros se tornarem "réus" futuros...
Nessa novela, outro núcleo reuniu Alexandre Moraes e 8 senadores. No Lago Sul, em Brasília, na chalana “Champanhe”.
Para um ensaio geral com temas a serem abordados na sabatina no Senado:
-Acusações de envolvimento com o PCC, posições em relação à Lava Jato, à legalização de drogas e à prisão em segunda instância.
A tertúlia deu-se no “Barco do Amor”, como é conhecida a chalana.
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