terça-feira, 18 de janeiro de 2022

“Lula sabe que o fator ecológico é estratégico e fundamental”, afirma Leonardo Boff

 

Para o teólogo e ecologista, Leonardo Boff, apesar do Brasil ter perdido o protagonismo nos debates sobre o tema, as eleições de 2022 serão decisivas para retomarmos o trilho do progresso ambiental: 
 
“Há uma razão importante de nós sabermos escolher, já no ano que vem, aqueles que nos vão governar e aqueles que vão cuidar da natureza, porque sem isso nós cometemos um crime contra a humanidade.” 

Foto: Divulgação

“Lula sabe que o fator ecológico é estratégico e fundamental”, diz Leonardo Boff

Do Brasil de Fato

Por José Eduardo Bernardes

Os debates sobre o clima deverão pautar os governos em todo o planeta nos próximos anos. Os desastres relacionados às alterações na temperatura da Terra têm se avolumado e colocam milhões de pessoas em risco, em geral, os mais pobres. 
 
Por isso, os acordos entre nações para barrar essas mudanças se tornaram prioridade nas mesas de negociações. Hoje, inclusive, são impeditivos para a conclusão de avanços comerciais como o, até então, estacionado acordo entre o Mercosul e a União Europeia. 
 
Para o teólogo e ecologista, Leonardo Boff, apesar do Brasil ter perdido o protagonismo nos debates sobre o tema, as eleições de 2022 serão decisivas para retomarmos o trilho do progresso ambiental: 
 
“Há uma razão importante de nós sabermos escolher, já no ano que vem, aqueles que nos vão governar e aqueles que vão cuidar da natureza, porque sem isso nós cometemos um crime contra a humanidade.” 
 
Boff, que é o convidado desta semana no BDF Entrevista, aposta que o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, soube reciclar suas propostas de governo e deve apresentar planos robustos para a proteção do meio ambiente no Brasil:
 
“Eu acho que está ocorrendo, em toda a sociedade, especialmente no líder mais importante, que é Luiz Inácio Lula da Silva, e eu posso constatar isso, porque o visitei duas vezes, levei literatura, e ele incorporou como algo estratégico, fundamental, o fator ecológico”, diz o teólogo. 

“Ele vinha da luta operária, dos direitos dos trabalhadores, o direito a comer, de terem salários melhores, mas não tinha muita sensibilidade para a natureza. Mas agora ele despertou e se deu conta que, ou salvamos nossa natureza, a riqueza ecológica que temos, ou nós não vamos ter futuro para o Brasil e para nosso povo”.
 
Na conversa, Boff também fala sobre ecossocialismo, os rumos da sociedade, o governo Bolsonaro e o papa Francisco. 
 
Talvez [Francisco] seja hoje o líder político – embora ele seja um líder religioso – mais importante da humanidade, porque ele fala às consciências dos chefes de estado, que eles têm que acolher os emigrados climáticos, aqueles que vêm da África, vem do Oriente Médio, fugindo das guerras e do extermínio”. 

Leia a íntegra da entrevista e ao vídeo no Brasil de Fato.

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