quarta-feira, 10 de abril de 2019

Weintraub, outro extremista-olavista na Educação


Do Contexto Livre:




O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub repete o discurso dos nazistas na Alemanha na década de 1930 e diz que "os comunistas" são donos dos bancos, das grandes empresas e da imprensa no país. Na Alemanha, em vez dos comunistas, o alvo de discurso similar ao de Weintraub eram os judeus. Segundo Gerd Wenzel, comentarista da ESPN Brasil e colunista da Deutsche Welle, nascido na Alemanha, o discurso  é "plágio dos anos 30 na Alemanha: é só trocar 'comunistas' por 'judeus'".

O que disse o novo ministro em palestra em 2018:

"...Os comunistas são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios..."

O que diziam os nazistas em 1930:

"...Os judeus são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios..."

Hitler atribuía os males da Alemanha ao suposto fato de os judeus controlarem os meios de comunicação e o sistema financeiro. Com isso, escolheu um bode expiatório, que se tornou alvo preferencial da perseguição nazista. Weintraub, na essência faz o mesmo. Em 1930, criou-se uma onda de antipatia e repulsa que deu condições políticas à perseguição brutal, cujo ápice foi o holocausto ou shoá, na qual morreram mais de 6 milhões de judeus. É o mesmo método, que o novo ministro agora usa contra os comunistas.

A ironia trágica é que Weintraub é judeu.

Veja o tweet de Gerd Wenzel e assista ao ministro em seu discurso:



Universidade nordestina não deve ensinar filosofia, diz novo titular do MEC

O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, avalia que universidades do Nordeste não deveriam oferecer cursos de disciplinas como sociologia e filosofia. Para ele, esses estabelecimentos deveriam priorizar o ensino de agronomia, "em parceria com Israel."

Substituto de Ricardo Vélez, demitido nesta segunda-feira, Weintraub defendeu seu ponto de vista numa transmissão ao vivo, pela internet, em setembro do ano passado. Nessa época, ele integrava a equipe que elaborou o programa de governo de Jair Bolsonaro. Discutia a peça com Luis Philippe Bragança, hoje deputado federal pelo PSL de São Paulo.

A certa altura, o agora ministro da Educação declarou: "Eu vi aqui alguns comentários do Nordeste. O plano de energia é Nordeste na veia. O plano de energia que a gente tá fazendo, fotovoltáico e eólico, é porrada no desemprego. Rápida geração de renda. E é Nordeste, por causa da questão solar."

Abraham Weintraub prosseguiu:"Em Israel, o Jair Bolsonaro tem um monte de parcerias para trazer tecnologia aqui para o Brasil. Em vez de as universidades do Nordeste ficarem aí fazendo sociologia, fazendo filosofia no agreste, [devem] fazer agronomia, em parceria com Israel. Acabar com esse ódio de Israel. Israel, nas faculdades federais, é loucura o que você escuta, né?"

Mal comparando, a ideia de privar estudantes nordestinos de determinados cursos é tão radioativa quanto outra tese que ajudou a compor o caldeirão de polêmicas que dissolveu a gestão do demitido Ricardo Vélez. O antecessor de Weintraub declarou que "universidade, do ponto de vista da capacidade, não é para todos. Somente algumas pessoas que têm desejo de estudos superiores e que se habilitam para isso entram na universidade."

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