quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Bob Fernandes e o jogo de meias-verdades, mentiras e deformações da mídia empresarial

"Como é natural, manchetes e atenção total para o caso. Por isso é útil se ver também o que não se quer percebido, desventrado.

Nas redes sociais, fúria no bando do moralismo caolho e ignaro. À menção de investigação para demais campanhas e formas de pagamento, brotam ódio, ignorância.

Espanto, perplexidade quando se vê o passivo, o passado de muitos dos que escrevem, ou bradam contra a corrupção e festejam panelas de ocasião."




Segue vídeo (e sua transcrição textual), onde o equilibrado e lúcido analista político Bob Fernandes, da TV Gazeta, comenta o que está por trás do jogo de cena midiático dos últimos dias envolvendo João Santana com um alvo preciso: Lula e o PT...







João Santana, marqueteiro do PT, preso. Prisão temporária, que vence nessa quinta, 25. Se tornada preventiva, sem prazo pra acabar, se terá pistas dos rumos da investigação.

Esse é um jogo de sombras. Há um alvo, verdades, meias verdades, e mentiras. Em relatório, delegados da Policia Federal informaram ao juiz Moro:

-Os valores referentes ao trabalho de João Santana desde 2006 totalizam 171 milhões, 552 mil...


Concluíram os delegados: "Não há, isso deve ser ressaltado, indícios de que tais pagamentos estejam revestidos de ilegalidades".

Em despacho, Moro disse:

-Ao que tudo indica os recursos foram declarados.

É óbvio o jogo de meias verdades, verdades, ou mentiras, ainda que o governo simule crer nesse relatório...

Afinal, Santana está preso.

Como é natural, manchetes e atenção total para o caso. Por isso é útil se ver também o que não se quer percebido, desventrado.

Nas redes sociais, fúria no bando do moralismo caolho e ignaro.

À menção de investigação para demais campanhas e formas de pagamento, brotam ódio, ignorância.

Espanto, perplexidade quando se vê o passivo, o passado de muitos dos que escrevem, ou bradam contra a corrupção e festejam panelas de ocasião.

Muitos, muitas, são ou foram marqueteiros, assessores, conselheiros etc. Conhecem os bons, mas também os maus hábitos desse vasto mundo.

Mundo com portas de ir e vir entre o jornalismo e a comunicação corporativa e politica.

Em campanhas, assessorias, agências de intermediação de informações e de aconselhamento, não poucas vezes o trabalho é exatamente pontificar sobre a corrupção, o Caixa II... dos adversários.

O espanto se dá quando marqueteiros, assessores, conselheiros, ou ex, surgem pontificando sobre corrupção. A alheia, a dos adversários. Jamais sobre a que vivenciaram, ou da qual se aproveitaram, se aproveitam.

Esse mundo, evidente, não é e não funciona só assim. Mas foi, é muitas vezes também assim. Hipócrita, cínico.

Não só assim, é claro, mas também assim se forma, ou se deforma, a opinião pública.

Esse é um jogo de sombras. Em busca do futuro, pode esconder o passado. Pode expor o presente. Como pode camuflar o presente.









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