Segue vídeo do comentarista politico Bob Fernandes, da TV Gazeta, sobre as manifestações, os "líderes" insufladores guardados em apartamentos, vendo de longe, São Paulo demonstrando sua aliança com o candidato derrotado, o governo empurrado para mais perto do PMDB e os interesses de Eduardo Cunha e Renan Calheiros mais interessados em salvar o próprio pescoço da lista de Janot que o governo, o desencontro proposital dos números de manifestantes do dia 13 e dia 15 e, ainda mais com o nome de suas famílias na lista do Escândalo HSBC-Swissleaks, a mídia no cerco para imposição de sua hegemonia narrativa tendenciosa....
Nas ruas e mídias, a batalha pelos corações e mentes
A "enorme multidão" na Paulista, com redundância, exibe inúmeros significados e sentimentos. Primeiro alguns dos sentimentos.
O sentimento de se opor, em São Paulo e Brasil afora, para além do governo e crises. O de "pertencimento" a um "momento histórico".
A catarse num Estado que deu 64,5% dos votos ao candidato da oposição.
Isso em meio a uma disputa, também entre classes, de parte a parte recheada de ódios e deboche no antes, durante e no depois.
Significados: nas ruas os partidos, todos, estão a reboque de movimentos e forças sociais. Os que se pode chamar de "líderes" estão nas janelas ou nos sofás, diante das telas.
Salvo uma guinada, manobra agora cheia de riscos e para a qual parecem faltar pontes sólidas, um lado das ruas de Março empurra ainda mais o governo para o colo do PMDB.
O PMDB tem a vice-presidência. O partido comanda Senado, Câmara e CPI da Petrobras. Seus líderes são investigados.
Renan e Eduardo Cunha sequestraram a pauta do Congresso. Para salvar o pescoço entregarão qualquer coisa. O mandato de Dilma se preciso for.
Por isso a batalha pelos corações e mentes nas ruas. Na confecção desse embrulho, a refrega nos números e repercussão. Na quarta-feira antecipamos aqui:
-Para domingo falam em 100 mil pessoas. Subestimam de propósito porque esperam mais e sabem do impacto que a "surpresa" provocará nas manchetes. E na repercussão.
Na sexta, com 41 mil manifestantes pró-Dilma detectados pelo DataFolha na Paulista, a opção por repisar apenas os números da PM de São Paulo: 12 mil manifestantes.
Domingo. Mesmo depois dos 210 mil apontados pelo Datafolha, a insistência apenas no "1 milhão" - da mesma PM- para embasar repercussão e análises.
Esse debate geométrico parece ocioso, mas não é.
A escolha é parte do que se move e do processo político. Não basta a multidão nas ruas. Para o antes, o durante e o depois. é preciso manter o controle, a hegemonia na narrativa.
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