Carlos Antonio Fragoso Guimarães
Seja o que for que pretenda dizer o atual presidente da Câmara dos Deputados, é bom ficarmos de olho no Congresso. Conseguimos reverter, por conta da movimentação popular, uma das aberrações de cunha, qual seja, parte do pacote de mordomias que incluía "passagem grátis" para os cônjuges dos deputados (o pacote traz outras mordomias tão caras aos cofres públicos quanto esta, mas só esta ficou mais famosa, embora não seja a única). Mas o que mais assusta é a ênfase reacionária em defender os tais "princípios evangélicos".
Ora, no meio da controversa bancada evangélica (que traz em suas fileiras tipos como Marco Feliciano), existem projetos anti-sociais e retrógrados, que vão desde a implantação da obrigação de impor, nas escolas, aulas que apresentem a estória do Criacionismo (ou seja, que se adote a metáfora do Gênesis como verdade literal), até formas mais ou menos explícitas de se financiarem cultos evangélicos com dinheiro público num estado que, ao menos nas aparências (e pela Constituição, ao menos no que dita o artigo 19), deveria ser laico, isso sem falar nas perseguições sub-reptícias em outros projetos, desde a perseguição a formas religiosas de grupos considerados "não-cristãos" (cultos afro, por exemplo) à minorias diversas.
Também assusta a tendência de extrema-direita da bancada evangélica, fortalecendo a movimentação fascistóide que vem tomando conta do Brasil com incentivo externo e da mídia interna, conturbado e alienando de caso pensado a opinião pública e dando margem a que vertentes utra-conservadoras (como o caso de Bolsonaro) acabem obtendo espaço prejudicial no meio público.
Os tais "príncípios dos evangélicos" em poderiam dar espaço aos princípios de Cristo, entre eles: amar ao próximo, não fazer aos demais aquilo que não gostaríamos que nos fizessem, a partilha (a começar por dar aos pobres boa parte da riqueza amealhada por eles), fazer boas obras, etc.
Ora, no meio da controversa bancada evangélica (que traz em suas fileiras tipos como Marco Feliciano), existem projetos anti-sociais e retrógrados, que vão desde a implantação da obrigação de impor, nas escolas, aulas que apresentem a estória do Criacionismo (ou seja, que se adote a metáfora do Gênesis como verdade literal), até formas mais ou menos explícitas de se financiarem cultos evangélicos com dinheiro público num estado que, ao menos nas aparências (e pela Constituição, ao menos no que dita o artigo 19), deveria ser laico, isso sem falar nas perseguições sub-reptícias em outros projetos, desde a perseguição a formas religiosas de grupos considerados "não-cristãos" (cultos afro, por exemplo) à minorias diversas.
Também assusta a tendência de extrema-direita da bancada evangélica, fortalecendo a movimentação fascistóide que vem tomando conta do Brasil com incentivo externo e da mídia interna, conturbado e alienando de caso pensado a opinião pública e dando margem a que vertentes utra-conservadoras (como o caso de Bolsonaro) acabem obtendo espaço prejudicial no meio público.
Os tais "príncípios dos evangélicos" em poderiam dar espaço aos princípios de Cristo, entre eles: amar ao próximo, não fazer aos demais aquilo que não gostaríamos que nos fizessem, a partilha (a começar por dar aos pobres boa parte da riqueza amealhada por eles), fazer boas obras, etc.
Vejamos sobre o avanço do obscurantismo ultra-religioso o que diz a Revista Fórum e o site Pragmatismo Político:
Eduardo Cunha promete lutar pelos 'princípios da igreja evangélica' no Congresso
Em culto evangélico, Eduardo Cunha afirmou que a “sociedade pensa como nós [os conservadores] pensamos” e que, por isso, é preciso deixar que “a maioria seja exercida, e não a minoria”. Presidente da Câmara dos Deputados prometeu ainda que lutará para que os princípios da igreja evangélica sejam “levantados e defendidos” no Legislativo.
Para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), a maioria do Brasil é conservadora. A afirmação foi feita em um culto evangélico realizado no Rio de Janeiro neste domingo (1º), no templo Vitória em Cristo.
Centenas de pessoas estavam presentes quando o deputado disse que “a maioria da sociedade pensa como nós pensamos” e que é preciso deixar que “a maioria seja exercida, e não a minoria”, fazendo clara referência a pautas progressistas e da causa LGBT, que historicamente se posiciona de maneira contrária.
“Não sou eu que não vou deixar a pauta progressista andar, não sou eu que sou conservador. A maioria da sociedade pensa como nós pensamos. É só deixar que a maioria seja exercida, e não a minoria”, afirmou, adicionando ainda que os órgãos de imprensa costumam dar “cobertura maior” aos ativistas gays.
Deixando de lado o princípio do Estado laico, Cunha seguiu prometendo mostrar “aquilo que o evangelho exerce” e lutar para que os princípios da igreja evangélica sejam “levantados e defendidos” no Legislativo.
Essa influência direta da religião dentro da Câmara, por influência de seu presidente, já acontece de forma direta há algum tempo. Todas as sextas-feiras o parlamentar conduz, na Casa, uma cerimônia religiosa com outros deputados.
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