sábado, 17 de agosto de 2013

Advogados criticam postura arrogante e absolutista de Joaquim Barbosa


Em nota pública, o Instituto de Defesa do Direito de Defesa sustenta que a "conduta do ministro (Joaquim Barbosa), na última sessão plenária do STF (quinta feira, 15), revela seu desprezo a argumentos diversos e à necessária contraposição de ideias em regime democrático".

Vejamos primeiro, o motivo e, em seguida, a nota pública do IDDD sobre a postura arrogante, mas midiaticamente cultivada, de Barbosa:



A grosseria imbecilizante de Joaquim Barbosa


Por Assis Ribeiro
O pau quebrou
O ministro Lewandowski demonstrou que o acordo para recebimento do dinheiro (pelo PL) foi em 2002, portanto na vigência de lei anterior (menos rigorosa) e o réu Carlos Rodrigues foi condenado pelo crime de corrupção passiva pela lei posterior a de 2002, Barbosa se irritou .
Lewandowski demonstra que o acordão estava errado, e que a própria denúncia fala que a reunião foi em 2002.
Barbosa e Fux falam que o tema já tinha sido decidido, Lewandoswki apenas lembra a todos que embargos declaratórios servem exatamente para isso, para possibilitar reflexões quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão, e que decisões podem ser mudadas.
Barbosa afirma que a decisão foi unânime.
Lew pergunta para que servem os embargos
Barbosa diz que não servem para arrependimento de ministro.

Barbosa desqualifica Lew e diz que a Corte não pode perder tempo com chicana.
Lewandowski respondeu: "Chicana? Vossa Excelência está me acusando de fazer chicana? Peço que se retrate".
Barbosa diz: "Não vou me retratar".
O pau quebra e feio
Mais um episódio imperdível e lamentável.
Barbosa violentamente encerra a sessão.
Triste, muito triste
A continuar desta forma, na etapa dos Embargos Infringentes, que promete ser bem mais calorosa, os senhores ministros precisarão convocar para plantão o serviço médico , o corpo de bombeiros e quiçá alguns psiquiatras.
Por Ktae
Para quem não viu, segue o vídeo no youtube sobre esse incidente:

Entidade de advocacia repudia postura de Joaquim Barbosa


Instituto de Defesa do Direito de Defesa diz que conduta de Barbosa em sessão do STF 'revela desprezo a argumentos diversos e à necessária contraposição de ideias em regime democrático'
Fausto Macedo - O Estado de S. Paulo
O Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), entidade da advocacia, repudiou nesta sexta feira, 16, “a postura do presidente do Supremo Tribunal Federal”, ministro Joaquim Barbosa, na retomada do julgamento do mensalão.
Em nota pública, o IDDD sustenta que a "conduta do ministro (Joaquim Barbosa), na última sessão plenária do STF (quinta feira, 15), revela seu desprezo a argumentos diversos e à necessária contraposição de ideias em regime democrático".


Barbosa se envolveu em um entrevero com o ministro Ricardo Lewandowski. A sessão foi encerrada.
Para o IDDD, a atitude de Barbosa, "de franco desprezo e ofensas aos que opinam de modo diverso”, deveria ser repelida em público pelos demais ministros.
Leia a íntegra da nota, subscrita pelo diretor presidente do Instituto, advogado Augusto de Arruda Botelho.
"Nenhum debate sob a égide do regime democrático pode desmerecer argumentos nascidos no debate, ou seja, do choque de ideias. Posições sobre um caso criminal devem nascer depois que aquele que se posiciona, supera, a contento, os argumentos dos que pensam de modo diverso.
Os episódios, mais uma vez protagonizados pelo Presidente do Judiciário - que parece ter sérios problemas com a magistratura brasileira - revelam e transportam os que assistem aos julgamentos às arenas militares, único lugar em que os dirigidos devem se calar diante do líder.
Tal postura, de franco desprezo e ofensas aos que opinam de modo diverso, mesmo sendo iguais em função, deve ser imediatamente repelida, em público, pelos demais Ministros. A maioria serve para isso.
Caso contrário, reviveremos um tempo de métodos que não queremos mais."

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