sábado, 17 de setembro de 2011

A quem serve, de fato, a "ciência" da economia?





"A economia atual caracteriza-se pelo enfoque reducionista e fragmentário típico da maioria das ciências sociais. De um modo geral, os economistas não reconhecem que a economia é meramente um dos aspectos de tod um contexto ecológico e social: um sistema vivo composto de seres humanos em contínua interação e com seus recusos naturais, a maioria dos quais, por sua vez, também constituída de organismos vivos. O erro básico das ciências sociais consiste em dividir essa textura em fragmentos supostasmente independentes, dedicando-se a seu estudo compartimentalizado, em departamentos universitários separados. Assim, os cientistas políticos tendem a negligenciar as forças econômicas básicas, ao passo que os economistas não incorporam em seus modelos as realidades sociais e políticas. Essas abordagens fragmentárias tambvém se refletem no governo, na cisão entre política social e econômica (...).

"A evolução de uma sociedade, inclusive a evolução do seu sistema econômico, está intimamente ligada a mudança no sistema de valores (filosófico, éticos, sociais) que serve de base a todas as suas manifestasções. Os valores que inspiram a vidade de uma sociedade determinarão sua visão de mundo, assim como as instituições religiosas, os empreendimentos científicos e a tecnologia, além das ações políticas e econômicas que a caracterizam. Uma vez expresso e codificado o conjunto de valores e metas, ele constituirá a estrutura das percepções, intuições e opções da sociedade para que haja inovação e adaptação social. À medida que o sistema de valores culturais muda , surgem novos padorões de evolução cultural"

Fritjof Capra

Cabe, aqui, a pergunta: a atual economia, profundamente ligada ao mercado financeiro controlado por uma minoria de pessoas, cujos valores políticos se expressam bem em aberrações como Bush, como o Tea Party, como o FMI, possui um conjunto de valores compatível com a vida ou, ao contrário, a uma visão tecnicista que tenta justificar a exploração de muitos para o benefício de bem poucos?

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