Correição revela “indícios consistentes” da prática de delitos nos palcos da extinta Operação Lava Jato. Juíza e desembargadores já foram afastados nesta segunda-feira
Do Jornal GGN:
O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, incluiu na pauta desta terça-feira (16) o julgamento da correição extraordinária feita na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), principais palcos da Operação Lava Jato em primeira e segunda instâncias. A sessão começa às 10h.
A inspeção foi determinada em maio de 2023 pelo corregedor-geral de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, após uma série de reclamações apresentadas contra juízes e desembargadores que atuaram na extinta força-tarefa. No último dia 1, o procedimento foi concluído.
Em setembro passado, o CNJ divulgou um relatório parcial da inspeção, que apontou para a “gestão caótica” de recursos bilionários, oriundos de multas aplicadas aos réus da Lava Jato em acordos de leniência e delação premiada fechados com o Ministério Público Federal (MPF).
Agora, atores envolvidos na investigação afirmam que a conclusão da correição aponta “indícios consistentes” da prática de delitos que precisam ser apurados.
Entre os principais nomes implicados está o do ex-juiz titular da 13ª Vara e hoje senador, Sergio Moro (União-PR). Salomão já adiantou que deve pedir a instauração de um inquérito criminal contra o político.
Também está no centro das investigações a juíza Gabriela Hardt, que atuou como substituta de Moro e foi afastada do cargo em decorrência do processo, nesta segunda-feira (15).
Além de Hardt, Salomão afastou os desembargadores Thompson Flores e Lorari Flores, ambos do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e o atual juiz da 13ª Vara Federal, Danilo Pereira Junior, que também atuou na 8ª Turma do TRF-4.
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