Um pouco de informação histórica para arejar a mente de inversões midiáticas. Cito um trecho de excelente artigo do jornalista Hélio Fernandes, Jornal Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 16/03/2010:
Na primeira eleição direta depois da ditadura de 64, em 1989, houve a inversão. Como Collor era de um estado pequeno, teve de colocar um vice de São Paulo ou Minas Gerais, optou por Minas e Itamar Franco. Houve o impeachment, o primeiro da história, Itamar assumiu, patrocinou a catástrofe FHC, da qual se arrepende até hoje.
FHC, o homem do retrocesso de “80 anos em 8”, além da incompetência congênita e adquirida, liquidou (pagando à vista em dinheiro) uma das cláusulas pétreas da Constituição, se REEELEGEU. E estabeleceu uma nova realidade da qual ninguém quer se “livrar”. A lógica, vá lá, depois da “violação FHC”, é a tentativa do terceiro mandato. (Que ele mesmo tentou, não conseguiu).
Como agora, em caso de impedimento, renúncia ou incapacidade médica, o vice assume e cumpre o resto do mandato, existem mais candidatos a vice do que propriamente a presidente. Serra, (a sua pergunta é sobre ele) pode voltar à rotina ou sistemática que vigorou até 1930. Um paulista ou mineiro, com um nordestino na vice.
O próprio Serra, em 2002, tentou ressuscitar a fórmula, convidando Jarbas Vasconcellos para seu vice. Governador de Pernambuco, Jarbas aceitou, dependendo do seu vice, “Mendoncinha”, (que apresentou a emenda de reeeleição de FHC), renunciar. Jarbas não tinha confiança nele, o vice acreditava que o governador aceitaria ser vice de Serra favorito. Errou, Jarbas ficou, agora é senador até 2014.
Serra, se não puder compor a “chapa pura”, Há!Ha!Ha!, pode convidar o ex-governador de Pernambuco, que aceitará na hora
E se o governador de São Paulo confirmar a candidatura e Aécio também confirmar que não aceita, quem ficará na vez? A chapa quase formada (com o DEM) era Serra-Arruda. Mas Serra é tão sortista, que já conversava com ele, (e a liderança do DEM) quando Arruda foi preso. Serra se desligou a passou a dizer: “Arruda, nem sei quem é”.
Os candidatos são muitos, a vice é muito cobiçada, desejada e esperada. Como na História do Brasil, a partir do golpe militar de 15 de novembro de 1889, existe quase sempre o mesmo número de presidentes que terminaram o mandato e de vices que assumiram, a esperança é compreensível.
Lula Está terminando o segundo mandato, nos dois, sem o PMDB na vice. Em 2002 e 2006, o PMDB já era o maior partido do Brasil e não fez exigência da nomenclatura, que palavra, não se importava de indicar o vice, como não indicou mesmo.
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