segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Espíritas e demais cristãos serão o “gado” de manobra de Bolsonaro? Por Ana Cláudia Laurindo

 


Como protagonista de uma noite de terror nas páginas da história brasileira, levantando dos túmulos da civilidade discussões antiecológicas e a banalização do trabalho infantil, entre outras atitudes reprováveis, Bolsonaro não encontra afeto entre os pensantes, libertários e humanistas.



Do Site Repórter Nordeste:


O apelo não fala ao cérebro, mas pode ecoar na crença cega dos desavisados, alimentando o misticismo oportunamente criado pelos subcristãos bolsonaristas.

Obviamente, nós que somos cristãos e cidadãos críticos, não discordamos do fato relativo à necessidade do abraço de Jesus aos espíritos atormentados, criminosos e até mesmo aos trevosos das regiões abissais.

Contudo, a imagem trabalha aquela intencionalidade de manter “manadas” religiosas fanáticas pelo presidente devasso, que expele ódio contra o bem estar social e toda forma de elevação cultural e humanitária, discursando na base primária dos moralismos com chavões em desuso, mas que chegam aos lares simplórios enquanto os arcaicos disparam mensagens.

Como protagonista de uma noite de terror nas páginas da história brasileira, levantando dos túmulos da civilidade discussões antiecológicas e a banalização do trabalho infantil, entre outras atitudes reprováveis, Bolsonaro não encontra afeto entre os pensantes, libertários e humanistas.

Seu reduto mais resistente é este composto por ditos cristãos, assépticos em concepções sociais, ahistóricos, e capazes de empunhar armas em nome de Jesus, este mesmo ao qual rogam proteção e muito amparo para o presidente que elegeram.

Esquecem porém, de rogar pelas vítimas que já acumulam percentual altíssimo em apenas 6 meses de governo, incluindo neste bojo a generalidade dos consumidores de agrotóxicos, que recebemos um acréscimo de mais de cem tipos.

É tempo de despertar da letargia classista que induziu o voto. É hora de perceber que não é mais direita e esquerda, apenas; é humanidade ou barbárie, vida ou morte, saúde ou doença, república ou colônia, inteligência ou incapacidade cognitiva.

Aos cristãos, o mesmo Jesus que alertou para que não tivéssemos cuidado com os falsos profetas, também nos falou que não esperemos colher uvas nos abrolhos.

Bolsonaro é a árvore espinhosa que nega alimento a vida.

Jesus é a referência luminosa que pode abrir os olhos aos cegos de boa vontade.

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