Chefe da Anistia Internacional na Alemanha quer que direitos humanos entrem na agenda de cooperação econômica
Markus Beeko. Foto: Aliança Internacional/M. Skolimowska
Jornal GGN - O secretário-geral da Anistia Internacional (AI) na Alemanha, Markus Beeko, está preocupado com a piora das condições dos direitos humanos no Brasil, logo após a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista à agência de notícias AFP, divulgada nesta segunda-feira (31), ele afirmou que, em 2018, a entidade registrou um aumento significativo de ataques contra ativistas de direitos humanos no país.
Entre os exemplos, está o assassinato Marielle Franco, no Rio de Janeiro, em março, juntamente com o motorista Anderson Gomes. A vereadora denunciava casos de violência policial. "Neste contexto, todos os Estados têm o dever de apoiar a sociedade civil no Brasil nos próximos meses”, pontuou Beeko. O secretário-geral destaca que, durante o período de vida pública, Bolsonaro fez repetidamente "anúncios e ameaças (...) bastante vigorosos" racistas e homofóbicos:
"Tememos um aumento da violência, assim como um agravamento da difamação, criminalização e estigmatização sociais", alertou, completando que o crime organizado vêm "operando em um clima de impunidade no Brasil nos últimos anos", o que tende a aumentar, baseando-se nos discursos de Bolsonaro que reforçam e autorizam a atuação violenta e impunidade.
Beeko sugere que os países que apoiam a AI aumentem o envio para o Brasil de observadores e também que a comunidade internacional faça uma lista com temas de possíveis violações do novo governo brasileiro no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
"Talvez isso proteja a sociedade civil de forma limitada, mas estes são sinais importantes", completando que o respeito aos direitos humanos entre na agenda da cooperação econômica entre os países.
*Com informações do DW Brasil
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