sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Neoliberalismo desfez em dois anos a ascensão social de seis. Artigo de Fernando Brito


Do Tijolaço:

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Bruno Villas Bôas, na edição de hoje do Valor, usa números da consultoria Tendências para dar visibilidade ao desastre que representa a adoção, desde Joaquim Levy, do receituário neoliberal para o Brasil.
O quadro  acima tem por base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e estatísticas da Receita Federal, para considerar dados dos ganhos do trabalho e os financeiros. Mostra, claro, que no período desenvolvimentista dos Governos Lula e Dilma, quase 13 milhões de famílias brasileiras subiram de classificação em “classes sociais”, mesmo usando renda como o único critério para esta classificação.
Mesmo com o ingresso de  um milhão de novas famílias ao ano, estimado nos cálculos, o número de famílias pobres (classes D/E, com renda familiar inferior a R$ 2.300 mensais) diminuiu em 3,28 milhões naquele período. Em dois anos de políticas recessivas e de arrocho, aumentou muito mais (4,1 milhões) do que havia diminuído em seis.
É claro que os “analistas” acham que a crise passou, com base nos dados de redução de desemprego e de queda da inflação. Claro, também, que não levam em conta que isso se dá, essencialmente, com o crescimento do trabalho informal que, mesmo mal remunerado, faz crescer a massa de rendimentos totais.
Mesmo assim ( e espertamente deixando de fora 2017 e 2018) prevêem que será necessário esperar até 2026 para retomar-se o patamar de 2012.
14 anos, portanto.
Mais ou menos o tempo de uma sentença do Dr. Sérgio Moro.

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