domingo, 12 de janeiro de 2014

O Fim do Materialismo e a emergência do espiritual e do psíquico

O novo livro do Pesquisador Psi e escritor Charles T. Tart demonstra os avanços sutis na área das pesquisas psíquicas dos últimos anos e o quão infantil é a visão de mundo mecanicista ainda imperante.


Charles T. Tart, nascido em 1937, é um reconhecido psicólogo e engenheiro norte-americano que, por suas pesquisas, tornou-se a maior autoridade viva sobre a questão da consciência humana e sobre o alcance da Parapsicologia. Seus artigos e livros são considerados alguns dos melhores em ambas as áreas e seu trabalho ajudou a desenvolver a chamada Psicologia Transpessoal. Dois de seus livros tornaram-se textos clássicos: Altered States of Consciousness, de 1969,  e  Transpersonal Psychologies, de 1975.

                Ao lado de Lawrence LeShan, Stanislav Grof, D. Scott Rogo e Sam Parnia, Tart (foto) constitui em um dos autores indispensáveis e mais sérias no controvertido e ainda pouco conhecido, como se deve, universo da Parapsicologia. 
De fato, sua autoridade é tão grande que pretensos parapsicólogos de gabinete, à exemplo do folclórico Pe. Quevedo, o citam constantemente, muito embora Tart tenha desmentido as alegações de Quevedo sobre supostas afirmações nunca feitas pelo pesquisador americano sobre os experimentos de Rhine na universidade de Duke (e que, segundo a fantasia de Quevedo, teriam provocados distúrbios mentais em voluntários). O desmentido foi feito em carta ao pesquisador brasileiro Wellington Zangari que a publicou por meio de site da PUCSP (clique aqui para ler), aproveitando a mesma para por abaixo as pretensões quevedianas a um auto-reconhecimento internacional que não existe.

                O novo livro deste pesquisador, O Fim do Materialismo, constitui-se em um compêndio de pesquisas efetuadas nas últimas cinco décadas sobre a realidade dos fenômenos de PES (Percepção Extra-Sensorial) e outros, incluindo casos de comunicação com mortos, que apontam para, ao menos, as limitações canhestras da visão de mundo mecanicista ainda atuante e ao cientificismo puramente reducionista adotado por parte da comunidade cinetífica e leiga.  Tart, em seu livro, discorre sobre pesquisas discretas, mas muito bem feitas, ocorridas em dezenas de universidades dos Estados Unidos e em outros países, demonstrando que há no homem algo mais que um feixe de impulsos de natureza estritamente auto-conservativa, de natureza sexual e/ou agressiva. 

               O texto faz uma defesa convincente das limitações paradigmáticas, propondo a união possível da ciência com o estudo psi, e mesmo da espiritualidade, sem cair no ridículo do misticismo ou do teísmo convencional, as numa forma racional e vivencial de expansão dos limites paradigmáticos que, de resto, é corolário próprio da Psicologia Transpessoal. Portanto, a leitura de “O Fim do Materialismo” é algo que se torna obrigatório às mentes inteligentes e curiosas que não se deixam acomodar nem pela proposta materialista e muito menos se sente confortável diante da ingenuidade do pensamento religioso ainda existente.

Carlos Antonio Fragoso Guimarães

Um comentário:

  1. Elogios a esta obra são incompatíveis com seu apoio ao ateísmo. Essa palavra, ateísmo, empregada sem ressalva, é reducionista. Aqui vc está se revelando um verdadeiro deísta. Por coincidência, alguém já havia me sugerido este livro. Fiquei interessado, mas estou com muitas leituras em andamento, como por exemplo "A privataria tucana". Tenho também um blog. Se tiver curiosidade visite www.equilibriodistante.com

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