quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Especulação Imobiliária: as construtoras e empresários comprando políticos, erguendo feias muralhas e acabando com o meio-ambiente




Carlos Antonio Fragoso Guimarães


  Em nome do "desenvolvimento econômico" e do "progresso" - eufemismo utilizado para maquiar interesses outros nunca benéficos à maioria, mas sumamente vantajoso a uma minoria - , a especulação imobiliária avança sobre o verde, impede a circulação do ar, estimula o consumismo padronizado, compromete a qualidade de vida dos moradores anteriores, dizima a historia e ajuda a destruir a cultura de uma cidade.



Grandes construturas enriquecem fabulosamente especulando, comprando políticos, controlando a propaganda e enfeiando a paisagem com espigões frios de concreto e vidro, ruas com o preto asfalto e a valorização do poder econômico em detrimento da qualidade de vida para todos....


Enquanto a sociedade não se mobilizar, o poder das empreiteiras, igualmente aos industriais, irá mecanizar e desvirtuar a democracia pela facilidade em lucrar, pelo enorme poder econômico a impor lobbies, e a qualidade de vida, destruindo o patrimônio histórico, as paisagens naturais, o verde, os nichos ecológicos e ajudando a aumentar a temperatura nas cidades....

Preços de imóveis - algumas vezes, surreais - nas cidades do Brasil, em especial no litoral do Nordeste, tiveram um acréscimo absurdo nos últimos anos, muitas vezes separados da realidade do poder aquisitivo da população local - o que indica não só a especulação em si, mas também a lavagem de dinheiro do crime e da corrupção política, como no caso do massacre de Pinheirinho, em São Paulo, ou do ataque destrutivo de um prefeito ridículo ao terreno do Aeroclube da Paraíba em favor dos espigões de interesse dos mega-especuladores e do novo "dono" da cidade de João Pessoa, o proprietário do Manaíra Shopping -, juntamente com uma pressão publicitária constante, levam muitos a se endividarem comprando seus "apartamentos dos sonhos" e as mais discretas casas, com seus espaços familiares, são profundamente atacadas para serem destruídas dando espaço à construção de novos espigões padronizados... O foco é o máximo de lucros imediatos em cima da exploração do individualismo sem levar em conta as repercussões sócio-ambientais dos projetos imobiliários especulativos. É o paradigma plutocrático neoliberal expresso na Selva de Pedra, que atualmente destrói mais que ergue coisas belas...

Sobre o poder destrutivo do dono do Manaíra Shopping e da "cidade", Roberto Santiago, em seus interesses capitalistas e ambientalmente destrutivos, veja a matéria "Roberto Santiago e Luciano Agra se unem para matar o Rio Jaguaribe". Sua sanha plutocrática e rios de dinheiro, no caso da "permuta" efetuada com o Governador do Estado para adquirir um terreno valioso e nele construir um novo Shopping, em Magabeira, agora destrói quilômetros de mata, destruindo o meio de micos, aves e outros animais inocentemente "despejados", fora as famílias menos abastadas vizinhas ao empreendimento, condenadas a respirar poeira e se verem ameaçadas para que se cumpram os desejos do "midas do Shopping". As consequências gerais, que poucos querem ver, se fazem sentir em vários níveis, como expresso no desenho críticos apresentados logo mais, abaixo


Cada vez mais a "coisificação", a especulação, a manipulação de consciências e alienação humana, levando ao estresse, à violência e à mecanização, se expressa na homogenização, verticalização e artificialismo das construções impessoais e frias das cidades sem vida, poluídas e caóticas de hoje.


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