Sociólogo afirma que a adesão incondicional dos governos a Israel não está sintonizada com as anseios dos povos
247 – Em uma entrevista a concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos expressou suas opiniões sobre o conflito israelo-palestino e a postura europeia de adesão incondicional a Israel. Sousa Santos não hesitou em classificar a situação na Palestina como um "genocídio", atribuindo a responsabilidade a Benjamin Netanyahu, a quem ele rotulou como "um criminoso de guerra". Suas palavras refletem a seriedade da situação humanitária na região, particularmente em Gaza, onde os recentes conflitos resultaram em inúmeras vítimas civis.
O sociólogo também criticou a Comissão Europeia, afirmando que "todos os europeus estão silenciados" e que deram "um cheque em branco" a Israel para reprimir os palestinos. Ele argumentou que a postura europeia reflete um alinhamento automático com as posições dos Estados Unidos, o que, segundo ele, fortalece as forças de extrema-direita na Europa.
Sousa Santos enfatizou que o que está ocorrendo na Europa é "uma sequência linear do que aconteceu na Ucrânia" e que isso é mais um sinal da decadência do Ocidente. Ele observou que o apelo à paz vem quase que exclusivamente do Sul Global, sugerindo um desequilíbrio nas posições globais em relação ao conflito.
O sociólogo destacou a dissonância entre os governos europeus e suas populações, afirmando que "os povos europeus estão contra a guerra na Palestina". Isso sugere um contraste entre as políticas dos governos e as opiniões públicas em relação ao conflito.
Antissemitismo e Controle da Informação – Sousa Santos abordou a complexa questão do antissemitismo, afirmando que "qualquer crítica a Israel é rotulada como antissemitismo" e mencionou ter sido acusado de antissemitismo apesar de seu histórico de apoio ao povo judeu. Ele também destacou a crescente dificuldade do governo israelense em controlar a informação.
O sociólogo enfatizou que a Palestina é uma situação colonial e que Israel é um país colonial, enfatizando a necessidade de reconhecer essa realidade. Ele também mencionou o domínio do grande capital nos meios de comunicação social, sugerindo que o dinheiro exerce uma influência significativa na narrativa do conflito. A entrevista de Boaventura Sousa Santos oferece uma perspectiva crítica e diversificada sobre o conflito israelo-palestino, as respostas europeias e a complexidade da situação. Assista:
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