domingo, 5 de julho de 2020

Editor do Correio Braziliense diz que, diante do bolsonarismo e sua ação contra o Covid-19, Brasil fracassou como nação





Em artigo, Carlos Alexandre analisa os diversos responsáveis pela tragédia causada pelo vírus no Brasil, e diz que “país não está nem aí”

Reabertura da feira da avenida Eduardo Ribeiro, que tem o apoio da Prefeitura de Manaus. Foto: Ione Moreno – Semcom/via fotospublicas.com
Jornal GGN O Brasil decidiu mostrar sua cara pouco mais de três meses depois que o novo coronavírus matou 63 mil pessoas – um indicador que supera (e muito) o total de vítimas por mortes violentas no ano, que oscila em torno de 41 mil segundo dados recentes.
editor de política do jornal Correio Braziliense, Carlos Alexandre, usou o espaço do jornal para discorrer a respeito do comportamento do país durante a pandemia, e afirma que todo o trabalho dos médicos e profissionais da saúde, além de todas as medidas de cuidado constantemente divulgadas, perde o sentido quando parte da população decide abraçar o vírus.
“Pouco importa se as pessoas ficarem doentes; se morrerem. A morte, a miséria e a desigualdade sempre estiveram presentes no cotidiano brasileiro, muito antes da chegada da covid-19. Não será uma mera gripe que nos despertará o senso de coletivo, que nos aproximará, que encurtará o distanciamento social da realidade brasileira”, diz Alexandre.
“O Brasil de hoje é um país que escolheu os piores caminhos para enfrentar a pandemia. Fracassamos no desafio de agir como nação. Mostramo-nos incapazes de enxergar um propósito coletivo a ser alcançado, que precisa da colaboração de todos. Em vez de se buscar a cooperação, insistimos em alimentar rivalidades. Ficamos restritos à nossa mesquinhez, ao nosso obscurantismo, à nossa arrogância de achar que só têm razão aqueles que pensam como nós”.
Dentre os erros cometidos pelo país, o articulista destaca a abordagem equivocada por parte das autoridades, que priorizou a economia em detrimento das pessoas, além das sucessivas crises políticas. Tudo isso deixou a saúde pública em segundo plano, ao ponto de se achar algum alívio quando a média de mortes a cada 24 horas fica em torno dos 1000 óbitos – equivalente a cinco acidentes da TAM todos os dias.

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