Miliciano morto na Bahia é citado nas investigações da morte de Marielle Franco e do esquema de ‘rachadinha’ no gabinete de Flávio Bolsonaro
Jornal GGN – Morto na manhã deste domingo, o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como “capitão Adriano”, estava convencido de que queriam matá-lo. Nos últimos dias, tanto ele quanto sua esposa relataram que tinham certeza de que havia um plano de “queima de arquivo” em curso contra o ex-policial militar.
Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, o ex-capitão do Bope nunca havia falado diretamente com seu advogado, Paulo Emilio Catta Preta, até a quarta-feira passada, quando entrou em contato com ele mostrando preocupação com os últimos movimentos da polícia, e relatando que tinha “certeza” de que queriam matá-lo para “queimar arquivo”. A viúva do miliciano também fez o mesmo relato.
Foragido desde a Operação Os Intocáveis, que em janeiro do ano passado prendeu a cúpula do Escritório do Crime, Adriano estava na Bahia e chegou a escapar da polícia no dia 31 de janeiro deste ano, quando os agentes foram à casa em que ele estava escondido até então.
Apontado como chefe do Escritório do Crime, grupo que atua na zona oeste do Rio, Adriano é citado nas duas investigações de maior repercussão do Ministério Público fluminense: a da morte da vereadora Marielle Franco e a que apura o suposto esquema de “rachadinha” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual.
Quando foi morto, Adriano estava na zona rural da cidade baiana de Esplanada. Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Bahia, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública encontraram o foragido.
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