domingo, 19 de janeiro de 2020

Sobre Roberto Alvim, Olavo de Carvalho, nazismo, Israel e o que de fato ocorreu nesse país presidido por um sujeito expulso do Exército, por Lucia Helena Issa


Jair Bolsonaro não demitiu Roberto Alvim porque ama a democracia ou os direitos humanos

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por Lucia Helena Issa, jornalista, escritora e embaixadora da paz por uma organização internacional no GGN

O que de fato  aconteceu ontem nesse triste país presidido por um-nazifascista-expulso-do-exército-que-homenageia-torturadores-é um discípulo de Olavo de Carvalho-o psicopata-que-ensina-que-nazismo-é-de-esquerda-que-as-Cruzadas-foram-feitas-por-bondade-e-que-a-ditadura-brasileira-matou-pouco-e-foi-muito-humana?
1) Jair Bolsonaro não demitiu Roberto Alvim porque ama a democracia ou os direitos humanos, ou porque se envergonha de manter um nazista entre seus homens de confiança.
Ele o demitiu porque foi forçado a isso pela Confederação Israelita do Brasil e por Israel, um  país de apenas 70 anos de existência que se tornou um dos maiores violadores de direitos humanos do mundo, um país assustadoramente sionista que já matou milhares de mulheres e crianças palestinas e que é hoje uma das principais “referências morais” de Jair Bolsonaro.
2) Tudo em Roberto Alvim é falso ou plagiado, não apenas o discurso horrendo em que copiou um parágrafo inteiro de Joseph Goebbles (e não apenas uma frase, como ele afirma), mas até mesmo seu nome. O nome verdadeiro de Alvim é ROBERTO REGO.
3) O Nazismo jamais foi de esquerda, como afirmou Bolsonaro na saída do Museu do Holocausto em Israel, causando imensa indignação no diretor do Museu e em israelenses que lutam pela paz. Escrevi inúmeros artigos sobre isso e uma das maiores provas disso é que as maiores vítimas do Holocausto foram os judeus, os comunistas, as mulheres e os Homossexuais.
4)  O Nazismo, para quem nunca leu livros de história europeia básica, como Olavo de Carvalho, só foi derrotado pela União Soviética, e não pelos norte-americanos. Só foi derrotado quando Hitler invadiu a União Soviética em pleno inverno. Milhões de mulheres e homens russos perderam suas vidas lutando contra o Nazismo. Estive no ano passado em Moscou e centenas de imagens, documentos e monumentos comprovam essas mortes históricas. Exatamente por isso, a Alemanha e uma parte da Europa passaram para o domínio soviético depois da II Guerra Mundial. Não foram os americanos que derrotaram Hitler, como afirmam os boçais seguidores de Olavo de Carvalho, mas os soviéticos. Isso é um FATO, não uma opinião.
5)  Alvim estaria PRESO na manhã de hoje se vivesse na Alemanha por apologia ao nazismo.
6) O projeto de poder de Bolsonaro, excludente, racista, pleno de ódio e nefasto, é muito mais perigoso para o Brasil do que um sujeito como o pseudo Roberto Alvim (na verdade, Roberto Rego) .
7) O novo  projeto  “cultural” de Bolsonaro (que tem Olavo de Carvalho como seu mentor absoluto) de premiar com milhões de reais ‘artistas’  que reescrevam a história do Brasil glorificando torturadores e ditadores, demonizando os muçulmanos, e as religiões afro-brasileiras, demonizando a Teologia da Libertação, justificando a perseguição religiosa, justificando a exclusão e o racismo, permanece de pé e é muito mais perigoso para o Brasil do que o despreparado e pseudo cristão Roberto Alvim, ou melhor, Roberto Rego.
Lucia Helena Issa é jornalista, escritora e embaixadora da paz por uma organização internacional. Foi colaboradora da Folha de S.Paulo em Roma. Autora do livro “Quando amanhece na Sicília”. Pós-graduada em Linguagem, Simbologia e Semiótica pela Universidade de Roma. Atualmente, vive entre o Rio de Janeiro e o Oriente Médio e está terminando um livro sobre mulheres palestinas que lutam pela paz.

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