Da TV Gazeta:
Na noite desta quarta-feira, 17, no jornal O Globo, o colunista Lauro Jardim publicou informação que joga Temer e seu governo no chão. Notícia de extrema gravidade.
Joesley e Wesley Batista, donos da JBS (Friboi) gravaram o presidente Temer dando aval para comprar, por R$ 5 milhões, o silêncio de Eduardo Cunha. Que está preso.
Esse dinheiro era entregue ao doleiro Lucio Funaro, braço direito do ex-presidente da Câmara.
Ao ser informado pelos empresários sobre o pagamento Temer disse, segundo o Globo:
-Tem que continuar isso, viu?
A conversa foi gravada num celular.
Temer indicou o deputado Rodrigo Loures (PMDB-PR) para resolver problemas da JBS no governo.
E Loures, o deputado indicado por Temer, foi filmado pela Polícia Federal ao receber da JBS/Friboi uma mala com R$ 500 mil.
O senador Aécio Neves, presidente do PSDB, foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley.
Dinheiro esse entregue a um primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, e depositado na conta de uma empresa do Senador Zezé Perrela, do PMDB mineiro.
Essa história estraçalha o que restava de Temer e seu governo.
Até então, com menos de 10% de popularidade, governo mantido pelo Dinheiro Grande e pelas manchetes.
Os que, inclusive no Supremo Tribunal e TSE, tramavam para manter Temer na presidência, apesar de tudo que já se sabe sobre Temer e seu grupo, perdem qualquer condição de fazê-lo.
Essa bombástica notícia, pela sua dimensão e alcance, altera de maneira radical muito do que estava a caminho.
Seja na Lava Jato, na votação das Reformas da Previdência e Trabalho, seja nas conversas sobre 2018, tudo cobrará tempo para rearrumação.
E entrará em pauta, inevitável e imediatamente, a eleição de um novo presidente.
Como realiza-la, em que prazo, como se dará eventual saída de Temer?
Temer que, para escapar dos protestos, na noite desta quarta teve que sair do Palácio pela porta lateral.
Pela regra, Rodrigo Maia assume por 30 dias.
Rodrigo, presidente da Câmara, é o “Botafogo” segundo delações da Odebrecht.
O senador Eunício Oliveira, presidente do Senado e segundo na linha sucessória, seria o “Índio”, de acordo com delações da mesma Odebrecht.
Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal, é a terceira na linha da sucessão.
Em um mês o Congresso teria que eleger novo presidente, se e quando Temer cair ou renunciar. Há dúvidas legais sobre de que forma se daria a eleição.
Temer, Aécio e tantos dos demais envolvidos...
...quem quer que tenha embarcado nessa canoa dias depois da eleição de 2014 esqueceu-se de velha e importante lição deixada pela Revolução Francesa...
...Robespierre foi guilhotinado no final.
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