quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Bob Fernandes sobre a PEC 241 e as frases que revelam um tempo... negro....





Certas frases, mais ainda as que escapam à vigilância, se tornam tomografias de um Tempo, de seus líderes e seus próximos.

Aprovada na Câmara a PEC 241, que limita investimentos públicos por 20 anos, Temer discursava. E deixou escapar:

-O Brasil não é só de gente como nós...

E, concluiu o presidente da República:

-(No Brasil)... existe gente pobre...

Esse é um Tempo em que se discute Previdência, aposentadoria.

Temer, os ministros Padilha, Geddel, por exemplo, defendem aposentadoria aos 65 anos, no mínimo.

Temer se aposentou aos 55 anos. Recebe R$ 30 mil ao mês como procurador inativo e R$ 27 mil líquidos como presidente.

Padilha, aposentado como deputado aos 53 anos, ganha R$ 19 mil ao mês. Além do salário de ministro da Casa Civil...

Geddel, ministro-secretário de governo, aposentou-se aos 51 anos e recebe R$ 20 mil. E o salário de ministro.

O ditador Figueiredo dizia preferir " o cheiro dos cavalos" ao "cheiro de povo", e um dia deixou escapar:

-Se eu ganhasse salário mínimo dava um tiro no coco...

Fernando Henrique Cardoso foi compulsoriamente aposentado pela ditadura, aos 37 anos...

...Quando presidente, FHC disse: "Só vagabundo se aposenta antes dos 50 anos".

Escândalo. Frases e mais frases de médicos e associações quando chegaram os médicos cubanos; esses que já atenderam mais de 60 milhões de pessoas.

Sobre a PEC que congela gastos também na Saúde, nem um pio.

Já Drauzio Varela, um médico-símbolo, não acredita no anunciado remanejamento de verbas que se daria para Saúde e Educação, e antecipa:

-Vamos deixar grandes massas desassistidas. O SUS é uma conquista, não tem sentido reduzir ainda mais investimentos na Saúde...

O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), em uma conversa gravada defendeu: "Quem não tem dinheiro não faz universidade".

Diante do espanto provocado por sua frase concedeu:

-...Vai estudar na USP...

Na USP, como se sabe, costumam ingressar os que estudam nos melhores colégios, quase todos privados, pagos.

À repórter Thais Bilenky, da Folha, João Dória confessou. Só teve noção da "dimensão da desigualdade" ao se tornar candidato a prefeito de São Paulo. Aos 58 anos.

Já sua mulher, Bia Dória, perguntou ao repórter Silas Marti, da Folha:

-O Minhocão pra que serve? Quase nunca fui lá. É tipo um viaduto, né?

É...

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