segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Bob Fernandes sobre as eleições, a mídia e o "Fator Moral"



"O "Fator Moral" é um dado real na sociedade.
Muito maior ou menor utilização como instrumento político definem sua dimensão e importância.
A Folha noticiou na sexta, 28: Odebrecht afirma ter depositado R$ 23 milhões em conta Suíça para campanha de Serra em 2010.
Quarenta e oito horas depois tal informação havia desparecido das poucas manchetes que mereceu...
Assim se infla ou se desidrata o "Fator Moral". 

Bob Fernandes/Magnificar ou ocultar "Fator Moral" define presente e futuro

Derrota devastadora do PT nas eleições municipais. É sempre a Economia, mas no caso decisivo também o chamado "Fator Moral"

Vitorioso o PSDB. E Alckmin que, das urnas, sai fortalecido. Assim como, do Rio de Crivella, alça voo a Política Neopentecostal.

São fatos. Análises profundas sobre 2018 antes de expostos os novos-velhos esgotos da Lava Jato seriam exercícios de ficção.


O "Fator Moral" é um dado real na sociedade.

Muito maior ou menor utilização como instrumento político definem sua dimensão e importância.

A Folha noticiou na sexta, 28: Odebrecht afirma ter depositado R$ 23 milhões em conta Suíça para campanha de Serra em 2010.

Quarenta e oito horas depois tal informação havia desparecido das poucas manchetes que mereceu...

Assim se infla ou se desidrata o "Fator Moral".

Se efetivadas, novas delações da Camargo Correa, Andrade Gutierrez e OAS podem se somar às da Odebrecht.

É ficção analisar chances de Aécio ou Alckmin sem se saber até onde exatamente chegarão delações, investigações e degolas.

Como é ficção analisar 2018 antes de a Justiça confirmar o destino de Lula.

Ignorar ou minorar que acordos de delação apontam também para presidenciáveis tucanos, para Temer e governo, é parte desse jogo: o de magnificar ou encolher, ocultar o "Fator Moral".

O PT dançou também porque, para além da Economia, escancarou telhados e cofres para bombardeio pelo "Fator Moral".

Não se espere mesma intensidade nas investigações, vazamentos e manchetes em relação a certos futuros delatados.

O DNA do Sistema de corrupção na política esteve o tempo todo nos computadores e dados dos empreiteiros presos.

Escolher por onde e quem começar, ou retardar investigações, obedeceu a uma logica. Logica defendida por seus autores.

Assim como é lógico, basta conectar e conferir vazamentos e seus tempos: investigadores pilotaram os efeitos midiáticos, sociais e políticos das suas escolhas.

No Congresso se trama anistia ao Caixa 2. Em altas e médias rodas porta-vozes espalham o "Chega, é hora de parar..".

Abstenção, votos brancos e nulos em altíssima. Desmoralizar de novo o "Fator Moral" seria apostar de novo na escuridão.

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