quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Rubem Alves entrevista Karl Marx

Segue texto de Rubem Alves refletindo sobre a atualidade e importância do pensamento de Marx e, ao mesmo tempo, critica a estreiteza de visão de pseudo-marxistas e também as falácias dos economistas do deus "mercado" capitalista. As falas de a Marx foram retiradas por Rubem Alves de várias das obras do filósofo-sociólogo-economista alemão, em especial, os Manuscritos Econômico-Filosóficos.


Rubem Alves encontra Karl Marx


  Pensei, inicialmente, que uma variação sobre o prazer, a ser composta por economistas, banqueiros e homens de negócios, deveria ser executada tendo como instrumento musical as caixas registradoras, das antigas e das modernas. As antigas, por seus sons metálicos e suas teclas que nos fazem lembrar de órgãos, cravos e pianos. Também as manivelas, que um lutier habilidoso poderia transformar numa “viela de roda”, instrumento medieval que não mais se usa, mas que pode ser visto em museus e em telas de Brueghel. As caixas registradoras modernas e seus sons eletrônicos fariam inusitados duetos com as vielas medievais, atestando assim o fato de que o dinheiro possui os atributos da divindade: ignora o tempo, é eterno. Tudo isso acompanhado por pandeiros, cujos sons fazem lembrar o tilintar do dinheiro… E os ritmos seriam sincopados e rápidos, como contraponto às extra-sístoles e taquicardias que marcam o mundo das bolsas de valores.

  Pensei que isso estaria em harmonia com a estética dos economistas. A maioria, de fato, concordou comigo. Mas houve um que protestou: era um velho de cabeleira e barba imensas, que fazia lembrar Walt Whitman. Encontrei-o, por acaso, assentado sozinho à mesa de um bar que eu freqüentava. Bebia cerveja e fumava charuto. O fato de estar sozinho sugeria que se tratava, provavelmente, de um intelectual decadente ou aposentado. Assentei-me à sua mesa. Ele começou a falar.

  Contou-me que seus discípulos o haviam abandonado. É comum que os filhos venham a se envergonhar dos pais. Isso acontece quando os pais, com o passar dos anos, vão ficando velhos. Com a velhice vem a verdade: com o enfraquecimento dos mecanismos de censura os pais, outrora recatados e pudicos, começam a revelar um erotismo jamais imaginado, para vergonha dos filhos. Velhos não devem ter erotismo. Os filhos, então, não mais querem saber da sua companhia.

  Às vezes acontece o contrário: os filhos se envergonham daquilo que os pais já foram, e tratam de separar o seu presente respeitável do seu passado duvidoso. Alguns chegam ao extremo de queimar arquivos fotográficos.

  "– Você está enganado sobre a economia”, ele me disse em voz baixa. Parecia temer que alguém o ouvisse, como se estivesse dizendo uma heresia. ” A economia não é a ciência das caixas registradoras, do dinheiro. Sei que, para muitos, é isso que ela é. Mas para mim é uma outra coisa: é a ciência do prazer. Dizer que a economia é a ciência do dinheiro é o mesmo que dizer que a culinária é a ciência das panelas. Alguns pensam que sou um economista como os outros porque dediquei grande parte da minha vida ao estudo do maior jogo de dinheiro jamais havido na história. Mas, se eu o fiz, foi porque eu queria decifrar os descaminhos do prazer. Estudei a panela para saber o que estava acontecendo de errado com a comida. Eu acho que o objetivo da vida é o prazer. Isto está inscrito em nossos próprios corpos. Nossos corpos não são máquinas produtivas – não pertencem inteiros a "Feira das Utilidades”. Sim, é claro, trabalhamos, produzimos. Mas somos diferentes dos animais. “Os animais constroem somente de acordo com as padrões e necessidades da espécie. Os homens constroem também de acordo com as leis da beleza" (Marx’s concept of man, Erich Fromm, New York, Frederick Ungar Publishing Co., 1964, “Manuscritos econômicos e filosóficos”, p. 102 ).

  Gostamos dos livros, mesmo quando não derivamos de sua leitura nenhum resultado prático. O corpo contém uma certa exigência de “prazer inútil” na ótica capitalista, ou seja, sem valor econômico. Desde jovem sonhei com uma condição em que o trabalho, à semelhança daquilo que acontece com os artistas, pudesse ser um motivo de prazer. O trabalho não apenas como meio de vida, mas o trabalho como brinquedo. As crianças brincam por puro prazer. Imaginava uma situação em que os homens, ao terminar o seu trabalho, sorririam de felicidade, e veriam o seu próprio rosto refletido em sua obra, da mesma forma como Narciso via o seu rosto refletido na água da fonte. ( Ibid. p.102 )

  Veja, por exemplo, os sentidos! Que prazeres extraordinários eles nos dão! É verdade que em sua condição bruta os sentidos somente atendem às necessidades elementares da sobrevivência. Um homem faminto não é capaz de fazer distinções sutis entre gostos refinados: angu ou lagosta – é tudo a mesma coisa. Saindo dessa condição bruta de existência, entretanto, os sentidos se refinam, desenvolvem-se, tornam-se sensíveis a prazeres que até então lhes eram desconhecidos. O grande trabalho da história, até agora, tem sido a educação dos sentidos. A história impulsiona o corpo humano na direção de uma exuberância dos sentidos cada vez maior. A história conspira para que os homens sejam cada vez mais felizes. “O cultivo dos cinco sentido é o trabalho de toda a história passada” . ( Ibid. p. 134 )

  Eu entendo que a economia é a ciência dos meios necessários à realização erótica dos homens. Como tal, ela pertence à “Feira das Utilidades”. A economia é um instrumento para que os homens cheguem à ” Feira da Fruição”.

  O que atormenta o meu pensamento”, ele continuou, “ é uma contradição: a economia explica a riqueza das nações. Mas ela não consegue dar uma explicação aceitável para a miséria e a pobreza dos homens.

  Meu pensamento oscilava: num momento eu sonhava os sonhos mais loucos e utópicos: eram esses sonhos que eu queria ver realizados. Imaginava que os homens, um dia, conseguiriam arrebentar as correntes que os prendiam, e que podereiam então colher a flor viva da vida, , tão próxima das suas mãos. (Que ninguém nos ouça: eu procurava o caminho de volta ao Paraiso. Como poderia eu me esquecer do grande mito com que a Torah, livro sagrado do meu povo, se inicia?)

  Num outro momento meu pensamento deixava de sonhar e se voltava para as condições materiais da produção da história. Não que eu me esquecesse dos meus sonhos. Eu procurava a ciência como meio para a sua realização. Estudava as panelas e o fogo por amor à moqueca… Voltei-me para a história por acreditar que, sendo nela que a pobreza e a miséria dos homens era produzida, seria nela que elas seriam superadas. Se os problemas dos homens são criados na história, teria de ser nela que eles seriam resolvidos. Para se desfazer o nó é preciso saber como ele foi produzido. A atividade dos homens para produzir a sua vida – a isso eu dei o nome de praxis. Dei-me conta de que a teologia e as religiões, ao pregar que a história acontece pela atividade de Deus, impedia que os homens a compreendessem como resultado de sua própria atividade. As religiões, assim, têm um duplo efeito. O primeiro é a paralisia da inteligência dos homens. Se tudo acontece pela vontade de Deus então é inútil tentar entender a história como produto das ações dos homens. O segundo é a paralisia moral. Se tudo acontece pela vontade de Deus, tudo é sagrado. E eu via os miseráveis operários sacralizando a sua miséria com o dito conformado: “ Deus quis…”

  A história não se faz só com sonhos. Quem sonha com um banquete há de dominar a ciência das panelas e dos fogos. Tornei-me inimigo dos sonhadores ingênuos que pensavam que bastaria que os homens mudassem as suas idéias para que o mundo mudasse também. Moquecas não se fazem só com idéias e intenções. Quem quer mudar o mundo tem de ser um especialista no uso do fogo. Na história, esse uso do fogo tem o nome de política…

  Não estranhe o meu uso das imagens culinárias. Só me atrevo a fazer uso delas longe dos intelectuais, nessa mesa de bar… Em um contexto acadêmico eles diriam que eu devo estar bêbado ou senil. Aqui eu posso me dar ao luxo de falar como um poeta. Aprendi muito com eles. Durante um certo tempo, inclusive, eu convivi com um intelectual maldito ( ah! como os malditos são maravilhosos!). Sua filosofia tinha a beleza da poesia. Lê-lo era um deleite. O insólito dos seus conceitos se misturava com a beleza das suas imagens. Foi ele que chamou a minha atenção para a importância dos sentidos. O seu nome já tinha algo de culinário, fogo, “Ribeiro de Fogo”, Feuer / bach. E culinária também era a sua metafísica, pois que se comprazia em dizer que ” somos o que comemos”. Na minha juventude fui seu discípulo, e sob a sua influência escrevi textos saborosos… O que, para os intelectuais, é sempre um pecado. Eles pensam que a verdade deve ser insípida.

  Essa relação, depois que envelheci, passou a ser um motivo de embaraço para os meus seguidores. Causava-lhes mal-estar imaginar que eu havia sido influenciado por ele. Trataram, então, de queimar o arquivo. Desqualificaram os textos que eu escrevera, sob a alegação de que, ao escrevê-los, eu era jovem demais, imaturo, ainda não descobrira o caminho da ciência, e falava com as palavras imprecisas da filosofia. Espalharam, então, que tal fase perturbada havia terminado com uma tal “cesura epistemológica” expressão que, traduzida, quer dizer: de repente, como uma cigarra que passa por uma metamorfose e deixa a casca, ele deixou a sua casca filosófica em algum lugar e se pôs a voar com as asas da ciência. Era de um jeito, ficou de outro. Falava sobre os homens, passou a falar sobre estruturas. Era humanista, virou estruturalista. E chegaram mesmo a dizer que, para ler os meus escritos, era preciso ter sempre em mente um rigoroso anti-humanismo metodológico. Estruturalista! Sim, é verdade que o capital funciona como uma estrutura. Como se fosse uma máquina, com suas leis próprias. Mas se eu assim o estudei, é porque eu queria desvendar o segredo dessa cozinha perversa onde os cozinheiros ficavam sempre com fome.

  Com essas palavras ele bebeu o que restava na caneca, enxugou a espuma do bigode, pediu outra cerveja, reacendeu o charuto que se apagara, enfiou a mão no bolso do paletó zurrado, tirou de lá um livrinho e me deu com estas palavras: ” A alegria é a prova dos nove. Esse livrinho fala sobre isso… “ Manuscritos Econômicos e Filosóficos de 1844: esse era o título. Autor: Karl Marx.

  Fez-se silêncio. Comecei a lê-lo. À medida que virava as páginas eu não conseguia evitar as traduções culinárias que o texto me sugeria. Era como se a conversa não tivesse acabado, como se ele ainda continuasse ali, ao meu lado, falando.

  Primeiro manuscrito: ” O Trabalho Alienado”: ” Mas que história é esta? O trabalhador faz a comida e é um outro que come tudo, só lhe sobrando a raspa da panela?”

  Segundo manuscrito: “Propriedade Privada”: ” Mas claro! Tem de ser assim. O operário come a raspa porque ele não é o dono da panela. Quem é dono come a comida. Quem não é dono come o que sobra.”

  Terceiro manuscrito: “Que perversa transformação esta cozinha opera sobre os que comem da sua comida! Os homens são roubados dos seus sentidos, perdem a capacidade de sentir prazer!”

  Perguntem à Babette qual é o fim da culinária… Ela responderá: ” O prazer, a alegria!” E, para dar prazer e alegria ela gastou tudo o que tinha. Ficou mais pobre de dinheiro. Ficou mais rica humanamente!

  Perguntem ao dono do restaurante qual é o fim da culinária. Ele responderá: ” O lucro”. Claro que mesmo nos restaurantes capitalistas se serve o prazer dos sentidos. Mas a mola propulsora do “negócio” não é o prazer da comida; é o prazer da caixa registradora. Ah! Como é maravilhosa aos ouvidos do proprietário a sua música! Vá a um banco, vá a uma bolsa de valores! Lá, por acaso se fala sobre os prazeres gastronômicos? De forma alguma. Lá se fala sobre o prazer que se tem num jogo abstrato que se joga sobre a lógica do verbo “ter”.

  Aí ele interrompeu a minha leitura e continuou.

 "Veja: eu não estou dizendo que os indivíduos não mais sintam prazer. Há, no capitalismo, prazeres refinados, e muitos. Estou dizendo outra coisa: que dentro da sua lógica, dentro da “razão capitalista”, os prazeres não contam. Eles não são tomados em consideração, não são pensados como ponto de chegada da viagem. Para o capitalismo o objetivo da viagem é um só: o lucro. E, assim, dentro da lógica do sistema, os restaurantes e as fábricas de armas estão no mesmo nível, são peões do mesmo jogo de xadrez. Ninguém, no pregão da bolsa de valores, se pergunta sobre quais ações estão ligadas às empresas que dão mais prazer. Quem fizer isso logo ficará pobre. A lógica do jogo do dinheiro exige que os prazeres dos sentidos sejam desconsiderados. Esse jogo perverso nos tornou ” tão estúpidos e parciais que somente consideramos nosso um objeto quando o possuimos, quando ele é utilizado de alguma forma. Assim, todos os sentidos físicos e espirituais são substituidos pela simples alienação de todos esses sentidos, ou seja, pelo sentido da posse(…) Quanto menos você comer, beber, comprar livros, for ao teatro, aos bailes, às boates, quanto menos você pensar, amar, teorizar, cantar, pintar, tanto mais você será capaz de economizar e tanto maior será o seu tesouro. Quanto menos você for, tanto mais você terá…” ( Ibid. p. 132 ).

  O capitalismo só conhece as coisas passíveis de serem transformadas em mercadorias, isto é, coisas que podem ser fabricadas, vendidas e compradas. Mas o prazer não é dado automaticamente pelo ter. Posso ter o mais fantástico aparelho de som e a maior coleção de CDs. O prazer dependerá de uma qualidade espiritual minha, do meu ser, uma sensibilidade para a música, que não pode ser comprada por dinheiro. É preciso que os sentidos sejam educados! O prazer e a alegria crescem de uma relação erótica com o objeto, isso que se chama amor. E essa relação não pode ser comprada. Cresce de dentro.

 
O espírito do capitalismo dominou de tal forma a cabeça das pessoas que até mesmo aqueles que se dizem meus discípulos foram enganados. Veja o caso da educação. Os professores de “esquerda” têm medo dessa palavra “amor”, e a julgam babaquice romântica. De fato, “amor” é coisa que a ciência não consegue pensar. Preferem, os professores, considerar-se “trabalhadores” que ganham pelas “mercadorias intelectuais” que produzem de forma competente, sob a forma de um saber. Como professor produzo tal mercadoria que vale tanto. Ignoram que isso é o que sempre detestei! Ao assim pensarem o ensino, eles o inserem na perversa lógica dos “valores de troca”. Valor de troca é uma “quantidade abstrata” que mora tanto num revolver quanto num jantar, e que permite essa equação horrenda, base de todo o jogo econômico: “X” jantares = “Y” revólveres. O prazer e a morte são a mesma coisa…

  E em qual escola se gasta tempo na educação dos sentidos? Bobagem. Isso é coisa da ” Feira da Fruição” – não circula no sistema. O que importa é a ” Feira das Utilidades” – seus saberes úteis, transformáveis em mercadoria, passíveis de circular no mercado de trabalho. Por que gastar tempo no desenvolvimento das inúteis potencialidades do ser, na educação dos sentidos para os prazeres inúteis, insignificante do ponto de vista econômico, se os corpos podem ser transformados em unidades de produção. O que é um profissional? É um corpo, outrora portador de sentidos, que se transformou em ferramenta, utilidade. ” Quanto menos você for, mais você terá…”

  Mas o que me entristece é que meus discípulos não entenderam nada do que eu disse. Acharam que prazer é coisa burguesa – como se os trabalhadores não gostassem de comida boa, de cerveja e de transar. Droga! Ficaram mais próximos do papa do que de mim. Meus discípulos ficaram com medo de que eu fosse considerado um babaca romântico. Transformaram-me num rigoroso economista. Um economista, de fato, vale muito mais como “mercadoria” que um poeta romântico. Num “curriculum vitae” se pode escrever: “Profissão: economista”. Mas só um louco colocaria ” poeta romântico”. Românticos não são mercadorias, não arranjam empregos… Estudei a panela por causa da moqueca. Estudei o violão por causa da música. Estudei o trabalho por causa da felicidade. Estudei o capitalismo por causa do prazer.

  Aquela sua idéia de tocar a economia com caixas registradoras e pandeiro, música tocada em movimentos rápidos e ritmos sincopados, a performance acontecendo em bancos e bolsas de valores: isso não tem nada a ver comigo. O dinheiro tem de ser subordinado ao prazer, a utilidade tem de estar a serviço da alegria. Será que isso é possível? Ou será só um sonho? Bem sei que os experimentos fracassaram. E nem poderia ser de outra forma. Os novos cozinheiros não me entenderam: só trocaram o formato das panelas e o livro de receitas, substituindo o poder abstrato do dinheiro pelo poder sem face da burocracia. Minha esperanca era de que nesse caldeirão chamado história, fervente ao fogo da dialética, se consumasse o preparo do prato escatológico do prazer: a educação dos sentidos e a produção do banquete, para todos.

  O sonho não morreu. Ele continuará, para sempre. Pensei que ele morasse no coração da história. Pensei que a história tivesse coração. Talvez eu tivesse me enganado. Os sonhos só moram no coração dos homens. Somos incuravelmente românticos. Os homens haverão sempre de sonhar com o prazer e a felicidade.

  Por isso, eu preferiria que a “variação” que me cabe fosse tocada suavemente, ao violino, como fundo para um jantar à luz das velas, onde o amor e o prazer são servidos gratuitamente, e o corpo, embriagado de alegria, se pusesse a sonhar… Os membros do partido e as esquerdas vão me reprovar, e dizer que isso não combina com minha conhecida solidariedade operária. Eles não entendem. Pensam que ser solidário com pobre é gostar de pobreza. Ser solidário com pobre é sofrer a pobreza deles e sonhar sonhos de prazer e riqueza. Os sonhos são sempre a subversão da realidade. Trabalhador não sonha com angú e feijão – não é preciso sonhar, para isto basta abrir os olhos. Trabalhador sonha é com coisas bonitas e gostosas. Bem que gostariam de comer o que comem os patrões, e não só a raspa da panela. Está lá dito pelo Vinícius, no “Operário em Construção”. Porque, como disse muito bem o Joãozinho Trinta, “quem gosta de pobreza é intelectual. Pobre mesmo, gosta é de riqueza…”

  Ditas essas palavras ele esvaziou a caneca de cerveja, apagou o charuto fedorento no cinzeiro, e se foi.

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