Sempre em nome do "desenvolvimento econômico" e do "progresso" - nunca benéfico à maioria, mas sumamente vantajoso a uma minoria - , a especulação imobiliária avança sobre o verde, impede a circulação do ar, estimula o consumismo padronizado, compromete a qualidade de vida dos moradores anteriores, dizima a historia e ajuda a destruir a cultura de uma cidade.
Grandes construturas enriquecem fabulosamente especulando, comprando políticos, controlando a propaganda e enfeiando a paisagem com espigões frios de concreto e vidro, ruas com o preto asfalto e a valorização do poder econômico em detrimento da qualidade de vida para todos....
Enquanto a sociedade não se mobilizar, o poder das empreiteiras, igualmente aos industriais, irá mecanizar e desvirtuar a democracia pela facilidade em lucrar, pelo enorme poder econômico a impor lobbies, e a qualidade de vida, destruindo o verde, os nichos ecológicos e ajudando a aumentar a temperatura nas cidades....
Preços de imóveis - algumas vezes, surreais - nas cidades do Brasil, em especial no litoral do Nordeste, tiveram um acréscimo absurdo nos últimos anos, muitas vezes separados da realidade do poder aquisitivo da população local - o que indica não só a especulação em si, mas também a lavagem de dinheiro do crime e da corrupção política, como no caso do massacre de Pinheirinho, em São Paulo, ou do ataque destrutivo de um prefeito ridículo ao terreno do Aeroclube da Paraíba em favor dos espigões -, juntamente com uma pressão publicitária constante, levam muitos a se endividarem comprando seus "apartamentos dos sonhos" e as mais discretas casas, com seus espaços familiares, são profundamente atacadas para serem destruidas dando espaço à construção de novos espigões padronizados... O foco é o máximo de lucros imediatos em cima da exploração do individualismo sem levar em conta as repercussões sócio-ambientais dos projetos imobiliários especulativos. É o paradigma plutocrático neoliberal expresso na Selva de Pedra, que atualmente destrói mais que ergue coisas belas... Como nos desenhos críticos apresentados logo mais, abaixo
Cada vez mais a coisificação e alienação humana, levando ao estresse, à violência e à mecanização, se expressa na homogenização, verticalização e artificialismo das construções impessoais e frias das cidades sem vida, poluídas e caóticas de hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá... Aqui há um espaço para seus comentários, se assim o desejar. Postagens com agressões gratuitas ou infundados ataques não serão mais aceitas.