sábado, 13 de julho de 2024

Cúpula do Judiciário, políticos, jornalistas e desafetos de Bolsonaro: a lista dos monitorados pela ‘Abin paralela’ ao estilo Gestapo de Hitler e tão nazifacista quanto

 

Do Jornal GGN:


Autoridades espionadas também se tornaram alvos do "gabinete do ódio”, com a criação de perfis falsos e a divulgação de notícias falsas


Fachada da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). | Foto: Divulgação


Autoridades da alta culpa do Judiciário e do Congresso Nacional estão entre as vítimas monitoradas pelo esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), segundo novas informações da apuração da Polícia Federal (PF) sobre caso. 

Servidores, jornalistas e desafetos de Bolsonaro foram espionados a partir do sistema secreto FirstMile, usado clandestinamente pela “Abin paralela” para acessar aparelhos telefônicos, computadores e até infraestrutura de telecomunicações.

Segundo os investigadores, as vítimas foram também monitoradas pelo chamado “gabinete do ódio”, grupo que atuava nas redes sociais na disseminação notícias falsas e ataques contra autoridades. Neste caso, perfis falsos foram criados e informações deturpadas foram divulgadas.

De acordo com a apuração, o esquema era operado pela gestão Bolsonaro “com o objetivo de obter vantagens políticas“, segundo descrito em documentos obtidos pelo O Globo.

Confira a lista dos monitorados:


Judiciário: Ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux.

Legislativo: Atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; deputados federais Kim Kataguiri e Joice Hasselmann; senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues.

Executivo: Ex-governador de São Paulo, João Dória; servidores do Ibama, Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; auditores da Receita Federal, Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.

Jornalistas: Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.

Operação Última Milha


Essas informações serviram como pano de fundo para a quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta manhã, a partir de autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

Agentes, ex-servidores e influenciadores digitais do “gabinete do ódio” foram alvo de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio“, comunicou à PF.

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