domingo, 28 de julho de 2013

O silêncio da mídia sobre o propinoduto Tucano, denunciado pela Isto É, demonstra a tendendenciosidade da Globo, Veja e quase toda a mídia brasileira



Carlos Antonio Fragoso Guimarães

O império da Rede Globo, até três dias atrás, nada falou do propinoduto tucano. Contudo, diante das pressões das redes sociais, ela passou a citar algo sobre o caso, mas fazendo do PSDB quase uma vítima das grandes empresas. É assim que haje a grande mídia: tendenciosamente torcendo os fatos de acordo com seus interesses. Para a poderosa Globo, que deve quase 1 bilhão à União, só existem corruptos e ladrões, e quadrilhas, e imbecis no governo do PT enquanto do lado fascista do PSDB da privataria, da compra da reeleição, do SIVAM e da filha super rica do Zé Serra, só existem gente boa e homens de bem. Assim, mesmo, depois de muito tempo, falando algo, o mulçumano chefe dos telejornais globais, Ali Kamel, tenta blindar muito bem Serra, Alckimin e o falecido Covas, de olho nos interesses políticos conservadores da Globo que, aliás, são os os mesmos dos outros grandes conglomerados midiáticos familiares brasileiros, como as organizações Abril da sujíssima revista Veja, e outros. A tática de falar sobre o caso, mais do que denunciar com luvas de pelica, no que tange aos jornais da Globo, se resume no quadro ao lado.


Mas vejamos do que se trata esta nova face da tendência privatarista tucana:

Trecho (resumido) da reportagem da Isto é 

Ao analisar documentos da Siemens, empresa integrante do cartel que drenou recursos do Metrô e trens de São Paulo, o Cade e o MP concluíram que os cofres paulistas foram lesados em pelo menos R$ 425 milhões

Duas revistas em duas semanas. Na primeira, a Isto É apresenta depoimento de um ex-funcionário da Siemens que revelou como funcionava o esquema de propinas nas licitações, viciadas, para o metrô nos governos tucanos. A segunda revista, com capa sobre o mesmo tema, demonstra um superfaturamento de 425 milhões,  desviados para o PSDB. Durante esta semana, quantas vezes você ouviu o Jornal Nacional ou a Folha de São Paulo falar, mostrar ou escrever uma linha sequer sobre isto? Em compensação, faltaram as sempre presentes críticas ao governo federal? Isso prova ou não prova a tendenciosidade e o comprometimento da mídia mais rica com os setores mais exploradores da sociedade?

Resumo da ópera:

A revista  ISTO É, na sema passada, publicou vários documentos inéditos e o depoimento voluntário de um ex-funcionário da multinacional alemã Siemens, feito junto ao Ministério Público. Com este material, percebeu-se um esquema multimilionário montado por empresas da área de transporte sobre trilhos em São Paulo para vencer e lucrar com licitações públicas durante os  governos do PSDB, nos últimos 20 anos. Constituiu-se etão um propinoduto milionário que desviou dinheiro das obras para vários políticos tucanos. Toda a documentação, inclusive um relatório do que foi revelado pelo ex-funcionário da empresa alemã, está em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para quem a Siemens – ré confessa por formação de cartel – vem denunciando desde maio de 2012 as falcatruas no Metrô e nos trens paulistas, em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos. 

A análise da papelada e depoimentos colhidos até agora fez os integrantes do Cade e do Ministério Público se surpreenderam com a quantidade de irregularidades encontradas nos acordos firmados entre os governos tucanos de São Paulo e as companhias encarregadas da manutenção e aquisição de trens e da construção de linhas do Metrô e de trens. Uma das autoridades envolvidas na investigação chegou a se referir ao esquema como uma fabulosa história de achaque aos cofres públicos, num enredo formado por pessoas-chaves da administração – entre eles diretores do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) –, com participação especial de políticos do PSDB, parcela dos principais beneficiários. Durante a apuração, ficou evidente que o desenlace dessa trama é amargo para os contribuintes paulistas, mas estes, capitaneados por uma classe média exclusivista e acomodada com uma visão de mundo maniqueísta e deturpada, apoia indelevelmente a classe política representada pelo PSDB. A investigação revela que o cartel superfaturou cada obra em 30%.  Foram analisados 16 contratos correspondentes a seis projetos. De acordo com o MP e o Cade, os prejuízos aos cofres públicos somente nesses negócios chegaram a RS 425,1 milhões. Os valores, dizem fontes ligadas à investigação ouvidas por ISTOÉ, ainda devem se ampliar com o detalhamento de outros certames vencidos em São Paulo pelas empresas integrantes do cartel nesses e em outros projetos.


No blog da revista Isto é, temos também que

Entre os contratos em que o Cade detectou flagrante sobrepreço está o de fornecimento e instalação de sistemas para transporte sobre trilhos da fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô paulista. A licitação foi vencida pelo consórcio Sistrem, formado pela empresa francesa Alstom, pela alemã Siemens juntamente com a ADtranz (da canadense Bombardier) e a espanhola CAF. Os serviços foram orçados em R$ 615 milhões. De acordo com testemunhos oferecidos ao Cade e ao Ministério Público, esse contrato rendeu uma comissão de 7,5% a políticos do PSDB e dirigentes da estatal. Isso significa algo em torno de R$ 46 milhões só em propina. “A Alstom coordenou um grande acordo entre várias empresas, possibilitando dessa forma um superfaturamento do projeto”, revelou um funcionário da Siemens ao MP. Antes da licitação, a Alstom, a ADtranz, a CAF, a Siemens, a TTrans e a Mitsui definiram a estratégia para obter o maior lucro possível. As companhias que se associaram para a prática criminosa são as principais detentoras da tecnologia dos serviços contratados.

O responsável por estabelecer o escopo de fornecimento e os preços a serem praticados pelas empresas nesse contrato era o executivo Masao Suzuki, da Mitsui. Sua empresa, no entanto, não foi a principal beneficiária do certame. Quem ficou com a maior parte dos valores recebidos no contrato da fase 1 da Linha 5 Lilás do Metrô paulista foi a Alstom, que comandou a ação do cartel durante a licitação. Mas todas as participantes entraram no caixa da propina. Cada empresa tinha sua própria forma de pagar a comissão combinada com integrantes do PSDB paulista, segundo relato do delator e ex-funcionário da Siemens revelado por ISTOÉ em sua última edição. Nesse contrato específico, a multinacional francesa Alstom e a alemã Siemens recorreram à consultoria dos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira. Documentos apresentados por ISTOÉ na semana passada mostraram que eles operam por meio de duas offshores localizadas no Uruguai, a Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A. Para não deixar rastro do suborno, ambos também se valem de contas em bancos na Suíça, de acordo a investigação.

A pergunta que não quer calar é esta: Além da Privataria Tucana, que num primeiro momento contou com o silêncio obsiquioso da Mídia em geral, o que prova o silêncio da mesma mídia quanto a este novo escândalo do PSDB?



2 comentários:

  1. A mídia é cumplice das falcatruas do PSDB.

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    1. Sim, a grande mídia das poderosas pequenas famílias dos Marinhos, Civitas, Mesquitas, Abravanel, etc...

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